“As nossas crenças mais justificadas não têm qualquer outra garantia sobre a qual assentar, senão um convite permanente ao mundo inteiro para provar que carecem de fundamento.”
John Stuart Mill
Na sociedade atual (novo acordo ortográfico) vivemos obcecados pelos estereotipos de uma vida perfeita que é anunciada na televisão, no cinema, nas revistas...O que realmente interessa é consumir, consumir o novo par de sapatilhas que toda a gente tem, consumir o casaco de marca que toda a gente tem que ter e ser feliz com isso. Vivemos num estado vegetal, ligamos as consolas e preenchemos o desejo interior de aventura com mais um jogo, preenchemos os desejos de riqueza, romance e justiça com as novelas da TVI, e caminhamos assim a nossa vida toda. Morremos e nada que fizémos marcou o mundo. Talvez até tenhamos querido um estilo de vida diferente mas apenas porque queriamos o brilho que os inteligentes tinham, mas como não percebemos que a importância da inteligência não é o brilho mas sim a visão única e alargada que obtemos do mundo, não fazemos nada para mudar. Não é suficiente querer, tem que se perceber porque se quer. Tem que se perceber que o desejo de aventura é respondido melhor por um livro, tem que se perceber que ver as novelas da tvi não traz a riqueza, nem a justiça (onde os maus perdem sempre, e os bons são premiados), tem que se perceber que "Com um livro é impossível sentirmo-nos sozinhos" (Lídia Jorge). Tem que se perceber a importância da cultura, tem que se perceber que a riqueza que a inteligência nos dá é bem maior que todo o dinheiro do mundo. E por vezes (ou quase sempre) não chegamos lá sozinhos. Precisamos da Paige, de Sócrates, de alguém que nos acorde, alguém que nos tire da caverna, alguém que nos cure a cegueira, alguém que nos traga o sol. Só depois de perceber como isso é importante é que realmente podemos querer, (porque assim que percebemos queremos a integência mais que tudo), e assim deixamos uma marca no mundo. O mundo evoluiu com os nossos pensamentos, o mundo avançou connosco. Não fomos conhecidos mas o simples facto de ter dito aos nossos filhos para ler, ja fez um mundo melhor, (os nossos filhos já vão poder fazer parte de uma sociedade melhor, porque já sabem o que devem fazer, já conhecem muito o mundo, já leram). E isso não consegue somente por querer. Querer é necessário não suficiente. Querer as coisas pelos motivos errados é sempre mau, mesmo que queiramos coisas boas porque agimos com o cego que tapa os olhos com uns bonitos óculos de sol. ("Eu li Por quem os sinos dobram, eu li o "Ensaio da Cegueira" queria muito porque apareceu nos Morangos, agora já sou inteligente.") Não basta só vontade de emagrecer, há que perceber porque é que é importante emagrecer.
Este cartoon parece-me um pouco ezagerado,ou seja nem toda a gente passa os dias agarrados a um monitor ou a uma consola, claro que podem existir excepções mas no geral não costuma ser assim. Nós podemos passar os dias agarrados a um monitor ou a uma consola e deixar a nossa vida passar ou então podemos dividir o nosso tempo entre isso e fazer alguma coisa importante em relação á nossa vida. Basta querer
4 comentários:
Muito bom post, caros colegas! Acabei de conhecer este vosso blog, por indicação de um aluno. Pareceu-me muito bom. Recomendarei.
Obrigado Miguel.
Espero que o Dúvida Metódica lhe possa ser útil.
"Críticas e sugestões são bem-vindas."
Na sociedade atual (novo acordo ortográfico) vivemos obcecados pelos estereotipos de uma vida perfeita que é anunciada na televisão, no cinema, nas revistas...O que realmente interessa é consumir, consumir o novo par de sapatilhas que toda a gente tem, consumir o casaco de marca que toda a gente tem que ter e ser feliz com isso. Vivemos num estado vegetal, ligamos as consolas e preenchemos o desejo interior de aventura com mais um jogo, preenchemos os desejos de riqueza, romance e justiça com as novelas da TVI, e caminhamos assim a nossa vida toda. Morremos e nada que fizémos marcou o mundo. Talvez até tenhamos querido um estilo de vida diferente mas apenas porque queriamos o brilho que os inteligentes tinham, mas como não percebemos que a importância da inteligência não é o brilho mas sim a visão única e alargada que obtemos do mundo, não fazemos nada para mudar. Não é suficiente querer, tem que se perceber porque se quer. Tem que se perceber que o desejo de aventura é respondido melhor por um livro, tem que se perceber que ver as novelas da tvi não traz a riqueza, nem a justiça (onde os maus perdem sempre, e os bons são premiados), tem que se perceber que "Com um livro é impossível sentirmo-nos sozinhos" (Lídia Jorge). Tem que se perceber a importância da cultura, tem que se perceber que a riqueza que a inteligência nos dá é bem maior que todo o dinheiro do mundo. E por vezes (ou quase sempre) não chegamos lá sozinhos. Precisamos da Paige, de Sócrates, de alguém que nos acorde, alguém que nos tire da caverna, alguém que nos cure a cegueira, alguém que nos traga o sol. Só depois de perceber como isso é importante é que realmente podemos querer, (porque assim que percebemos queremos a integência mais que tudo), e assim deixamos uma marca no mundo. O mundo evoluiu com os nossos pensamentos, o mundo avançou connosco. Não fomos conhecidos mas o simples facto de ter dito aos nossos filhos para ler, ja fez um mundo melhor, (os nossos filhos já vão poder fazer parte de uma sociedade melhor, porque já sabem o que devem fazer, já conhecem muito o mundo, já leram). E isso não consegue somente por querer. Querer é necessário não suficiente. Querer as coisas pelos motivos errados é sempre mau, mesmo que queiramos coisas boas porque agimos com o cego que tapa os olhos com uns bonitos óculos de sol. ("Eu li Por quem os sinos dobram, eu li o "Ensaio da Cegueira" queria muito porque apareceu nos Morangos, agora já sou inteligente.") Não basta só vontade de emagrecer, há que perceber porque é que é importante emagrecer.
Eurico Graça nº 9 11ºF
Este cartoon parece-me um pouco ezagerado,ou seja nem toda a gente passa os dias agarrados a um monitor ou a uma consola, claro que podem existir excepções mas no geral não costuma ser assim.
Nós podemos passar os dias agarrados a um monitor ou a uma consola e deixar a nossa vida passar ou então podemos dividir o nosso tempo entre isso e fazer alguma coisa importante em relação á nossa vida. Basta querer
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