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“Estás realmente feliz com a tua vida? O teu companheiro compreende realmente as tuas necessidades? Criar os teus filhos dá-te realmente um sentido de realização? Não há nada de mal em analisarmos a nossa vida. A vida é tudo o que temos e não há nada mais importante do que viver uma vida boa. Mas típico dos humanos é a interpretação perversa da forma como a devemos analisar: pensamos que analisar a nossa vida é a mesma coisa que analisar os nossos sentimentos, quando olhamos para dentro e vemos o que cá está e o que não está, a conclusão a que chegamos é muitas vezes negativa. Não nos sentimos da maneira que queríamos ou da maneira que pensamos que nos devíamos sentir. Então o que é que fazemos? Como bons viciados na felicidade que somos, vamos atrás da próxima dose: um ou uma jovem amante, um carro novo, uma casa nova, uma vida nova – qualquer coisa desde que nova. Para os viciados, a felicidade provém sempre de qualquer coisa, desde que nova (…) e se isto não resultar – o que acontece muitas vezes -, há um exército de profissionais muito bem remunerados à nossa espera, que terão o maior prazer em nos dizer onde e como arranjamos a próxima dose.”
Mark Rowlands, O filósofo e o lobo, tradução de Rosário Nunes, Lisboa, 2009, Edições Lua de papel, págs. 146-147.
O texto anterior descreve uma perspectiva subjetivista acerca do sentido da vida. Há, porém, outras formas de encararmos esta questão. E que tal, procurarmos fazer algo que tenha, de facto, valor objetivo?
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