Apresentam-se, a seguir, excertos de dois textos, com perspectivas filosóficas contrárias, que discutem o problema da pena de morte. Pretende-se deste modo ilustrar, de forma concreta e a partir de um exemplo, os seguintes aspectos:
1. O que significa afirmar que a disciplina de Filosofia implica o exercício do pensamento crítico e da capacidade argumentativa.
2. O facto dos problemas tratados em Filosofia terem um carácter conceptual (não empírico), o que não significa que estejam desligados da realidade, mas sim que a reflexão sobre eles nos obriga a analisar ideias que se encontram pressupostas em determinadas práticas. Por exemplo: o tipo de punição que se aplica no sistema jurídico de um determinado país (os Estados Unidos).
3. A possibilidade de existirem, em relação a um problema filosófico, duas teses ou posições opostas, ambas racionalmente justificadas.
4. A controvérsia em Filosofia (o facto de todas as perspectivas serem discutíveis) não se deve às explicações vagas ou à especial preguiça dos filósofos, mas sim à natureza dos problemas que são estudados (como por exemplo: a pena de morte, o aborto, a eutanásia, etc.) e onde “provar” significa argumentar.
5. Na defesa de posições filosóficas devidamente fundamentadas é necessário recorrer não só a informações empíricas (como os autores dos textos seguintes demonstram) como também a outras ciências como: a História, o Direito, a Medicina, etc. O que significa que aqueles que pretendem emitir opiniões em Filosofia devem ter, além de ideias originais, conhecimentos qualificados sobre os assuntos que pretendem opinar.
Nota: Os excertos dos dois textos a seguir apresentados podem ser lidos na íntegra no blogue Qualia: http://qualia-esob.blogspot.com/search/label/Pena%20de%20Morte, de onde foram retirados.
Após a leitura dos textos, a seguir apresentados, és capaz de explicar (por palavras tuas) as razões que levam os autores a defender posições contrárias em relação à pena de morte?
“As nossas crenças mais justificadas não têm qualquer outra garantia sobre a qual assentar, senão um convite permanente ao mundo inteiro para provar que carecem de fundamento.” John Stuart Mill
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
A pena de morte: duas perspectivas filosóficas opostas.
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