tag:blogger.com,1999:blog-40593735904631691482024-03-14T12:08:05.825+00:00Dúvida Metódica“As nossas crenças mais justificadas não têm qualquer outra garantia sobre a qual assentar, senão um convite permanente ao mundo inteiro para provar que carecem de fundamento.”
John Stuart MillSara Raposohttp://www.blogger.com/profile/10011687367377462354noreply@blogger.comBlogger2283125tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-50439823633173384722024-01-11T22:34:00.006+00:002024-01-11T22:35:31.947+00:00A utilidade da filosofia para a ciência<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #262626; font-family: Georgia, serif; font-size: 13pt; line-height: 107%;">«Concordo plenamente consigo quanto à
importância e ao valor educativo da metodologia e bem assim da história e da
filosofia da ciência. Hoje, muitas pessoas — e mesmo cientistas profissionais —
parecem-me alguém que viu milhares de árvores mas nunca uma floresta. Um
conhecimento das bases históricas e filosóficas fornece aquele tipo de
independência dos preconceitos da sua geração que afectam muitos cientistas.
Esta independência criada pelo conhecimento filosófico é — na minha opinião — a
marca de distinção entre um mero artesão ou especialista e um verdadeiro
pesquisador da verdade.</span>»</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: times;"><span style="color: #262626; font-size: 13pt;">Albert Einstein in “Albert Einstein como
filósofo da ciência”, de Don A. Howard - </span><a href="https://criticanarede.com/cie_einstein.html" style="font-size: 13pt;">https://criticanarede.com/cie_einstein.html</a></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #262626; font-family: Georgia, serif; font-size: 13pt;">Essas palavras fazem parte da resposta de Albert
Einstein a Robert A. Thornton - professor de Introdução à Física na
Universidade de Porto Rico –, que queria introduzir alguma filosofia da ciência
nas suas aulas e pediu ajuda a Einstein para convencer os seus relutantes
colegas. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #262626; font-family: "Georgia",serif; font-size: 13pt; line-height: 107%;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKqYNNoLOtFPZ_GjiH9Wg5xrBPEyeysFDNI3K6bPwHLssHyNXNRaSVrlT07irxFyRKwE4zVdXd7RXUqH9gCDuutFeH0XjQl_018xe62eHv-J7D9xtBMasY1j_s4JXnDQ58qdhoivP2SEK5cKUflWcub2AGLOTuiHAU1TqxDlG_IM_c3q8DO4qjH9STMA/s5000/Johannes_Vermeer_-_The_Astronomer_-_1668.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="5000" data-original-width="4401" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKqYNNoLOtFPZ_GjiH9Wg5xrBPEyeysFDNI3K6bPwHLssHyNXNRaSVrlT07irxFyRKwE4zVdXd7RXUqH9gCDuutFeH0XjQl_018xe62eHv-J7D9xtBMasY1j_s4JXnDQ58qdhoivP2SEK5cKUflWcub2AGLOTuiHAU1TqxDlG_IM_c3q8DO4qjH9STMA/s320/Johannes_Vermeer_-_The_Astronomer_-_1668.jpg" width="282" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #262626; font-family: "Georgia",serif; font-size: 13pt; line-height: 107%;">Pintura: O Astrónomo, de Johannes Vermeer. </span><o:p></o:p></p><a class="addthis_button_facebook_send"></a>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-31743639781586651612023-12-26T23:39:00.007+00:002023-12-26T23:39:53.273+00:00O passado cheira mal <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">«Na época a que nos referimos [séc. XVIII] dominava nas
cidades um fedor dificilmente imaginável para o homem dos tempos modernos. As
ruas tresandavam a lixo, os saguões tresandavam a urina, as escadas das casas tresandavam
a madeira bolorenta e a caganitas de rato e as cozinhas a couve podre e a
gordura de carneiro; as divisões mal arejadas tresandavam a mofo, os quartos de
dormir tresandavam a reposteiros gordurosos, a colchas bafientas e ao cheiro
acre dos bacios. As chaminés cuspiam fedor a enxofre, as fábricas de curtumes cuspiam
o fedor dos seus banhos corrosivos e os matadouros o fedor a sangue coalhado.
As pessoas tresandavam a suor e a roupa por lavar; as bocas tresandavam a
dentes podres, os estômagos tresandavam a cebola e os corpos, ao perderem a
juventude, tresandavam a queijo rançoso, leite azedo e tumores em evolução. Os
rios tresandavam, as praças tresandavam, as igrejas tresandavam e o mesmo
acontecia debaixo das pontes e nos palácios. O camponês cheirava tão mal como o
padre, o operário como a mulher do mestre artesão, a nobreza tresandava em
todas as suas camadas, o próprio rei cheirava tão mal como um animal selvagem e
a rainha como uma cabra velha, quer de verão quer de inverno.»<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Patrick Süskind, ‘O Perfume’, Ed. Presença, Lisboa, 2023,
pp. 9-10.<br /></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Pintura: Étienne Jeaurat, ‘Les Écosseuses de pois de la
Halle’ (1763).</p><p class="MsoNormal"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTfpvrzP2JA8avX3sLT_le39Ow1_OvY4EXuODC82dhz-64MgUMFBTuET6-keDFD3fbdJlhPxWgzYJJ5y6-58ZIgN8repG1s11qaU2smru1G3OHRFW5J20gSAT-Yv03bnXMe8VPZlcR-oUmiz3M3NZpsxWYGneg8M7wPRWxtw-uWgSaafcTTf8V6-GwQw/s1146/%C3%89tienne_Jeaurat_-_Les_%C3%89cosseuses_de_pois_de_la_Halle_-_P1763_-_Mus%C3%A9e_Carnavalet.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="899" data-original-width="1146" height="307" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTfpvrzP2JA8avX3sLT_le39Ow1_OvY4EXuODC82dhz-64MgUMFBTuET6-keDFD3fbdJlhPxWgzYJJ5y6-58ZIgN8repG1s11qaU2smru1G3OHRFW5J20gSAT-Yv03bnXMe8VPZlcR-oUmiz3M3NZpsxWYGneg8M7wPRWxtw-uWgSaafcTTf8V6-GwQw/w391-h307/%C3%89tienne_Jeaurat_-_Les_%C3%89cosseuses_de_pois_de_la_Halle_-_P1763_-_Mus%C3%A9e_Carnavalet.jpg" width="391" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><a class="addthis_button_facebook_send"></a>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-5533171477844441572023-12-03T21:48:00.003+00:002023-12-03T21:48:20.295+00:00O que nos une<p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDlqGcNu4TYvqTLQzjDm1Is3bTabmFb64cbIXi_00YKlhdROnLQeIDbDxJsx8wBnXYJl9cCQkAXvZkB1bo_tuUizavh1F4cW4KKkUl13rH0KQhFvZ226pLyAXaQk5qVSYCaGP5kpjObwHQY0jVwifSL6yJ1DbGtorjWtDFltJvsuxCxKJ2QIZAQCVKPg/s315/Michael%20Walzer,%20A%20Luta%20por%20uma%20Pol%C3%ADtica%20Decente%20%E2%80%93%20%E2%80%9CLiberal%E2%80%9D%20Como%20Adjectivo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="211" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDlqGcNu4TYvqTLQzjDm1Is3bTabmFb64cbIXi_00YKlhdROnLQeIDbDxJsx8wBnXYJl9cCQkAXvZkB1bo_tuUizavh1F4cW4KKkUl13rH0KQhFvZ226pLyAXaQk5qVSYCaGP5kpjObwHQY0jVwifSL6yJ1DbGtorjWtDFltJvsuxCxKJ2QIZAQCVKPg/w146-h218/Michael%20Walzer,%20A%20Luta%20por%20uma%20Pol%C3%ADtica%20Decente%20%E2%80%93%20%E2%80%9CLiberal%E2%80%9D%20Como%20Adjectivo.jpg" width="146" /></a></div><br /> «Penso que a melhor descrição dos liberais como nós é mais
moral do que política ou cultural: somos, ou aspiramos a ser, abertos,
generosos e tolerantes. Somos capazes de viver com a ambiguidade; estamos
dispostos a ter discussões que não sentimos que são para ganhar. Seja qual for
a nossa ideologia, seja qual for a nossa religião, não somos dogmáticos; não
somos fanáticos. Ou, como a atriz Lauren Bacall disse a um entrevistador, um
liberal é alguém que “não tem uma mente pequenina”. (…)<p></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Acredito que os democratas e os republicanos – quer sejam ou
não membros dos respetivos partidos –, os libertários e os socialistas podem e
devem ser este género de liberais. Para todos estes grupos, considerados no seu
melhor, a moralidade liberal faz parte do território comum.»<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p>Michael Walzer, A<i> Luta por uma Política Decente – “Liberal”
Como Adjectivo</i>,</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Gradiva, Lisboa, 2023, pp. 16-17. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><br /></p><a class="addthis_button_facebook_send"></a>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-64446807753458723782022-05-23T21:03:00.004+01:002022-05-23T21:03:27.029+01:00Webinar de apresentação do projeto Dúvida Metódica<iframe width="480" height="270" src="https://youtube.com/embed/WcOqnvtlmqs" frameborder="0"></iframe>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-31765758152402351502022-05-16T20:32:00.004+01:002022-05-16T20:36:34.572+01:00Recursos multimédia do Dúvida Metódica 11<br /><a class="addthis_button_facebook_send"></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="388" src="https://www.youtube.com/embed/4vwe5zAFTnI" width="467" youtube-src-id="4vwe5zAFTnI"></iframe></div><br />Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-59306554440140343572021-09-25T13:09:00.001+01:002021-09-25T13:09:14.423+01:00Ceticismos <div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-XZQ6om53vLs/YU8RBAtvWFI/AAAAAAAAQzk/ff6j9ugBAdIii-FhjdLI9jjgrtt20dVdwCLcBGAsYHQ/s399/Caravaggio%252C%2BA%2BIncredulidade%2Bde%2BS%25C3%25A3o%2BTom%25C3%25A9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="294" data-original-width="399" height="177" src="https://1.bp.blogspot.com/-XZQ6om53vLs/YU8RBAtvWFI/AAAAAAAAQzk/ff6j9ugBAdIii-FhjdLI9jjgrtt20dVdwCLcBGAsYHQ/w240-h177/Caravaggio%252C%2BA%2BIncredulidade%2Bde%2BS%25C3%25A3o%2BTom%25C3%25A9.jpg" width="240" /></a></div><br /><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">«Há vários graus de ceticismo. Um cético pode ser simplesmente alguém que nega a possibilidade de conhecimento genuíno (em algumas ou em todas as áreas de investigação). Um cético deste tipo não precisa de criticar a posse de crenças sobre vários assuntos, se a pessoa que as possui não alegar que essas crenças têm o estatuto de conhecimento. Ele próprio pode muito bem ter crenças, incluindo a crença de que não há conhecimento. Não há aqui qualquer inconsistência desde que ele não alegue saber que não há conhecimento. Arcesilau chegou ao ponto de criticar Sócrates por este ter afirmado saber que nada sabia. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Um cético mais radical, no entanto, pode questionar não só a possibilidade de conhecimento, mas também a legitimidade da crença. Pode recomendar que nos abstenhamos não só do assentimento resoluto característico da certeza, mas também do assentimento precário característico da opinião. Arcesilau parece ter sido um cético deste tipo: sustentou, diz-nos Cícero, que “ninguém deve declarar ou afirmar algo, ou assentir nisso”.»</span></div><div><br /></div><div>Anthony Kenny, <i>Nova História da Filosofia Ocidental – volume 1, Filosofia Antiga</i>, Gradiva, Lisboa, 2010, pág. 192.</div><div><br /></div><div>Pintura: Caravaggio, <i>A Incredulidade de São Tomé</i>, c.1601–1602.</div><div><br /></div><a class="addthis_button_facebook_send"></a>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-41663898693672179912021-09-16T18:54:00.002+01:002021-09-16T18:55:15.488+01:00Por que razão há filósofos?<a class="addthis_button_facebook_send"></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-ZiKacABJKJ0/YUOENueS49I/AAAAAAAAQzU/MmQzoT9t9akp_xqAszQUZECW6oc4jOEkACLcBGAsYHQ/s768/Gerrit%2BDou_Astronomer-by-candlelight.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="666" height="228" src="https://1.bp.blogspot.com/-ZiKacABJKJ0/YUOENueS49I/AAAAAAAAQzU/MmQzoT9t9akp_xqAszQUZECW6oc4jOEkACLcBGAsYHQ/w198-h228/Gerrit%2BDou_Astronomer-by-candlelight.jpg" width="198" /></a></div><p class="MsoNormal" style="tab-stops: 318.95pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">«Todas estas
questões indescritivelmente esquisitas sobre números, propriedades, indivíduos,
espaço, tempo, causalidade, mentes, possibilidade, probabilidade, necessidade,
obrigação, razões, leis, Deus… Não só são as questões individualmente
esquisitas, como em conjunto não formam mais do que um caos, sendo um desafio a
qualquer tentativa de as reduzir a uma sequência racional. E para mais nenhuma
das questões parece alguma vez chegar a ser finalmente respondida. É realmente
uma cena perturbadora, quando nos afastamos e contemplamos o todo. O mais
penoso é o contraste que apresenta relativamente à ciência, tomada como um
todo. Na verdade, dificilmente é possível a alguém […] não se perguntar por que
razão há-de haver filósofos, de todo em todo (…)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 318.95pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O Professor de
História, IJ, nem sempre consegue calar as suas perplexidades sobre a
inevitabilidade histórica, e dá consigo a perguntar, como os filósofos, quais
são as condições de verdade de uma afirmação como “Hitler teria ganho a guerra
se não tivesse atacado a Rússia”. KL, o Professor de Medicina, ainda que nada
mais o empurre nessa direção, é levado pela sua nova tecnologia a enfrentar
deliberações agonizantes sobre os deveres de um médico para com os seus
doentes. E assim por diante. Por outras palavras, as pessoas inteligentes,
entregues a si mesmas, acabarão por filosofar, mais tarde ou mais cedo, seja
qual for o campo de trabalho intelectual a que se entreguem, ou mesmo que a
nenhum se entreguem. O impulso para a filosofia é de facto tão natural e tão
forte que nada se conhece, exceto o terror totalitarista, que consiga
reprimi-lo em absoluto. Numa sociedade não-totalitarista, pois, a filosofia
será feita, e a única questão prática que resta é como haverá melhores
hipóteses de ser bem feita, ou por quem.»<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 318.95pt; text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="tab-stops: 318.95pt; text-align: justify;"><span style="font-family: trebuchet;">David Stove, “Por
que razão há filósofos?”, Crítica - <a href="https://criticanarede.com/porquehafilosofos.html" target="_blank">https://criticanarede.com/porquehafilosofos.html</a></span></p><p class="MsoNormal" style="tab-stops: 318.95pt; text-align: justify;"><span style="font-family: trebuchet;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 318.95pt; text-align: justify;"><span style="font-family: trebuchet;">Pintura: Gerrit
Dou, “Astronomer by candlelight”.</span></p><p class="MsoNormal" style="tab-stops: 318.95pt; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 318.95pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><br />Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-50120388856168110712021-06-15T23:23:00.002+01:002021-06-15T23:23:13.067+01:00A oferta formativa da Escola Secundária Drª Laura Ayres para 2021-2022<iframe style="background-image:url(https://i.ytimg.com/vi/GMEVodqZpqI/hqdefault.jpg)" width="480" height="270" src="https://youtube.com/embed/GMEVodqZpqI" frameborder="0"></iframe>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-77893861337535000232021-05-17T20:47:00.003+01:002021-05-17T20:47:26.459+01:00Exemplos de recursos digitais do Dúvida Metódica<iframe width="480" height="270" src="https://youtube.com/embed/nUzzLH2t6yE" frameborder="0"></iframe>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-37913164870800270352021-05-16T12:44:00.003+01:002021-05-16T12:44:24.794+01:00Na arte tudo vale, mas nem tudo funciona<a class="addthis_button_facebook_send"></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div style="text-align: left;"><div style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-xoS3HBM_hO4/YKEEEPBSisI/AAAAAAAAQus/iUjIRWT3riEEb2G4xV9s6dRSTAVgjyJ0wCLcBGAsYHQ/s1024/the-night-watch-rembrandt.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="774" data-original-width="1024" height="225" src="https://1.bp.blogspot.com/-xoS3HBM_hO4/YKEEEPBSisI/AAAAAAAAQus/iUjIRWT3riEEb2G4xV9s6dRSTAVgjyJ0wCLcBGAsYHQ/w298-h225/the-night-watch-rembrandt.jpg" width="298" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-0plTFY3AfSs/YKEELpbRT7I/AAAAAAAAQuw/gsT5tYiw03kdpoGD-wSrx2L2qgI6sX0WACLcBGAsYHQ/s556/Carl-Andre-Lever-1966-Photo-C-National-Gallery-of-Canada.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="380" data-original-width="556" height="189" src="https://1.bp.blogspot.com/-0plTFY3AfSs/YKEELpbRT7I/AAAAAAAAQuw/gsT5tYiw03kdpoGD-wSrx2L2qgI6sX0WACLcBGAsYHQ/w277-h189/Carl-Andre-Lever-1966-Photo-C-National-Gallery-of-Canada.png" width="277" /></span></a></div></div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A definição histórica da arte (X é uma obra de arte se alguém, com um legítimo direito de propriedade sobre X, tem a intenção não transitória de que X seja encarado do modo como foram tipicamente encaradas obras de arte anteriores) dá-nos “uma explicação poderosa e direta da unidade e continuidade inerentes ao desenvolvimento da arte. Resumidamente, algo ser uma obra de arte num dado momento consiste em esse algo estar intencionalmente relacionado com obras de arte que o precederam – nem mais nem menos. (…) </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A definição histórica da arte lança (…) luz sobre o facto de que na arte tudo vale, mas nem tudo funciona. A razão pela qual tudo vale é que não há limites claros ao género de coisas acerca de que as pessoas podem ter a intenção não transitória de que sejam por nós encaradas como obras de arte. A razão pela qual nem tudo funciona é que encarar algo como obra de arte envolve necessariamente fazer incidir o passado da arte sobre o que no presente é proposto como arte. Não há garantia de que o objeto presente e os modos de encarar pretéritos se irão combinar. A interação de ambos por vezes produzirá satisfação imediata, por vezes só após um intervalo. Por vezes ficamos chocados e perturbados, mas recuperamos e ficamos iluminados. Por vezes somos compelidos a adotar novos modos de encarar, deixando os antigos para trás. Contudo, por vezes ficamos simplesmente perplexos, aborrecidos, incomodados - ou tudo isso ao mesmo tempo – e de tal maneira que nunca o superamos. Nesses casos temos obras de arte, sim, mas essas obras não funcionam.”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: times;">Jerrold Levinson, <i>Investigações Estéticas – Ensaios de Filosofia da Arte</i>, Edições Afrontamento, Porto, 2020, pp. 39-40.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Este excerto pode encontrar-se no ensaio “Definir historicamente a arte”. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O livro contém vários outros ensaios. Por exemplo: “Reagir com emoção à arte”, “Intenção e interpretação na literatura”, “O conceito de humor”, “Arte erótica e imagens pornográficas”…</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">As imagens apresentam dois exemplos dados por Levinson:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: times;">Rembrandt: <i>A ronda da noite</i>, 1642.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: times;">Carl Andre:<i> Lever</i>, 1996.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-585686944016920602021-05-11T19:03:00.009+01:002021-05-11T19:16:18.931+01:00Apresentação online do Dúvida Metódica<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="444" src="https://www.youtube.com/embed/JUBxoJT4rHY" width="535" youtube-src-id="JUBxoJT4rHY"></iframe></div><br /><div><br /></div><br /><a class="addthis_button_facebook_send"></a>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-88364719040370805662021-05-05T12:17:00.000+01:002021-05-05T12:17:02.413+01:00Os direitos garantidos pela justiça são inegociáveis<a class="addthis_button_facebook_send"></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-SX8bg1CPJh4/YJJ94sDet-I/AAAAAAAAQtY/ZMN4UU1WH-oxZ0mfY9TqoLTaJQ2NhetSACLcBGAsYHQ/s961/odemira%2B2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="615" data-original-width="961" height="160" src="https://1.bp.blogspot.com/-SX8bg1CPJh4/YJJ94sDet-I/AAAAAAAAQtY/ZMN4UU1WH-oxZ0mfY9TqoLTaJQ2NhetSACLcBGAsYHQ/w250-h160/odemira%2B2.png" width="250" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">«A justiça é a virtude primeira das instituições sociais, tal como a verdade o é para os sistemas de pensamento. Uma teoria, por mais elegante ou parcimoniosa que seja, deve ser rejeitada ou alterada se não for verdadeira; da mesma forma, as leis e as instituições, não obstante o serem eficazes e bem concebidas, devem ser reformadas ou abolidas se forem injustas. Cada pessoa beneficia de uma inviolabilidade que decorre da justiça, a qual nem sequer em benefício do bem-estar da sociedade como um todo poderá ser eliminada. Por esta razão, a justiça impede que a perda da liberdade para alguns seja justificada pelo facto de outros passarem a partilhar um bem maior. Não permite que os sacrifícios impostos a uns poucos sejam compensados pelo aumento das vantagens usufruídas por um maior número. Assim sendo, numa sociedade justa a igualdade de liberdades e direitos entre os cidadãos é considerada como definitiva; os direitos garantidos pela justiça não estão dependentes da negociação política ou do cálculo dos interesses sociais. (…) Sendo as virtudes primeiras da atividade humana, a verdade e a justiça não podem ser objeto de qualquer compromisso.»</div><div><br /></div><div>John Rawls, <i>Uma teoria da justiça</i>, Ed. Presença, Lisboa, 2013, pp. 27-28. </div><div><br /></div>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-53564245042276509722021-04-08T15:28:00.003+01:002021-04-08T15:28:23.860+01:00O universo não é a universidade<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Eis o vídeo do webinar “O universo não é a universidade”. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Apesar da nossa falta de jeito para o “cinema”, esperamos
que fiquem com vontade de conhecer as quase trezentas páginas do Manual, bem
como o Dossier do Professor e o Caderno de Atividades do aluno. Oxalá gostem e
vos sejam úteis!<o:p></o:p></span></p></div><div style="text-align: justify;"><iframe frameborder="0" height="270" src="https://youtube.com/embed/4GeD3J0cxwM" width="480"></iframe></div>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-90508543130968859662021-03-29T23:49:00.003+01:002021-03-29T23:50:56.985+01:00Poderemos imaginar um regime político melhor do que a democracia?<a class="addthis_button_facebook_send"></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-iupdbzD2zKo/YGJY8QiqesI/AAAAAAAAQp8/pwl1s9-xfB8cGUjqSYqqCYeQop1vhcPbwCLcBGAsYHQ/s365/Henry%2BDavid%2BThoreau.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Henry David Thoreau" border="0" data-original-height="365" data-original-width="250" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-iupdbzD2zKo/YGJY8QiqesI/AAAAAAAAQp8/pwl1s9-xfB8cGUjqSYqqCYeQop1vhcPbwCLcBGAsYHQ/w137-h200/Henry%2BDavid%2BThoreau.jpg" title="Henry David Thoreau" width="137" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">«A evolução de uma monarquia absoluta para uma [monarquia] limitada e desta para uma democracia é o progresso do respeito pelos indivíduos. (…) Será a democracia, tal como a conhecemos, o último melhoramento possível do ato de governar? Não será possível dar-se mais um passo no reconhecimento e na organização dos direitos do homem? (…) Dá-me prazer imaginar um Estado que possa finalmente fazer justiça aos homens e tratar os indivíduos com respeito, como os vizinhos entre si.»</span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: georgia;">Henry Thoreau, </span><i style="font-family: georgia;">A desobediência civil / Defesa de John Brown</i><span style="font-family: georgia;">, Editora Antígona, Lisboa, 2015, pág. 49.</span></div><div><br /></div>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-11692589763757982182021-03-23T22:32:00.007+00:002021-03-23T22:33:47.849+00:00Subjetivismo estético<a class="addthis_button_facebook_send"></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-dQ4_6aiUSuk/YFprRElujPI/AAAAAAAAQpU/QuNFRWoGiJ8Wf67mN2KE-x5XvAh2U77cwCLcBGAsYHQ/s562/Subjetivismo%2Best%25C3%25A9tico.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="562" data-original-width="557" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-dQ4_6aiUSuk/YFprRElujPI/AAAAAAAAQpU/QuNFRWoGiJ8Wf67mN2KE-x5XvAh2U77cwCLcBGAsYHQ/s320/Subjetivismo%2Best%25C3%25A9tico.jpg" /></a></div><div><br /></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O subjetivismo estético é a «Doutrina acerca da justificação dos juízos estéticos, de acordo com a qual juízos como “x é belo” exprimem apenas os nossos sentimentos ou emoções pessoais acerca de x, independentemente de quaisquer características de x. Assim, o juízo estético, sendo subjetivo, nada mais é do que um juízo de gosto, uma vez que se limita a exprimir as nossas preferências.»</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Dicionário Escolar de Filosofia</i>, organizado por Aires Almeida, Plátano Editora, Lisboa, 2009, pág. 237.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">(Também online: <a href="https://criticanarede.com/dicionario.html">https://criticanarede.com/dicionario.html</a>) </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-yuNofyx9hZU/YFpr9ESdp5I/AAAAAAAAQpc/iIShlwSG_Eg911fIjtD9CnK9aQZWx_FcwCLcBGAsYHQ/s1024/Fernando%2BBotero%2BEn%2Bel%2Bparque.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="768" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-yuNofyx9hZU/YFpr9ESdp5I/AAAAAAAAQpc/iIShlwSG_Eg911fIjtD9CnK9aQZWx_FcwCLcBGAsYHQ/s320/Fernando%2BBotero%2BEn%2Bel%2Bparque.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-EWNyQOXTRUs/YFpsA2PaViI/AAAAAAAAQpg/fEpQjTvOzg0KgcwPHMheP1WpAFnYoV_kACLcBGAsYHQ/s1200/Alberto%2BGiacometti%2BGrande%2Bdonna.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="358" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-EWNyQOXTRUs/YFpsA2PaViI/AAAAAAAAQpg/fEpQjTvOzg0KgcwPHMheP1WpAFnYoV_kACLcBGAsYHQ/s320/Alberto%2BGiacometti%2BGrande%2Bdonna.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both;">Fernando Botero: En el parque.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">Alberto Giacometti: Grande donna.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">(Desconheço o autor do cartoon.)</div><div><br /></div></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-63870640468916020292021-03-08T23:08:00.007+00:002021-03-08T23:08:50.354+00:00Webinar 'O universo não é a universidade'<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-v9qda5Maplc/YEasqSFyucI/AAAAAAAAQns/UfNXyFfqqnga4TwIcPLHX6ErZpBthqjxwCLcBGAsYHQ/s700/Manual%2BD%25C3%25BAvida%2BMet%25C3%25B3dica%2Bautores%2BSara%2BRaposo%2BCarlos%2BPires.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Manual Dúvida Metódica autores Sara Raposo Carlos Pires" border="0" data-original-height="369" data-original-width="700" height="169" src="https://1.bp.blogspot.com/-v9qda5Maplc/YEasqSFyucI/AAAAAAAAQns/UfNXyFfqqnga4TwIcPLHX6ErZpBthqjxwCLcBGAsYHQ/w320-h169/Manual%2BD%25C3%25BAvida%2BMet%25C3%25B3dica%2Bautores%2BSara%2BRaposo%2BCarlos%2BPires.png" title="Manual Dúvida Metódica autores Sara Raposo Carlos Pires" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O objetivo do <i>webinar</i> é mostrar – usando exemplos do manual <b>Dúvida Metódica</b> – que é vantajoso relacionar a Filosofia com áreas não filosóficas, como as ciências, a literatura, as artes, o direito, o jornalismo e até o senso comum. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Como é sabido, aplicar as ideias filosóficas à realidade e às vivências dos alunos facilita a compreensão e promove o interesse e a atenção. Isso pode ser feito quando se explica e discute os temas e na própria avaliação. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O título foi inspirado por estas luminosas palavras:</span></div><blockquote><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">"Alguns filósofos acreditam que a filosofia é uma investigação ‘pura’ que pode ser desenvolvida à margem das ciências. Não partilho esta ideia. A melhor forma de abordar os problemas da filosofia é usar todos os recursos disponíveis. W. V. Quine observou uma vez que ‘O universo não é a universidade’. A divisão da investigação humana em disciplinas distintas pode ser útil para organizar os departamentos académicos, mas tem pouco interesse quando estamos a tentar descobrir como é o mundo. (…)".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: times;">James Rachels, <i>Problemas da Filosofia</i>, Gradiva, Lisboa, 2009, pág. 12.</span></div></blockquote><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: times;"></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A inscrição pode ser feita <a href="https://www.leyaeducacao.com/c_Eventos/index.php?t=4&codigo_edit_eventos&codigo_cat=410" target="_blank">AQUI</a>.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana;">Uma vez que não será possível oferecer ovos da Páscoa, ofereceremos alguns
recursos didáticos aos participantes. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><a class="addthis_button_facebook_send"></a>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-3745905402167802712021-02-19T11:40:00.003+00:002021-02-19T11:41:47.325+00:00Como a Ciência Mudou o Nosso Mundo<iframe width="480" height="270" src="https://youtube.com/embed/8T_Szync3X0" frameborder="0"></iframe>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-25087483748434610922021-02-14T14:45:00.007+00:002021-02-14T14:45:31.400+00:00Um novo manual para o 10º ano<a class="addthis_button_facebook_send"></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-muiYppDgnhs/YCk2RwsvINI/AAAAAAAAQl8/P9bZdf8n07ohQpdDyV55SPukvkLGzaCCgCLcBGAsYHQ/s700/unnamed.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="390" data-original-width="700" src="https://1.bp.blogspot.com/-muiYppDgnhs/YCk2RwsvINI/AAAAAAAAQl8/P9bZdf8n07ohQpdDyV55SPukvkLGzaCCgCLcBGAsYHQ/s320/unnamed.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mensagem enviada pela Editora aos professores de Filosofia anunciando o nosso projeto: </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">«Somos a equipa de autores do novo projeto escolar da TEXTO para o 10.º ano de Filosofia intitulado <b>Dúvida Metódica</b>. Lecionamos no Agrupamento de Escolas Dr.ª Laura Ayres. Aceitámos o desafio de fazer um novo projeto escolar pela motivação de poder partilhar práticas pedagógicas que resultam da nossa experiência de ensino, que é já longa, e pelo desejo de motivar os alunos para a Filosofia e de contribuir para que alcancem uma aprendizagem efetiva.»</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Oxalá gostem do projeto e este possa ser útil</span>!</div></div><div><br /></div>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-60038516796954878962020-12-30T11:38:00.006+00:002020-12-30T11:38:55.546+00:00A verdade, segundo Fernando Pessoa<a class="addthis_button_facebook_send"></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-H5A45VaCIM4/X-xmRSeEmZI/AAAAAAAAQj8/Z47hNLWbFvUtiC2IsIUI77mZgGPKmIV1ACLcBGAsYHQ/s1000/Relatividade%252C%2Bde%2BM.%2BC.%2BEscher.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Relatividade, de M. C. Escher" border="0" data-original-height="931" data-original-width="1000" height="186" src="https://1.bp.blogspot.com/-H5A45VaCIM4/X-xmRSeEmZI/AAAAAAAAQj8/Z47hNLWbFvUtiC2IsIUI77mZgGPKmIV1ACLcBGAsYHQ/w200-h186/Relatividade%252C%2Bde%2BM.%2BC.%2BEscher.jpg" title="Relatividade, de M. C. Escher" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">«Quantas coisas, que temos por certas ou justas, não são mais que os vestígios dos nossos sonhos, o sonambulismo da nossa incompreensão! Sabe acaso alguém o que é certo ou justo? Quantas coisas, que temos por belas, não são mais que o uso da época, a ficção do lugar e da hora? Quantas coisas, que temos por nossas, não são mais que aquilo de que somos perfeitos espelhos, ou invólucros transparentes, alheios no sangue à raça da sua natureza!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quanto mais medito na capacidade, que temos, de nos enganar mais se me esvai entre os dedos lassos a areia fina das certezas desfeitas. (…)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Encontrei hoje em ruas, separadamente, dois amigos meus que se haviam zangado um com o outro. Cada um me contou a narrativa de porque se haviam zangado. Cada um me disse a verdade. Cada um me contou as suas razões. Ambos tinham razão. Ambos tinham toda a razão. Não era que um via uma coisa e o outro outra, ou que um via um lado das coisas e outro um lado diferente. Não: cada um via as coisas exatamente como se haviam passado, cada um as via com um critério idêntico ao do outro, mas cada um via uma coisa diferente, e cada um, portanto, tinha razão.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Fiquei confuso desta dupla existência da verdade.»</span></div><div><br /></div><div>Fernando Pessoa [Bernardo Soares], <i>Livro do Desassossego</i>.</div><div><br /></div>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-12130332100636250482020-12-16T10:14:00.001+00:002020-12-16T10:14:41.900+00:00Amo a filosofia porque…<a class="addthis_button_facebook_send"></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-aM3vdVNqJF0/X9ndY9TOi1I/AAAAAAAAQi0/RKHIZSLdRH8G3vZ5ryhR4VuHxCNS-JsYwCLcBGAsYHQ/s592/M%25C3%25A3o%2Bcom%2BEsfera%252C%2Bde%2BM.%2BC.%2BEscher%2B%25281935%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Mão com Esfera, de M. C. Escher (1935)" border="0" data-original-height="592" data-original-width="400" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-aM3vdVNqJF0/X9ndY9TOi1I/AAAAAAAAQi0/RKHIZSLdRH8G3vZ5ryhR4VuHxCNS-JsYwCLcBGAsYHQ/w135-h200/M%25C3%25A3o%2Bcom%2BEsfera%252C%2Bde%2BM.%2BC.%2BEscher%2B%25281935%2529.jpg" title="Mão com Esfera, de M. C. Escher (1935)" width="135" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">«A matemática não faz parte
do mundo físico; faz parte da nossa representação da realidade. É um facto epistemicamente
e ontologicamente objetivo que tenho cinco dedos nesta mão e cinco dedos nesta
outra. Mas então surge a questão, o que é o cinco? Todos sabemos o que é um
dedo, mas o que é o cinco? Amo a filosofia porque só em filosofia se permite
que façamos perguntas como esta.»<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: times;">John R. Searle, <i>Da
Realidade Física à Realidade Humana</i>, Gradiva, Lisboa, 2020, pág. 44.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: times;">Desenho: Mão com Esfera, de M.
C. Escher (1935). </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></p><br />Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-85745918377539451872020-12-14T19:31:00.003+00:002020-12-14T19:32:02.584+00:00O medo é inimigo do pensamento<div class="separator" style="clear: both; font-family: Verdana, sans-serif; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-ReT-1WkTHr8/X9e8s68NoPI/AAAAAAAAQio/M7ZtzIBGp94ap5wgkRSoJJSlOwuNNPXrwCLcBGAsYHQ/s800/fake%2Bnews%2BAndr%25C3%25A9%2BCarrilho.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="fake news André Carrilho" border="0" data-original-height="588" data-original-width="800" height="147" src="https://1.bp.blogspot.com/-ReT-1WkTHr8/X9e8s68NoPI/AAAAAAAAQio/M7ZtzIBGp94ap5wgkRSoJJSlOwuNNPXrwCLcBGAsYHQ/w200-h147/fake%2Bnews%2BAndr%25C3%25A9%2BCarrilho.jpg" title="fake news André Carrilho" width="200" /></a></div><p class="MsoNoSpacing" style="font-family: Verdana, sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;">“Quando
temos medo, não vemos com clareza. (…) O pensamento crítico é sempre difícil,
mas é quase impossível quando estamos assustados. Não existe espaço para os factos
quando a nossa mente está ocupada pelo medo.”</span></p><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: times;"><span style="color: #262626; font-size: 12pt;">Hans Rosling (com Anna Rosling Rönnlund e Ola Rosling</span>),</span></p><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: times;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="color: #262626; font-size: 12pt;"><span style="font-family: times;"><i>Factfulness - Dez razões pelas quais estamos errados acerca do
mundo — e por que as coisas estão melhor do que pensamos</i>,</span></span></p><p class="MsoNoSpacing"><span style="color: #262626; font-size: 12pt;"><span style="font-family: times;">Temas e Debates, Lisboa, 2019, pág. 113.</span></span></p><p class="MsoNoSpacing"><span style="color: #262626; font-size: 12pt;"><span style="font-family: times;">Cartoon de André Carrilho.</span></span></p><p class="MsoNoSpacing"><span face="Verdana, sans-serif" style="color: #262626; font-size: 12pt;"><br /></span></p><a class="addthis_button_facebook_send"></a>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-26967201687958923192020-12-05T10:27:00.005+00:002020-12-05T10:32:37.066+00:00Um filósofo que também viveu<a class="addthis_button_facebook_send"></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Reu1lq-Cu14/X8tf2S0PFtI/AAAAAAAAQhw/2uc7fr6ht-IglsNH0rXjTt8UBWZkpZkiQCLcBGAsYHQ/s1032/Fotografia%2Bde%2BWolfgang%2BSuschitzky%2BBertrand%2BRussell%2Bdiscursando%2Bem%2B1962%2B-%2BCommittee%2Bof%2B100%252C%2Bban-the-bomb%2Bmovement%2B.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Fotografia de Wolfgang Suschitzky Bertrand Russell discursando em 1962 (Committee of 100, ban-the-bomb movement)" border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1032" height="310" src="https://1.bp.blogspot.com/-Reu1lq-Cu14/X8tf2S0PFtI/AAAAAAAAQhw/2uc7fr6ht-IglsNH0rXjTt8UBWZkpZkiQCLcBGAsYHQ/w320-h310/Fotografia%2Bde%2BWolfgang%2BSuschitzky%2BBertrand%2BRussell%2Bdiscursando%2Bem%2B1962%2B-%2BCommittee%2Bof%2B100%252C%2Bban-the-bomb%2Bmovement%2B.png" title="Fotografia de Wolfgang Suschitzky Bertrand Russell discursando em 1962 (Committee of 100, ban-the-bomb movement)" width="320" /></a></div><br /><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">«Bertrand Russell teve uma vida longa [1872-1970], e dedicou-se a muitíssimo mais do que a lógica e a filosofia, sendo por duas vezes candidato ao parlamento (em apoio do sufrágio feminino) e tendo feito campanhas a favor da paz e do desarmamento, tanto na Primeira Guerra Mundial, como nas últimas duas décadas de vida. Escreveu livros técnicos, mas também “populares”, fundou e durante um tempo dirigiu uma escola, foi colunista de um jornal durante vários anos, e ganhou o prémio Nobel da Literatura. A sua vida foi surpreendentemente ativa e vigorosa, sempre em defesa de causas liberais progressistas, e também radiante, devido à perspicácia, clareza e acuidade do seu espírito. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Foi também, e por consequência, uma vida de controvérsia. O Trinity College de Cambridge tirou-lhe o emprego para o castigar devido à sua oposição à Primeira Guerra Mundial, e as suas atividades contra a guerra tiveram como resultado a prisão, tanto nessa altura como na última década de vida, neste caso devido à sua oposição às armas nucleares. Cedo na vida fez campanha a favor de perspetivas sensatas acerca do divórcio e da educação sexual; mais tarde, fez campanha contra a guerra do Vietname. Na verdade, quanto mais velho mais radical se tornava. Nos primeiros tempos de vida, era pedante (e dizia alegremente que o tinha sido), uma maneira de ser que herdara da avó austeramente moralista que o criou – a condessa Russell, viúva do antigo primeiro-ministro, conde Russell. A experiência libertou-lhe as atitudes. Casou várias vezes, e um dos seus livros mais controversos, <i>Casamento e Moral</i>, fez-lhe perder um emprego em Nova Iorque, em resultado de uma campanha de moralistas indignados – deixando-o quase indigente - , e quinze anos mais tarde valeu-lhe o prémio Nobel. Quando lhe foi atribuída a Ordem de Mérito, que é a distinção mais elevada possível no sistema britânico de honras, o rei Jorge VI disse-lhe, aquando da cerimónia: “Comportou-se de maneira que não seria de adotar em geral.” Ao que Russell respondeu que o que se faz depende do que se é: veja-se a diferença entre um carteiro e um rapaz traquina que toca a todas as campainhas da rua. O rei ficou sem resposta.»</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A. C. Grayling, <i><a href="https://www.almedina.net/uma-hist-ria-da-filosofia-1600855280.html" target="_blank">Uma História da Filosofia</a></i>, Edições 70, Lisboa, 2020, pp. 399-400. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fotografia de Wolfgang Suschitzky: </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Bertrand Russell discursando em 1962 (Committee of 100, ban-the-bomb movement).</div><div><br /></div><div><br /></div></div>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-54834884989191532072020-12-02T09:37:00.002+00:002020-12-02T09:38:00.431+00:00O divino em nós<a class="addthis_button_facebook_send"></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-A5s2VQaisz4/X8dfyaqJHrI/AAAAAAAAQhk/2SONNTDNi_E1xs_W4tuJfY-pwRUThQmdgCLcBGAsYHQ/s1440/Dorothea%2BLange%2BGirl%252C%2BWestern%2BIreland%2B%2B-1954.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Dorothea Lange: Girl, Western Ireland (1954)." border="0" data-original-height="1440" data-original-width="1118" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-A5s2VQaisz4/X8dfyaqJHrI/AAAAAAAAQhk/2SONNTDNi_E1xs_W4tuJfY-pwRUThQmdgCLcBGAsYHQ/w155-h200/Dorothea%2BLange%2BGirl%252C%2BWestern%2BIreland%2B%2B-1954.jpg" title="Dorothea Lange: Girl, Western Ireland (1954)." width="155" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">«Tal é a raça humana. De quantos animais conhecemos, é o único que tem uma parte de divino, pelo menos mais que os outros. Por consequência, devido a esse motivo, e porque a forma das suas partes externas é a mais bem conhecida, dele falaremos em primeiro lugar. Para começar, é o único que tem as partes naturais dispostas segundo a natureza: a parte superior está voltada para o cimo do universo, pois ele é o único ser ereto entre todos os animais.»</span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: times;">Aristóteles, <i>As Partes dos Animais</i>, 656 a, </span></div><div><span style="font-family: times;"><br /></span></div><div><span style="font-family: times;">In Maria Helena da Rocha Pereira, <i>Hélade, antologia da cultura grega</i>, 5ª Edição, Coimbra, 1990, pp. 430-431.</span></div><div><span style="font-family: times;"><br /></span></div><div><span style="font-family: times;">Dorothea Lange: Girl, Western Ireland (1954).</span></div><div><br /></div>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-89006968037451181952020-11-29T13:26:00.004+00:002020-11-29T13:28:44.761+00:00Dois Humes<a class="addthis_button_facebook_send"></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-K7lzfSQvT0o/X8Ogjv2ki1I/AAAAAAAAQgs/29OkBBWhmKULYF0kkCzX6k5Tf18lU7f3QCLcBGAsYHQ/s316/Roger%2BScruton%252C%2BBreve%2BHist%25C3%25B3ria%2Bda%2BFilosofia%2BModerna.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Roger Scruton, Breve História da Filosofia Moderna" border="0" data-original-height="316" data-original-width="197" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-K7lzfSQvT0o/X8Ogjv2ki1I/AAAAAAAAQgs/29OkBBWhmKULYF0kkCzX6k5Tf18lU7f3QCLcBGAsYHQ/w125-h200/Roger%2BScruton%252C%2BBreve%2BHist%25C3%25B3ria%2Bda%2BFilosofia%2BModerna.png" title="Roger Scruton, Breve História da Filosofia Moderna" width="125" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">«Podemos ler Hume de duas maneiras. Na primeira, vendo-o como um cético que defende, a partir de premissas empiristas, a ideia de que as convicções comuns quanto à possibilidade do conhecimento são indefensáveis. Na segunda, como o proponente da “filosofia natural” do homem, partindo de observações empíricas sobre a mente humana para concluir que esta foi inadequadamente compreendida pelos metafísicos. As duas leituras não são incompatíveis (…).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O “naturalismo” de Hume é newtoniano: Hume procura construir uma ciência da mente sem se basear em pressupostos infundados e apoiando-se apenas na observação. Percebemos implicitamente que rejeita as teorias dos metafísicos por não encontrar fundamento para elas. Ao mesmo tempo não gostava de passar por cético radical, pois o ceticismo radical é contranatura. Hume é um cético apenas naquela vertente moderada defendida no passado na Academia de Platão – um cético que procura refrear as pretensões da razão humana e recordar-nos da nossa natureza de seres passionais e governados pelo costume. Desse modo, quando chega a uma conclusão cética, Hume tende a dar um passo atrás, informando o leitor de que está apenas a discutir as operações da mente humana e não a criticar as crenças que espontaneamente surgem em nós. Contudo, o seu estilo irónico, e o quase impercetível piscar de olhos quando propõe as suas “soluções céticas” tornam difícil ter certezas quanto às suas intenções.» </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Roger Scruton, <i>Breve História da Filosofia Moderna</i>, <a href="https://www.guerraepaz.pt/nao-ficcao/132-breve-historia-da-filosofia-moderna.html?search_query=Breve+Historia+da+Filosofia+Moderna&results=1" target="_blank">Guerra & Paz</a>, Lisboa, 2010, pág. 160.</span></div><div><br /></div>Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4059373590463169148.post-68982039821703125412020-11-25T11:58:00.003+00:002020-11-25T12:04:49.482+00:00Talvez não seja um falso dilema...<a class="addthis_button_facebook_send"></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-OBorBOCt07Y/X75GVtiivZI/AAAAAAAAQgY/A3GbvilxU8kbJAK9jTNU3bfL4Zy5bFCcwCLcBGAsYHQ/s707/exemplo%2Bde%2Bambiguidade%2Bser%25C3%25A1%2Bum%2Bfalso%2Bdilema.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img alt="Será um falso dilema? exemplo de ambiguidade semântica." border="0" data-original-height="573" data-original-width="707" height="259" src="https://1.bp.blogspot.com/-OBorBOCt07Y/X75GVtiivZI/AAAAAAAAQgY/A3GbvilxU8kbJAK9jTNU3bfL4Zy5bFCcwCLcBGAsYHQ/w320-h259/exemplo%2Bde%2Bambiguidade%2Bser%25C3%25A1%2Bum%2Bfalso%2Bdilema.png" title="Será um falso dilema? exemplo de ambiguidade semântica." width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Infelizmente, talvez não seja um falso dilema... Em todo o caso, é um bom exemplo de ambiguidade semântica. </span></div><br />Carlos Pireshttp://www.blogger.com/profile/08251950765007453258noreply@blogger.com0