segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Para ler ou oferecer no Natal: “Michael Kohlhaas, O Rebelde”

"Michael Kohlhaas contava com trinta e tal homens quando passou para a margem direita do Elba a fim de reduzir Wittenberg a cinzas. (...) Atacou a cidade enquanto os habitantes estavam mergulhados no sono, ateando incêndios ao mesmo tempo em vários pontos. Enquanto os seus homens saqueavam os subúrbios, colou no pilar de uma igreja uma proclamação do teor seguinte: tinha sido ele, Kohlhaas, quem incendiara a cidade, e se o barão von Tronka não lhe fosse entregue, prosseguiria de tal modo que não haveria necessidade de olhar atrás de qualquer parede para ver se ele lá estava.”

Heinrich von Kleist, “Michael Kohlhaas, O Rebelde”, Edições Antígona, Lisboa, 1984, pp. 41-42.


“Michael Kohlhaas, O Rebelde” é a história de um homem que foi vítima de uma injustiça e, após verificar a indiferença das autoridades, tentou fazer justiça pelas próprias mãos. Ao tentar alcançar a justiça praticou muitas injustiças.
A leitura desta história leva-nos, portanto, a pensar numa conhecida questão filosófica: Os fins justificam os meios?

(A disjunção contida no título do post é, naturalmente, inclusiva.)

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