A visita de estudo que algumas turmas da Pinheiro e Rosa efectuarão no próximo dia 28 de Janeiro incluirá uma passagem pelo Museu Calouste Gulbenkian. Eis uma das obras lá exposta: S. José, de Rogier van der Weyden (1399/1400-1464). A acompanhar um poema de João Miguel Fernandes Jorge, chamado "Esperando uma carta", inspirado nesse quadro.
Esperando uma carta
Van der Weiden o representou pela manhã.
Figura de monge escolar
olhando desde cedo os camposespera uma carta novos passos do companheiro doutro claustro
distante
tratando os problemas da substância
em letra de tom castanho e magoado espera uma carta toda a manhã
notícia dos campos seus a mãe ou a irmã
dirá da caça da invernia
do casamento e morte dos parentes das crias
novas uma carta distante perdida carta.
Sem outra vida espera
uma carta amada isso de certo
olhando da pequena janela sobre os mundos a chuva o vento o sol dos meses
esperando uma carta todas as manhãs a vida.
João Miguel Fernandes Jorge, O roubador de água, Edições Assírio e Alvim, Lisboa, 1981, pp 83.
Informação retirada do site do Museu Calouste Gulbenkian, a propósito do quadro de van der Weyden:
“Flandres, 1435-37. Este é um fragmento que fez parte de um retábulo separado por razões desconhecidas, ao qual também pertenceu a pintura Madalena lendo (The National Gallery, Londres). Julga-se que o conjunto, originalmente uma Sacra Conversazione, terá constituído uma das principais obras da primeira fase de produção autónoma de Rogier van der Weyden.”
“Flandres, 1435-37. Este é um fragmento que fez parte de um retábulo separado por razões desconhecidas, ao qual também pertenceu a pintura Madalena lendo (The National Gallery, Londres). Julga-se que o conjunto, originalmente uma Sacra Conversazione, terá constituído uma das principais obras da primeira fase de produção autónoma de Rogier van der Weyden.”
1 comentário:
depois venho buscar!
lindo, lindo!
obrigada...sempre sempre por este blog.
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