Admirável aquele
cuja vida é um contínuo
relâmpago
Matsuo Bashô, O gosto solitário do orvalho, antologia poética, versões de Jorge de Sousa Braga, Lisboa, 1986, Assírio e Alvim, pág. 51.
Esta é a edição actual onde pode encontrar este e outros poemas. Para saber mais sobre este livro.
Matsuo Bashô
Para saber mais sobre o autor do poema ver aqui.
3 comentários:
Se não se seguir um trovão...
Jrd:
Na poesia, ao contrário do que acontece filosofia, não temos de nos preocupar em transmitir uma ideia com clareza e rigor. Por isso, a beleza das poucas palavras deste admirável poema podem transmitir ao leitor ideias muito diferentes. Por exemplo: que a vida deve ser vivida intensamente ou que deve ser uma procura contínua do conhecimento (da iluminação) ou ambas as coisas. Não vou continuar a dizer banalidades, reconheço que não tenho muito jeito para interpretar poemas. Acho apenas que este é muito belo e transmite ideias importantes.
Quanto aos trovões de que fala, estes seguem-se necessariamente após a luz dos relâmpagos. Julgo que, por mais assustadores que sejam, podem ensinar-nos com o tempo a não ter medo e apreciar a luz emitida dos relâmpagos. Também podemos arranjar um pára-raios (seja lá isso o que for): depende do sentido em que queiramos interpretar as metáforas!
Cumprimentos.
Obrigado pela réplica.
Uma metáfora pode ser sempre comentada com outra metáfora.
Já agora; a seguir ao trovão vem a chuva...
bfs
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