sexta-feira, 10 de julho de 2009

Questões filosóficas = crise existencial?

philosophy

Banda desenhada retirada deste sítio

6 comentários:

Anónimo disse...

Questões filosóficas= curiosidade e espírito crítico!

Wanda

Anónimo disse...

Muito se poderia dizer sobre isso, mas para arrumar a questão em poucas palavras, posso dizer que:

Há muitas pessoas em crise existencial e que não tentam filosofar e há muitas pessoas filosofam e que não t~em crises existenciais. Claro que há quem acumule mas isso não passa de uma coincidência.

Marcelo

Carlos Pires disse...

Nem crise existencial nem...
Qual é, afinal, o contrário de crise existencial? -:)
O que quero dizer é que a reflexão acerca dos problemas filosóficos é independente de estados afectivos. Por exemplo, pode-se perguntar o que é a felicidade independentemente da pessoa se sentir feliz ou infeliz.
Acredito também (mas justificar isso seria longo demais para um comentário) que uma pessoa que pense de modo racional e crítico conseguirá responder do mesmo modo à pergunta "o que é a felicidade?" independentemente de se sentir feliz ou infeliz.

Sara Raposo disse...

Wanda:
Obrigada pela sua sugestão.
O título que atribui a este post surgiu do facto de já me ter confrontado muitas vezes com esta ideia: a reflexão sobre temas filosóficos é sintoma de angústias existenciais, descabidas de quem está desligado da realidade e ociosamente despreza o que verdadeiramente interessa - seja lá isso o que for - e por isso precisa de "acordar" e interessar-se por algo verdadeiramente útil.
O que acontece é que os problemas filosóficos, tal como os científicos implicam curiosidade e espírito crítico, a diferença está no tipo de abordagem que é possível num caso e noutro e, consequentemente, no tipo de respostas que se consegue obter.
Cumprimentos.

Sara Raposo disse...

Marcelo:
Julgo que, como refere, filosofar não implica necessariamente passar por uma crise existencial ou o contrário.
O título do post pretende chamar a atenção para o facto de, na linguagem comum, muitas pessoas, associarem algo que pode não ter nada a ver.
Para algumas pessoas a reflexão e o questionamento significam "tirar o tapete debaixo dos pés" = insegurança. Daí que uma forma de se defenderem seja sublinhar a "anormalidade" (fazendo uma caricatura) daqueles que têm uma atitude diferente. A expressão "crise existencial" coloca em evidência , neste contexto, o facto do questionamento filosófico não conduzir a nada de bom nem para o próprio nem para os que o rodeiam.
Cumprimentos.

TIJUANO disse...

Muito se fala em crise existencial, mas, eu acredito que o ser humano com qualificação mínima para identificar o que seria uma "crise existencial" já tem em mãos as chaves ou então 40% do problema resolvido. Digo isso, pois acabo de completar meus 51 anos e me vi deprimido sem estar deprimido (sem a sintomatologia dos estudiosos sobre o tema), via meus horizontes, mas, não via meus objetivos, um não querer sem querer, uma água meio doce meio salgada, uma amizade frágil que não se quebra, uma fina fagulha de angústia que ao final do dia se transforma na mais pálida das risadas como fuga daquela situação traiçoeira, pensamentos de metade, "puxa já vivi metade" "tenho metade das coisas que gostaria de ter ou não tenho". Isso incomoda até o ponto onde literalmente chutamos o balde e mandamos tudo as favas e retomamos nossas atividade normais, que se dane o mundo e suas metades, vou escrever a melhor metade final de tudo. |||TIJUANO|||