Cartoon da autoria de Quino.
“Tal como as crianças tremem e receiam tudo na escuridão profunda, também nós por vezes receamos na luz o que não há mais razão para recearmos do que as coisas que aterrorizam as crianças no escuro…”
Lucrécio (séc. I a.C), Acerca da natureza das coisas
(citado por Carl Sagan em Um mundo infestado de demónios, Edições Gradiva, pp.109).
Um bom antídoto contra o medo resultante do desconhecido - qualquer que seja a sua natureza - é a procura de uma explicação racional.
A compreensão é a melhor forma de afastar o temor e, também, diminuir a nossa vulnerabilidade em relação àqueles que pretendem convencer-nos com as suas certezas, digam elas respeito ao senso comum, à religião, à política, à filosofia….
2 comentários:
Falando de política e de Portugal dá vontade de ser a aveztruz e meter a cabeça debaixo da terra.
É um caso em que compreender faz mais medo do que não compreender.
Julgo que mesmo em relação à política e a Portugal é preferível compreender o que temos diante dos olhos, por mais desagradável que seja. A fuga à realidade pode produzir sentimentos agradáveis a curto prazo, mas mais cedo ou mais tarde os factos acabam por se impor por si e paga-se uma elevada factura. Veja-se o exemplo da política educativa que se encontra neste momento a ser implementada em Portugal: pode-se falar do sucesso das estatísticas, porém os resultados obtidos em estudos internacionais fidedignos mostram que se trata de um sucesso ilusório, pois a maioria dos portugueses não revelam ter adquirido os conhecimentos e as competências básicos, contrariamente ao que acontece noutros países europeus.
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