Como podemos garantir que o nosso conhecimento é absolutamente seguro e mostrar que o ponto de vista céptico, ao duvidar da própria possibilidade do conhecimento, é errado?
Como é que se pode vencer a dúvida e alcançar a certeza?
O objectivo de Descartes é a construção de um sistema seguro do conhecimento, ou seja, descobrir princípios sólidos (certos e evidentes), a partir dos quais se pudesse constituir toda a Filosofia, à semelhança do que acontece na Matemática.
Descartes começa por examinar todas as certezas que possui para verificar se estas resistem à dúvida, apresentando vários argumentos (os sentidos, os sonhos e o Deus Enganador) que lhe permitem duvidar progressivamente de um maior número de conhecimentos. A dúvida é um meio para encontrar um conhecimento indubitável (dúvida metódica).
«Penso, logo existo» (o sujeito pensante) corresponde ao primeiro princípio indubitável. Resulta da dúvida mais radical (o argumento do Deus Enganador ou Maligno). O sujeito (eu penso) é condição do próprio acto de duvidar - para duvidar eu tenho de pensar e para pensar tenho de existir. Esta verdade não pode ser posta em causa, é conhecida intuitivamente através da razão e a partir dela, Descartes irá deduzir todos os outros conhecimentos. Todavia, esta primeira verdade apenas assegura que o sujeito é o suporte de todas as representações (conhecimentos), não garante a verdade acerca dos conteúdos do pensamento suspensos pela dúvida.
Descartes procura provar Deus a partir da ideia de perfeição que o sujeito possui. Esta não teve origem no mundo exterior nem no próprio sujeito, foi originada por esse ser perfeito: este existe necessariamente, porque senão não teria uma das qualidades (a existência) que garante a perfeição (argumento ontológico).
Como é que se pode vencer a dúvida e alcançar a certeza?
O objectivo de Descartes é a construção de um sistema seguro do conhecimento, ou seja, descobrir princípios sólidos (certos e evidentes), a partir dos quais se pudesse constituir toda a Filosofia, à semelhança do que acontece na Matemática.
Descartes começa por examinar todas as certezas que possui para verificar se estas resistem à dúvida, apresentando vários argumentos (os sentidos, os sonhos e o Deus Enganador) que lhe permitem duvidar progressivamente de um maior número de conhecimentos. A dúvida é um meio para encontrar um conhecimento indubitável (dúvida metódica).
«Penso, logo existo» (o sujeito pensante) corresponde ao primeiro princípio indubitável. Resulta da dúvida mais radical (o argumento do Deus Enganador ou Maligno). O sujeito (eu penso) é condição do próprio acto de duvidar - para duvidar eu tenho de pensar e para pensar tenho de existir. Esta verdade não pode ser posta em causa, é conhecida intuitivamente através da razão e a partir dela, Descartes irá deduzir todos os outros conhecimentos. Todavia, esta primeira verdade apenas assegura que o sujeito é o suporte de todas as representações (conhecimentos), não garante a verdade acerca dos conteúdos do pensamento suspensos pela dúvida.
Descartes procura provar Deus a partir da ideia de perfeição que o sujeito possui. Esta não teve origem no mundo exterior nem no próprio sujeito, foi originada por esse ser perfeito: este existe necessariamente, porque senão não teria uma das qualidades (a existência) que garante a perfeição (argumento ontológico).
A existência de Deus garante a verdade dos conhecimentos obtidos através da razão (das ideias claras e distintas). Deus é por definição bom e por isso não pode querer enganar o sujeito, garantindo a verdade das ideias que o sujeito concebe clara e distintamente e a correcção dos seus raciocínios. A partir daí, Descartes já pode deduzir outras verdades e construir com segurança o edifício do conhecimento. O perigo do cepticismo desapareceu.
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