2013-14 Cartaz Da Palestra Com o Professor Aires Almeida by dmetódica
“As nossas crenças mais justificadas não têm qualquer outra garantia sobre a qual assentar, senão um convite permanente ao mundo inteiro para provar que carecem de fundamento.” John Stuart Mill
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
As teorias éticas de Kant e Stuart Mill: recursos didáticos
A dimensão ética da ação humana. Análise comparativa das perspectivas filosóficas - a ética deontológica (Kant) e a ética utilitarista (Stuart Mill).
Cumprir o dever pelo dever: um exemplo
Agir bem para evitar problemas
Por dever ou apenas em conformidade ao dever?
Quais são as ações que têm valor moral?
As pessoas não são instrumentos
Devemos mentir para salvar a vida de um amigo? – Não, diz Kant (1)
Devemos mentir para salvar a vida de um amigo? – Não, diz Kant (2)
“Mentiras boas” e outras objeções à ética kantiana
Qual é o critério da moralidade?
O utilitarismo: ideias básicas
Argumentos contra o utilitarismo
As teorias éticas de Kant e Stuart Mill: ideias fundamentais
Rever Kant e Mill através das aulas de Michael Sandel:
Exercícios para resolver sobre as teorias éticas:
Lincoln: será correto mentir para defender a verdade?
Para discutir na primeira aula de Filosofia
Bem-vindos à discussão dos problemas filosóficos :)
Ficha de trabalho: preparação para o teste intermédio de Filosofia do 10º ano
Teste intermédio de Filosofia do 10º ano: enunciado, resolução e critérios de correcção
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Para estudar Descartes neste blogue
Este post destina-se em particular aos meus alunos do 11º D e E que se "perdem" neste blogue por não saberem consultar a etiqueta Descartes (acontece!).
A dúvida metódica (este deveria ter sido o primeiro post deste blogue)
Descartes: da dúvida à certeza (actividade realizada na aula)
TPC do 11º D (para não correr o risco de desaparecer!)
Razões para duvidar, segundo Descartes (texto utilizado na aula)
Descartes: documentário e filme (actividade realizada na aula do 11º D)
Como é que Descartes pretendeu ultrapassar o ponto de vista dos cépticos
O solipsismo e a necessidade de Deus no sistema cartesiano (esquema utilizado na aula)
Penso, logo existo - uma ideia que toda a gente conhece?
Descartes: argumentos para provar a existência de Deus (texto utilizado na aula)
Críticas a Descartes: Ficha de trabalho (corrigida na aula)
A objeção de Kant ao argumento ontológico: a existência não é um predicado
O argumento ontológico: diálogo entre um crente e um ateu
Objeção ao argumento da marca: criar a ideia de perfeição é diferente de criar a própria perfeição
Os conceitos cartesianos de intuição e dedução
A matemática é a priori mas não é inata
Bom estudo!
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Hereges e proscritos
Crónica do historiador Rui Tavares no jornal Público de hoje (17-02-2014). Vale a pena ler.
“Tendes talvez mais medo vós, que pronunciais essas palavras, do que eu, que as escuto.” Não é preciso estar em frente à Inquisição romana, a ouvir a sua própria sentença de morte, para invejar a coragem de alguém capaz de reagir assim.
E quem reagiu assim foi Giordano Bruno, após nove anos nos cárceres do Santo Ofício, quando o chamaram para lhe comunicar que ele seria queimado numa fogueira, no Campo das Flores, em Roma, no dia 17 de fevereiro de 1600 — há exatamente 414 anos.
A ideia que fazemos do nosso mundo por comparação com o mundo pré-moderno é a de um mundo em que se circula e viaja muito, e em que existe uma cultura da celebridade transnacional. No mundo pré-moderno, pensamos nós, as pessoas nasciam, viviam e morriam no mesmo lugar — sem contacto com a maior parte dos outros humanos. Mas não era bem assim, e Giordano Bruno é um grande contra-exemplo. Nascido na pequena aldeia de Noli, perto de Nápoles, viajou por toda a Europa, ensinando em universidades e casas particulares de Paris, de Londres ou de Praga. Em Toulouse, encontrou-se com o médico e filósofo português Francisco Sanches. Giordano Bruno tinha muitas certezas. Francisco Sanches era tão cético — um “pirronista”, como então se dizia — que a sua obra-prima se chamava Que Nada Se Pode Saber.
Giordano achava que tudo se podia saber, e muito se podia memorizar. E por isso se tornou uma celebridade no seu tempo. Reis e príncipes de todos os reinos e principados queriam aprender a memorizar, porque achavam que memória era poder. Alguns acreditavam até que memória era feitiçaria. Um nobre veneziano chamado Giovanni Mocenigo, chamou Giordano Bruno à sua casa para aprender a arte mágica. Um dia, quando se fartou, denunciou Giordano Bruno à Inquisição.
O dia 17 de fevereiro é um dia muito importante, e não só por ter sido o dia em que queimaram Giordano Bruno na fogueira.
Quase setenta e três anos mais tarde, adoeceu em cena o dramaturgo francês Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido por Molière. Por azar estava a encenar — e representar — uma comédia contra os médicos, uma das melhores dele, o Doente Imaginário. O seu sarcasmo era tão profundo que não foi para admirar quando, depois de se sentir mal, nenhum médico quis cuidar dele.
Mas os médicos não eram os únicos inimigos de Molière. Os padres e outros devotos também não gostavam dele, e, ao saber que Molière estava moribundo, prepararam a vingança que lhes escapava desde que contra eles Molière escrevera O Tartufo. Quando a notícia da morte de Molière chegou, moveram os seus esforços para que lhe fosse negada a sepultura em cemitério.
E foi assim que o dramaturgo mais famoso da sua época, que em tempos tinha sido o favorito do Rei-Sol Luís XIV, foi enterrado em solo não-consagrado, como um proscrito. Era um dia chuvoso, 17 de fevereiro de 1673. Dizem que era terça-feira de Carnaval.
Porque decidi escrever sobre hereges e proscritos não sei. Sei que devemos muito a estes dois em particular. E por isso merecem que celebremos a vida neste dia das suas mortes.
Filomena: um filme imperdível
Até o cinema, em tempos de crise, pode parecer um luxo (pelo menos para algumas pessoas). Por isso, é necessário escolher, criteriosamente, os filmes (sem olhar muito para as estrelas atribuídas pelos críticos de cinema nos jornais portugueses, consultando antes o IMDb, que é sem dúvida mais fiável).
"Filomena", do realizador inglês Stephen Frears, é um filme maravilhoso por vários motivos: pelo excelente argumento, pelo desempenho dos atores, pela abordagem nada simplista dos temas da perda, da religião e do sentido da vida. São noventa minutos de diálogos inteligentes, de humor e drama, tendo como pano de fundo algumas das magnificas paisagens da Irlanda. A não perder, apesar da crise!
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Rumo a Lisboa: o Planetário e o Museu da Electricidade (2)
Este post é a continuação do post anterior: Rumo a Lisboa: o Parlamento (1)
2 - Passeio na zona dos Jerónimos (alguns dos locais de interesse que os alunos podem visitar livremente: O mosteiro, o Museu da Marinha, o Centro Cultural de Belém e os Pasteis de Belém).
3 – Planetário.
A sessão do Planetário (programa 5 com a duração de 60 m) incidirá nos seguintes temas:
«O geocentrismo: o conceito de “Mundo” para alguns filósofos da Antiguidade. O sistema de Ptolomeu. Heliocentrismo: de Copérnico à atualidade. O sonho de voar! Satélites artificiais e naves espaciais. A chegada do Homem à lua. Investigação espacial. Que futuro?» (Informação retirada do site do Planetário, ver AQUI).
4 – Museu da Eletricidade.
O Museu oferece três circuitos livres ao visitante:
- Circuito Central Tejo: Caldeiras, Cinzeiros, Águas, Condensadores, Geradores
- Energia: Experimentar
- Exposições temporárias: Cinzeiro 8, Sala das Exposições
Informação complementar, retirada do site do museu:
pt.wikipedia.org/wiki/Museu_da_Electricidade
pt.wikipedia.org/wiki/Central_tejo
pt.wikipedia.org/wiki/Central_Tejo_(conjunto_arquitect%C3%B3nico)
pt.wikipedia.org/wiki/Central_Tejo_(funcionamento)
pt.wikipedia.org/wiki/Central_Tejo_(condi%C3%A7%C3%B5es_de_trabalho)
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Discussão de um dilema moral: qual seria a ação correta?
Fotos dos personagens reais. Mais informações acerca dos factos descritos podem ser consultadas AQUI.
«Consideremos agora um dilema moral verdadeiro (…):
Em junho de 2005, uma equipe formada pelo suboficial Marcus Luttrell e mais três seals (como são conhecidos os integrantes da Sea, Air, Land [Seal], força especial da Marinha dos estados Unidos para operações em mar, ar e terra) partiu numa missão secreta de reconhecimento no Afeganistão, perto da fronteira com o Paquistão, em busca de um líder do Talibã estreitamente ligado a Osama bin Laden. Segundo relatórios do serviço de inteligência, o alvo da missão comandava de 140 a 150 combatentes fortemente armados e estava num vilarejo numa região montanhosa de difícil acesso. Pouco depois de a equipe ter se posicionado numa colina com vista para o vilarejo, apareceram à sua frente dois camponeses afegãos com cerca de cem ruidosas cabras. Chegaram acompanhados de um menino de aproximadamente 14 anos. Os afegãos estavam desarmados. Os soldados americanos apontaram os rifles para eles, sinalizaram para que se sentassem no chão e, só então, começaram a discutir sobre o que fazer com eles. Por um lado, os pastores pareciam ser civis desarmados. Em contrapartida, deixá-los seguir adiante implicaria o risco de informarem os talibãs sobre a presença dos soldados americanos.
Os quatro soldados analisaram as opções, mas deram-se conta de que não tinham uma corda, então não seria possível amarrar os afegãos para ganhar tempo até encontrar outro esconderijo. As únicas opções eram matá-los ou deixá-los partir.
Um dos companheiros de Luttrell sugeriu que matassem os pastores: “Estamos em serviço atrás das linhas inimigas, enviados para cá por nossos superiores. Temos o direito de fazer qualquer coisa para salvar a nossa vida. A decisão militar é óbvia. Deixá-los livres seria um erro.”
Luttrell estava dividido. “No fundo da minha alma, sabia que ele tinha razão”, escreveu mais tarde. “Não poderíamos deixá-los partir. Mas o problema é que tenho outra alma. A minha alma cristã. E esta estava prevalecendo. Alguma coisa não parava de sussurrar do fundo da minha consciência que seria errado executar a sangue-frio aqueles homens desarmados.” (…) »
Michael Sandel, o texto foi retirado daqui (Crítica, revista de filosofia), onde pode ser lido na íntegra (em português do Brasil).
1. Na tua opinião, o que seria correto fazer nesta situação?
2. Como justificarias a tua decisão?
Mirar o Miró
Nos últimos dias tem-se discutido muito a venda pelo Estado português de uma coleção de quadros de Joan Miró. Uma das 85 obras cuja venda se discute é Mulheres e Pássaros (o terceiro). Veja aqui mais obras do pintor para perceber melhor o que está em causa.
Joan Miró: A Bailarina e O Jardim, ambos de 1925. E Mulheres e Pássaros, de 1968.
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Ah, isso é muito discutível…
Deus existe ou não? O aborto é certo ou errado? Os direitos humanos são ou não universais? Porque será que, perante perguntas desse género, muitas pessoas, em vez de responderem realmente à pergunta, dizem “isso é discutível, depende da opinião de cada um”? Mesmo que se inicie a pergunta dizendo “na sua opinião...” essas pessoas respondem assim.
Porque será? Vergonha de dizer “não sei”? O receio relativista de parecer arrogante ao afirmar uma opinião e contrariar outras?
Matriz do 3º teste de Filosofia: turmas B e C do 10º ano
Objetivos:
1. Discutir o problema do livre-arbítrio e justificar a opinião própria sobre o assunto.
2. Explicar o que é a Ética.
3. Distinguir Metaética, Ética Normativa e Ética Aplicada.
4. Explicar o que são valores.
5. Distinguir juízos de facto e juízos de valor.
6. Perceber o problema da objetividade dos juízos de valor morais.
7. Explicar a tese defendida pelo Subjetivismo moral.
8. Explicar os argumentos a favor do Subjetivismo moral.
9. Explicar as objeções ao Subjetivismo moral.
10. Explicar os conceitos de cultura, diversidade cultural e etnocentrismo.
11. Explicar a tese defendida pelo Relativismo cultural.
12. Explicar os argumentos a favor do Relativismo cultural.
13. Explicar as objeções ao Relativismo cultural.
14. Explicar a tese defendida pelo Objetivismo moral.
15. Explicar os argumentos a favor do Objetivismo moral.
16. Explicar as objeções ao Objetivismo moral.
17. Comparar e discutir as três teorias.
18. Justificar a opinião própria sobre o problema da objetividade dos juízos de valor morais.
19. Construir argumentos válidos a partir de ideias apresentadas.
20. Conhecer exemplos ilustrativos das ideias referidas.
Duração: 90 minutos.
Leituras:
Páginas indicadas do manual 50 Lições de Filosofia e do Caderno do Estudante.
Problema do livre-arbítrio: Matriz do 3º mini teste: turmas B e C do 10º ano
Subjetivismo moral:
Onde está o mal?
Subjetivismo moral: a moralidade é algo muito pessoal
Relativismo cultural:
O que vamos almoçar: larvas ou sardinhas?
Nós…
O bem e o mal dizem apenas respeito à sociedade e à cultura?
Enterrar viva uma pessoa é errado ou isso é relativo?
Uma tradição admissível, segundo os relativistas culturais
A tolerância não implica o relativismo
A ideia de que todas as ideias são preconceituosas não será também preconceituosa?
Qual é, afinal, a tradição?
Se há progresso moral, o relativismo é falso
Algumas regras morais são universais
Objetivismo moral:
A divergência de opiniões é incompatível com a objetividade?
Tem razão quem se apoiar nas melhores razões
Objectivismo Moral
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Se há progresso moral, o relativismo é falso
Se o relativismo cultural fosse verdadeiro, não faria sentido falar de progresso moral.
Por exemplo: o facto de as mulheres há décadas atrás não poderem votar e hoje já poderem (em muitos países) é habitualmente visto como um mudança positiva, como um progresso. Ver essa mudança como um progresso parece ser algo muito plausível e sensato. Mas isso implica uma comparação entre os padrões culturais atuais e os padrões culturais de épocas anteriores (que eram aceites pela grande maioria das pessoas) e a afirmação de que, pelo menos nesse aspeto, as sociedades atuais são melhores que as sociedades do passado. Ora, segundo o relativismo cultural, esses juízos transculturais não são – supostamente - possíveis (pois quando tentamos fazê-los limitamo-nos a exprimir a nossa própria cultura) 1.
Há vários outros exemplos semelhantes: a escravatura, os direitos das crianças, etc.
Como esses exemplos mostram, temos boas razões para falar da existência de progresso moral. Por isso, o relativismo cultural muito provavelmente não é verdadeiro.
Harry Grant Dart, "Why Not Go the Limit?", na revista Puck, em 1908.
O cartoon é uma paródia do movimento sufragista, ou seja, das pessoas que defendiam o direito das mulheres votarem2. O desenho é bom, mas incorre claramente na falácia da derrapagem (também conhecida por bola de neve ou declive escorregadio).
1 James Rachels, Elementos de Filosofia Moral, tradução de F. J. Azevedo Gonçalves, Lisboa, 2004, Colecção Filosofia Aberta, Edições Gradiva, pp.41-42.
2 The Appendix.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Descartes: documentário e filme
Descobri, por acaso, este excelente documentário da BBC sobre a história da Matemática. Vale mesmo a pena ver.
É apresentado pelo professor Marcus du Sautoy e explica-nos as ideias dos mais importantes matemáticos ao longo da história. Como acontece em muitos programas da BBC, a clareza do discurso e o seu rigor científico impressionam. É uma boa oportunidade de aprender, garanto-vos.
No dois primeiros episódios do documentário é explicado o contributo do italiano Piero della Francesca e de Descartes, que além de filósofo foi um grande matemático (uma das suas invenções foi o referencial cartesiano… lembram-se das aulas de Matemática?). O episódio seguinte é sobre outros dois importantes matemáticos franceses: Marin Mersenne (com quem Descartes discutiu as suas ideias e trocou correspondência) e Pierre de Fermat, o mais famoso matemático do século XVII. Segue-se outro sobre Newton...
Descartes acabaria por se tornar um dos mais importantes filósofos de sempre. Tal como é referido no documentário, as suas ideias filosóficas inovadoras podem-se relacionar com a sua actividade como matemático.
Uma passagem do filme de Roberto Rosselini, "Descartes", realizado em 1974. É uma biografia do filósofo, físico e matemático francês René Descartes (1596 - 1650), considerado o fundador da Filosofia Moderna.
Rossellini baseia-se nalgumas das obras fundamentais de Descartes, como o Discurso do Método e as Meditações Metafísicas para com por a personagem do filme.
TPC do 11º D (para não correr o risco de desaparecer!)
As questões da aula devem ser respondidas com base nos seguintes textos:
A dúvida metódica (este deveria ter sido o primeiro post deste blogue)
Razões para duvidar, segundo Descartes
Parte do texto, referido no último link, pode ser ouvido neste vídeo (que contém imagens da época em que Descartes viveu).
Quem pensa que no youtube não se pode aprender Filosofia (ou outra disciplina qualquer), engana-se! No post seguinte há outro exemplo)!
Bom trabalho!
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
O ponto de vista do senso comum sobre a ética é relativista ou objetivista?
«Quando julgamos algo como um bem ou um mal não pensamos que estamos apenas a dar livre expressão às nossas emoções — se fosse essa a nossa vontade, bastava apenas dizer se gostamos disso ou não. Nem nos vemos simplesmente a aplicar os padrões da nossa sociedade — apesar de tudo, sabemos que os padrões da nossa sociedade podem estar errados. Em vez disso, queremos afirmar algo que seja objetivamente verdadeiro, independente dos nossos sentimentos ou dos padrões da nossa sociedade. (...) Pensamos, por exemplo, que a escravatura é uma injustiça e que quem pensa o contrário tem de estar enganado. Mas não é fácil defender este ponto de vista do senso comum.»
James Rachels, “A questão da objetividade em ética”, Crítica - http://criticanarede.com/fil_objectietica.html
James Rachels considera que esta concepção objetivista da ética é “a nossa compreensão comum da ética”, o “ponto de vista do senso comum” que se opõe ao subjetivismo e ao relativismo cultural (ele tenta defender filosoficamente o objetivismo).
Contudo, pelo que tenho observado ao longo de anos nas aulas, os alunos – antes de estudarem filosofia e alguns até depois – defendem espontaneamente o subjetivismo e o relativismo cultural e resistem ao objetivismo. Aliás, não são só os alunos que parecem pensar assim: o “isso é subjetivo” e o “aquilo é relativo” estão muitas vezes na ponta da língua de muito boa gente. Afinal, o ponto de vista do senso comum sobre a ética é relativista ou objetivista? Como é óbvio, qualquer um desses pontos de vista pode ser – e tem sido – defendido filosoficamente. Mas qual será o mais próximo do senso comum?
Matriz do 3º teste do 10º ano (turma A) e links de apoio ao estudo
2013-14 10º Matriz do 3º teste by dmetódica
Links de apoio ao estudo:
A - Sobre o problema do livre-arbítrio.
Formulação do problema do livre-arbítrio (1)
Pêssegos e duelos: exemplos ilustrativos do problema do livre-arbítrio
A resposta do determinismo radical (2)
Se o determinismo radical for verdadeiro, salvar 155 pessoas não tem qualquer mérito
Argumentos a favor do Libertismo
O livre-arbítrio existe, pois temos consciência dele
B - Sobre o problema da justificação dos juízos morais.
A cigarra, a formiga e os valores
Enterrar viva uma pessoa é errado ou isso é relativo?
Uma tradição admissível, segundo os relativistas culturais
A tolerância não implica o relativismo
A verdade dos juízos morais depende da opinião pessoal?
A defesa dos direitos humanos e do relativismo cultural serão compatíveis?
Tem razão quem se apoiar nas melhores razões
Se há valores morais objetivos, pode-se defender os direitos humanos
A divergência de opiniões é incompatível com a objetividade?
Algumas regras morais são universais
Bom estudo!