“As nossas crenças mais justificadas não têm qualquer outra garantia sobre a qual assentar, senão um convite permanente ao mundo inteiro para provar que carecem de fundamento.”
John Stuart Mill
Uma caricatura do presente ou uma descrição fiel da realidade?
Nota: Agradeço à minha colega Cláudia Benedito o envio destes cartoons do genial Quino.
6 comentários:
Anónimo
disse...
As coisas são assim (para muitas pessoas, talvez a maioria, mas não para todas) porque as pessoas são condicionadas a ser assim ou as pessoas é que as tornam assim?
Manuel: Parece-me que as condicionantes externas - como a influência do meio social, dos meios de comunicação social e da Internet que veiculam, muitas vezes, estes valores, assim como a influência da família, dos amigos, dos factores de natureza psicológica, por exemplo - não permitem explicar o comportamento e as atitudes da maior parte da pessoas que adoptam este tipo de valores.
Julgo que há liberdade de escolha (por mais influenciados que sejamos pelo meio exterior, possuímos a capacidade de reflectir sobre essas influências e rejeitar o que nos parece mau). Consequentemente, há também responsabilidade individual na escolha dos valores que consideramos fundamentais. A verdade é que as pessoas, em geral, preferem o mais fácil e o que não dá trabalho, preferem ficar embrutecidas a ficar esclarecidas através da aquisição do conhecimento e do exercício da reflexão.
Provavelmente, sempre terá sido assim em todas as épocas históricas: o pão e o circo, como diziam os romanos, sempre foram utilizados para manter o povo suficientemente ignorante de forma a não perturbar a vida de alguns.
O que mais interessante é o facto de muitas ideologias políticas e éticas terem defendido que a melhoria das condições materiais de vida faria com que as pessoas pudessem ter finalmente acesso à educação e desejassem o saber pelo saber. Pelo que se pode verificar na actualidade em muitos países, como é o caso de Portugal, esta ideia era errada.
De facto o que me custa é que muitos pais tenham adoptado nestes últimos anos este género de "educação". Centrados em si e nas suas comodidades e confortos, muitos jovens perdem a noção do "outro" (inclusivamente do respeito a ter à família), tornam-se "pequenos monstros" capazes de pressionar os pares, desrespeitar os adultos (pais ou professores...). Enfim, resta-me o consolo de me passarem pelas mãos alguns jovens bem formados, solidários e "pensantes", porque se pensarem, optam e usam da sua liberdade de escolha, como refere a Sara. Concordo inteiramente com as tuas palavras, Sara.
Antes de mais bem-vinda à caixa de comentários. Espero que voltes mais vezes, pois como podes verificar, exceptuando os alunos, os colegas professores da nossa escola não são especialmente dados a emitir opiniões. Mas, admito, pode dever-se ao facto deste espaço não ser para eles suficientemente estimulante do ponto de vista intelectual.
Preferia não ter razão no que disse sobre o cartoon e que tu não concordasses comigo: era um sinal que a realidade era bem melhor do que é. Se assim fosse, as escolas seriam, ao contrário do que acontece muitas vezes, locais onde se aprenderia muito mais e os professores se poderiam sentir mais realizados no desempenho da sua profissão.
Aproveito para te agradecer, de novo, o envio do cartoon.
que desde criança o pai que educa seu filho,porque quando ele cresce ele precisa saber que a vida não e fácil e que tem que batalha pra consegui alguma coisa na vida.
Achei excelente esta tirinha ou quadrinhos, que retratam o modo de vida que a sociedade tem repassado de maneira inconsequente as crian;as, e que mitos sáoos próprio atores deste modo de viver... Náo devemos nos eximir da responsabilidade nesta escala de valores que tem sido danosa as crian;cas. Estamos assisitindo a cada dia o efeito da mesma na vida humana. Achei ótimo. Repassando para site e blogs que tenho.Sonia
6 comentários:
As coisas são assim (para muitas pessoas, talvez a maioria, mas não para todas) porque as pessoas são condicionadas a ser assim ou as pessoas é que as tornam assim?
Manuel Santos
Manuel:
Parece-me que as condicionantes externas - como a influência do meio social, dos meios de comunicação social e da Internet que veiculam, muitas vezes, estes valores, assim como a influência da família, dos amigos, dos factores de natureza psicológica, por exemplo - não permitem explicar o comportamento e as atitudes da maior parte da pessoas que adoptam este tipo de valores.
Julgo que há liberdade de escolha (por mais influenciados que sejamos pelo meio exterior, possuímos a capacidade de reflectir sobre essas influências e rejeitar o que nos parece mau). Consequentemente, há também responsabilidade individual na escolha dos valores que consideramos fundamentais. A verdade é que as pessoas, em geral, preferem o mais fácil e o que não dá trabalho, preferem ficar embrutecidas a ficar esclarecidas através da aquisição do conhecimento e do exercício da reflexão.
Provavelmente, sempre terá sido assim em todas as épocas históricas: o pão e o circo, como diziam os romanos, sempre foram utilizados para manter o povo suficientemente ignorante de forma a não perturbar a vida de alguns.
O que mais interessante é o facto de muitas ideologias políticas e éticas terem defendido que a melhoria das condições materiais de vida faria com que as pessoas pudessem ter finalmente acesso à educação e desejassem o saber pelo saber. Pelo que se pode verificar na actualidade em muitos países, como é o caso de Portugal, esta ideia era errada.
Qual é a sua opinião?
Cumprimentos.
De facto o que me custa é que muitos pais tenham adoptado nestes últimos anos este género de "educação". Centrados em si e nas suas comodidades e confortos, muitos jovens perdem a noção do "outro" (inclusivamente do respeito a ter à família), tornam-se "pequenos monstros" capazes de pressionar os pares, desrespeitar os adultos (pais ou professores...). Enfim, resta-me o consolo de me passarem pelas mãos alguns jovens bem formados, solidários e "pensantes", porque se pensarem, optam e usam da sua liberdade de escolha, como refere a Sara.
Concordo inteiramente com as tuas palavras, Sara.
Olá Cláudia:
Antes de mais bem-vinda à caixa de comentários. Espero que voltes mais vezes, pois como podes verificar, exceptuando os alunos, os colegas professores da nossa escola não são especialmente dados a emitir opiniões. Mas, admito, pode dever-se ao facto deste espaço não ser para eles suficientemente estimulante do ponto de vista intelectual.
Preferia não ter razão no que disse sobre o cartoon e que tu não concordasses comigo: era um sinal que a realidade era bem melhor do que é. Se assim fosse, as escolas seriam, ao contrário do que acontece muitas vezes, locais onde se aprenderia muito mais e os professores se poderiam sentir mais realizados no desempenho da sua profissão.
Aproveito para te agradecer, de novo, o envio do cartoon.
que desde criança o pai que educa seu filho,porque quando ele cresce ele precisa saber que a vida não e fácil e que tem que batalha pra consegui alguma coisa na vida.
Achei excelente esta tirinha ou quadrinhos, que retratam o modo de vida que a sociedade tem repassado de maneira inconsequente as crian;as, e que mitos sáoos próprio atores deste modo de viver... Náo devemos nos eximir da responsabilidade nesta escala de valores
que tem sido danosa as crian;cas. Estamos assisitindo a cada dia o efeito da mesma na vida humana. Achei ótimo. Repassando para site e blogs que tenho.Sonia
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