quarta-feira, 15 de abril de 2009

As superstições e a crítica de Hume à ideia de causalidade


A crença nas superstições implica estabelecer nexos causais entre acontecimentos diferentes que não têm qualquer relação entre si. Por exemplo:
Vi um gato preto na rua (causa) e, logo a seguir, parti um pé (efeito).
Tive negativa no teste de Filosofia (efeito) porque este foi realizado numa sexta-feira, dia 13 (causa).
Esta crença em causalidades fictícias tem um fundamento subjectivo (é uma crença irracional do sujeito) e não se baseia nem na experiência nem na razão.
Segundo Hume, as relações causais efectuadas no âmbito do quotidiano e da ciência dependem de factores psicológicos como o hábito e não têm, por isso, uma justificação racional ou empírica. Assim sendo, no âmbito do conhecimento vulgar e do científico, adquirimos a crença que a água vai aquecer com base na experiência passada.
Como é que podemos refutar esta ideia defendida por Hume? Será que podemos mostrar que as explicações científicas estão racionalmente justificadas?

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