Ao considerar os nossos conhecimentos podemos distinguir:
Nalgumas situações essas formas de conhecimento podem relacionar-se umas com as outras de diversos modos. Noutras situações pode não haver relação.
Existem muitos problemas cuja resolução implica o recurso aos vários tipos de conhecimento.
Por exemplo: um cirurgião precisa de ter conhecimentos práticos relativos ao manuseamento dos instrumentos cirúrgicos, mas também precisa de ter numerosos conhecimentos proposicionais acerca da anatomia e fisiologia do corpo humano, das doenças e das melhores estratégias para executar as intervenções cirúrgicas; e precisa também de algum conhecimento por contacto de cada paciente.
Passa-se o mesmo com um mecânico ou com um engenheiro agrónomo. Teste a sua compreensão explicando porquê.
O saber-fazer e o conhecimento por contacto podem muitas vezes dar origem a conhecimentos proposicionais.
No caso do saber-fazer, isso sucede principalmente quando as pessoas tentam descrever o que sabem fazer e explicam verbalmente como se faz.
No caso do conhecimento por contacto, isso sucede principalmente quando as pessoas tentam descrever algo que aprenderam por experiência, quando tentam pôr em palavras algo conhecido através do contacto sensorial.
Por exemplo:
Uma pessoa que sabe andar de bicicleta pode (se quiser ajudar uma criança a aprender, se quiser escrever um livro sobre o assunto, etc.) exprimir o que sabe através de frases como “Para andar de bicicleta é preciso manter o equilíbrio” ou “Para andar de bicicleta e não cair não se deve inclinar o corpo para um dos lados”.
Uma pessoa que conheceu pessoalmente uma personalidade famosa, por exemplo o realizador cinematográfico Woody Allen, pode depois tentar exprimir as suas impressões através de frases como “O Woody Allen é uma pessoa tímida e reservada” ou “O Woody Allen mexe muito as mãos e tem uma dicção peculiar”, etc.
Essas frases exprimem proposições. Já não se trata apenas de saber-fazer ou de conhecimento por contacto, mas de conhecimento proposicional.
Teste a sua compreensão imaginando outros exemplos.
Podemos ter um conhecimento meramente proposicional relativamente a certas coisas, mas depois desenvolver em relação a elas conhecimentos práticos e por contacto, numa tentativa de aplicar e concretizar esse conhecimento proposicional.
Por exemplo:
Uma pessoa (eventualmente um preso, numa cadeia) pode recolher muitas informações sobre informática sem saber realmente trabalhar com um computador e só depois experimentar fazê-lo. Ao fazer isso estará a desenvolver um saber-fazer, já não se limitando o seu saber informático à mera posse de informações e teorias.
Essa mesma pessoa poderá recolher muitas informações sobre a cidade de Florença (ficando a conhecer muitos aspectos geográficos, económicos, artísticos, etc.) sem nunca lá ter ido. Mas se depois visitar Florença e for ver os lugares, monumentos, etc., acerca dos quais recolhera informações estará a complementar o conhecimento proposicional que já tinha com conhecimento por contacto.
Teste a sua compreensão imaginando outros exemplos.
No entanto, essas relações entre os diferentes tipos de conhecimento não ocorrem sempre. Há muitas situações em que essas modalidades de conhecimento se desenvolvem de modo independente.
Por exemplo:
Uma pessoa pode saber andar de bicicleta e nunca formular quaisquer proposições sobre o assunto. Nesse caso, o seu conhecimento é apenas um saber-fazer (que não poderia existir se a pessoa não tivesse conhecimento por contacto de bicicletas, mas que é diferente deste – como se comprova pelo facto de muitas pessoas que já viram e tocaram em bicicletas não saberem andar de bicicleta).
Uma pessoa pode conhecer pessoalmente o Woody Allen e nunca fazer quaisquer declarações acerca dele ou sequer pensar nele. Nesse caso, o seu conhecimento é apenas um conhecimento por contacto.
Uma pessoa pode saber imensas coisas acerca da cidade de Florença e morrer sem a visitar. Nesse caso, o seu conhecimento de Florença terá sido sempre proposicional.
Teste a sua compreensão imaginando outros exemplos.
- O conhecimento por contacto (conhecer por experiência ou contacto sensorial pessoas, objectos, lugares, etc.).
- O saber-fazer (conhecimento prático, saber efectuar actividades).
- O “saber que” (ou conhecimento proposicional, e que consiste naturalmente no conhecimento de proposições).
Nalgumas situações essas formas de conhecimento podem relacionar-se umas com as outras de diversos modos. Noutras situações pode não haver relação.
Existem muitos problemas cuja resolução implica o recurso aos vários tipos de conhecimento.
Por exemplo: um cirurgião precisa de ter conhecimentos práticos relativos ao manuseamento dos instrumentos cirúrgicos, mas também precisa de ter numerosos conhecimentos proposicionais acerca da anatomia e fisiologia do corpo humano, das doenças e das melhores estratégias para executar as intervenções cirúrgicas; e precisa também de algum conhecimento por contacto de cada paciente.
Passa-se o mesmo com um mecânico ou com um engenheiro agrónomo. Teste a sua compreensão explicando porquê.
O saber-fazer e o conhecimento por contacto podem muitas vezes dar origem a conhecimentos proposicionais.
No caso do saber-fazer, isso sucede principalmente quando as pessoas tentam descrever o que sabem fazer e explicam verbalmente como se faz.
No caso do conhecimento por contacto, isso sucede principalmente quando as pessoas tentam descrever algo que aprenderam por experiência, quando tentam pôr em palavras algo conhecido através do contacto sensorial.
Por exemplo:
Uma pessoa que sabe andar de bicicleta pode (se quiser ajudar uma criança a aprender, se quiser escrever um livro sobre o assunto, etc.) exprimir o que sabe através de frases como “Para andar de bicicleta é preciso manter o equilíbrio” ou “Para andar de bicicleta e não cair não se deve inclinar o corpo para um dos lados”.
Uma pessoa que conheceu pessoalmente uma personalidade famosa, por exemplo o realizador cinematográfico Woody Allen, pode depois tentar exprimir as suas impressões através de frases como “O Woody Allen é uma pessoa tímida e reservada” ou “O Woody Allen mexe muito as mãos e tem uma dicção peculiar”, etc.
Essas frases exprimem proposições. Já não se trata apenas de saber-fazer ou de conhecimento por contacto, mas de conhecimento proposicional.
Teste a sua compreensão imaginando outros exemplos.
Podemos ter um conhecimento meramente proposicional relativamente a certas coisas, mas depois desenvolver em relação a elas conhecimentos práticos e por contacto, numa tentativa de aplicar e concretizar esse conhecimento proposicional.
Por exemplo:
Uma pessoa (eventualmente um preso, numa cadeia) pode recolher muitas informações sobre informática sem saber realmente trabalhar com um computador e só depois experimentar fazê-lo. Ao fazer isso estará a desenvolver um saber-fazer, já não se limitando o seu saber informático à mera posse de informações e teorias.
Essa mesma pessoa poderá recolher muitas informações sobre a cidade de Florença (ficando a conhecer muitos aspectos geográficos, económicos, artísticos, etc.) sem nunca lá ter ido. Mas se depois visitar Florença e for ver os lugares, monumentos, etc., acerca dos quais recolhera informações estará a complementar o conhecimento proposicional que já tinha com conhecimento por contacto.
Teste a sua compreensão imaginando outros exemplos.
No entanto, essas relações entre os diferentes tipos de conhecimento não ocorrem sempre. Há muitas situações em que essas modalidades de conhecimento se desenvolvem de modo independente.
Por exemplo:
Uma pessoa pode saber andar de bicicleta e nunca formular quaisquer proposições sobre o assunto. Nesse caso, o seu conhecimento é apenas um saber-fazer (que não poderia existir se a pessoa não tivesse conhecimento por contacto de bicicletas, mas que é diferente deste – como se comprova pelo facto de muitas pessoas que já viram e tocaram em bicicletas não saberem andar de bicicleta).
Uma pessoa pode conhecer pessoalmente o Woody Allen e nunca fazer quaisquer declarações acerca dele ou sequer pensar nele. Nesse caso, o seu conhecimento é apenas um conhecimento por contacto.
Uma pessoa pode saber imensas coisas acerca da cidade de Florença e morrer sem a visitar. Nesse caso, o seu conhecimento de Florença terá sido sempre proposicional.
Teste a sua compreensão imaginando outros exemplos.
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