«Uma mosca efémera nasce às nove horas da manhã nos grandes dias de Verão, para morrer às cinco horas da tarde; como é que ela podia compreender a palavra ‘noite’?»
Stendhal, O Vermelho e o Negro.
“As nossas crenças mais justificadas não têm qualquer outra garantia sobre a qual assentar, senão um convite permanente ao mundo inteiro para provar que carecem de fundamento.” John Stuart Mill
sábado, 20 de março de 2010
A ignorância das moscas
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9 comentários:
Na mouche!
Um efémero humano nasce, Plutão inicia a sua órbita, e quando o efémero humano morre sem sequer se aventurar fora daquele ponto minúsculo mais perto do Sol, Plutão nem sequer completou meia órbita.
E julga que compreendeu o Universo ?
jrd:
Na mosca, sim.
Mas e no Homem? Será a nossa situação realmente comparável à da mosca?
Carlos Pires,
Começo a suspeitar que a "ignorância" já faz parte do património genético do homem que não hesita em cultivá-la e, sobretudo, transmiti-la.
Mário:
É possível que a nossa compreensão do Universo seja muito incompleta ou mesmo errada. Muito errada.
Como disse o biólogo J. B. S. Haldane, "A minha suspeita é de que o universo seja não apenas mais estranho de quanto supomos, porém mais estranho do que podemos supor".
Mas isso não é um dado adquirido, pois não? Pode também suceder que não estejamos tão enganados assim e que a nossa ignorância seja, por assim dizer, quantitativa e não qualitativa. Talvez as coisas que não conhecemos não sejam de uma natureza radicalmente diferente daquelas que conhecemos. Talvez...
O que será mais plausível?
jrd:
talvez esteja a ser injusto com alguns seres humanos.
Como disse o escritor Mário de Carvalho, "Convém não confundir o género humanos com o Manuel Germano".
Nós só somos depois de morrermos. Consequência fatal da quarta dimensão, o tempo.
Já nem gasto bits com estes pensamentos, vou antes comer umas sardinhas assadas com salada de tomete e pimentos, e vinho tinto alentejano. Isso é que é metafísica: quanto mais subsjectivo mais objectivo !
Manolo:
Bom apetite!
Quanto à Metafísica: esqueceu-se de algumas coisas. Dos chocolates, por exemplo.
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