“As nossas crenças mais justificadas não têm qualquer outra garantia sobre a qual assentar, senão um convite permanente ao mundo inteiro para provar que carecem de fundamento.”
John Stuart Mill
Agradeço a referência elogiosa. Temos feito por merecer este tipo de comentários, mas, como todos sabemos, a profissão tornou-se excessivamente absorvente, o que só prejudica os reais interessados: os alunos. Onde nos sobra tempo para estudar? Como inventar tempo disponível para ler, traduzir, produzir novos materiais pedagógicos? Não sobra, logo não se traduz, não se produz. E é pena, pois as novas tecnologias oferecem um conjunto de soluções (blogues, canais de vídeo, podcasts, testes interactivos, tutoriais de trabalho) interessantíssimos mas para os quais não há tempo.
Não é precisa agradecer. Os leitores das Páginas de Filosofia é que agradecem.
Quanto à falta de condições de trabalho subscrevo inteiramente: é absurdo termos de perder tempo com tantas tretas (medidas correctivas, provas de recuperação, questionários disto e daquilo, relatórios e mais relatórios...)que não melhoram um milímetro nem a qualidade do ensino nem a qualidade da aprendizagem, mas acrescento uma coisa:
Há anos atrás não existiam todas essas tretas e os professores de modo geral tinham mais tempo. Muitos ocupavam esse tempo a ler e a fazer coisas que contribuíam para serem bons professores. Mas também havia muitos que aproveitavam esse tempo para ter uma segunda profissão, dar aulas em 2 sítios, etc. Agora estão os justos a pagar pelos pecadores! Os "justos" não conseguem dedicar tanto tempo como antes à preparação das aulas e à sua formação. Os "pecadores" dedicam o tempo que sempre dedicaram: pouco. Ou seja: todas estas medidas foram incapazes de pôr a trabalhar quem não trabalhava, conseguiram apenas que quem já trabalhava (no que interessa) agora trabalhe pior. E, como disseste: os alunos ficam prejudicados.
Obrigado Isabel. Espero que o DM possa ter motivos de interesse para si. Por falar na KG: se explorar a etiqueta "música" encontrará coisas igualmente belas!
5 comentários:
É um bom blog. Gosto especialmente dos videos mas o textos também são bons.
Agradeço a referência elogiosa. Temos feito por merecer este tipo de comentários, mas, como todos sabemos, a profissão tornou-se excessivamente absorvente, o que só prejudica os reais interessados: os alunos. Onde nos sobra tempo para estudar? Como inventar tempo disponível para ler, traduzir, produzir novos materiais pedagógicos? Não sobra, logo não se traduz, não se produz. E é pena, pois as novas tecnologias oferecem um conjunto de soluções (blogues, canais de vídeo, podcasts, testes interactivos, tutoriais de trabalho) interessantíssimos mas para os quais não há tempo.
Um abraço,
SL
Agradeço a visita ao meu blog e obrigada pela sugestão. Fui ouvir Katia Guerreiro e adorei, de facto.
Visitarei mais vezes o seu cantinho.
Sérgio:
Não é precisa agradecer. Os leitores das Páginas de Filosofia é que agradecem.
Quanto à falta de condições de trabalho subscrevo inteiramente: é absurdo termos de perder tempo com tantas tretas (medidas correctivas, provas de recuperação, questionários disto e daquilo, relatórios e mais relatórios...)que não melhoram um milímetro nem a qualidade do ensino nem a qualidade da aprendizagem, mas acrescento uma coisa:
Há anos atrás não existiam todas essas tretas e os professores de modo geral tinham mais tempo.
Muitos ocupavam esse tempo a ler e a fazer coisas que contribuíam para serem bons professores.
Mas também havia muitos que aproveitavam esse tempo para ter uma segunda profissão, dar aulas em 2 sítios, etc.
Agora estão os justos a pagar pelos pecadores!
Os "justos" não conseguem dedicar tanto tempo como antes à preparação das aulas e à sua formação. Os "pecadores" dedicam o tempo que sempre dedicaram: pouco.
Ou seja: todas estas medidas foram incapazes de pôr a trabalhar quem não trabalhava, conseguiram apenas que quem já trabalhava (no que interessa) agora trabalhe pior.
E, como disseste: os alunos ficam prejudicados.
cumprimentos
Obrigado Isabel.
Espero que o DM possa ter motivos de interesse para si.
Por falar na KG: se explorar a etiqueta "música" encontrará coisas igualmente belas!
cumprimentos
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