“As nossas crenças mais justificadas não têm qualquer outra garantia sobre a qual assentar, senão um convite permanente ao mundo inteiro para provar que carecem de fundamento.”
John Stuart Mill
Gostava de ver o que aconteceria se, uma vez, por um qualquer sortilégio mágico, os professores portugueses todos, durante um mês, trabalhassem APENAS o tempo do seu horário de trabalho semanal. Queria ver o que aconteceria à Escola. Talvez, assim, se deixasse de ouvir tanto disparate ressentido sobre o trabalho dos profs.
Carlos: Penso que a fraqueza (e paradoxalmente também a força, pois continua a ser aquilo que dá sentido à profissão)dos professores - de alguns pelo menos - é "o sentido de dever" para com os seus alunos. O Ministério sabe isso e aproveita-se desse facto. Por mais absurdas que sejam as leis e o tempo disponível não chegue para executar todas as tarefas, a verdade é que os professores acabam por realizá-las...por mim falo. E ainda assim a imagem da classe junto da opinião pública é aquela que se sabe.
É isso. Falas por ti e por mim. E por quase todos. Também é precisamente isso que me parece: que o ministério se aproveita desse nosso... SERVIÇO. Nós sabemos muito bem (melhor que os burocratas idiotas e a opinião-lumpen género Miguel Sousa Tavares) que esta não é propriamente uma função: é mais um serviço (para já não falarmos das ressonâncias religiosas de 'profissão' e 'professor'). E isso é mensurável? E agora a pergunta obscena: é avaliável?
Se o sistema de ensino estivesse bem organizado e as políticas educativas não fossem a aberração que são, não seriam necessários sacrifícios pessoais e familiares próximos do espírito missionário para alguém ser bom professor - bastaria ser competente e empenhado. E isso seria avaliável - mas, claro, de um modo diferente daquilo que o governo tem tentado fazer.
4 comentários:
Gostava de ver o que aconteceria se, uma vez, por um qualquer sortilégio mágico, os professores portugueses todos, durante um mês, trabalhassem APENAS o tempo do seu horário de trabalho semanal. Queria ver o que aconteceria à Escola. Talvez, assim, se deixasse de ouvir tanto disparate ressentido sobre o trabalho dos profs.
Carlos:
Penso que a fraqueza (e paradoxalmente também a força, pois continua a ser aquilo que dá sentido à profissão)dos professores - de alguns pelo menos - é "o sentido de dever" para com os seus alunos. O Ministério sabe isso e aproveita-se desse facto. Por mais absurdas que sejam as leis e o tempo disponível não chegue para executar todas as tarefas, a verdade é que os professores acabam por realizá-las...por mim falo.
E ainda assim a imagem da classe junto da opinião pública é aquela que se sabe.
É isso. Falas por ti e por mim. E por quase todos. Também é precisamente isso que me parece: que o ministério se aproveita desse nosso... SERVIÇO.
Nós sabemos muito bem (melhor que os burocratas idiotas e a opinião-lumpen género Miguel Sousa Tavares) que esta não é propriamente uma função: é mais um serviço (para já não falarmos das ressonâncias religiosas de 'profissão' e 'professor').
E isso é mensurável? E agora a pergunta obscena: é avaliável?
Carlos:
Se o sistema de ensino estivesse bem organizado e as políticas educativas não fossem a aberração que são, não seriam necessários sacrifícios pessoais e familiares próximos do espírito missionário para alguém ser bom professor - bastaria ser competente e empenhado. E isso seria avaliável - mas, claro, de um modo diferente daquilo que o governo tem tentado fazer.
Cumprimentos
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