Hoje, no desfile com que encerra a concentração anual de motas de Faro, vi um motard com uma t shirt onde estava escrito “amigo do ambiente”. Enquanto esse e outros motards aceleravam as suas motas paradas, competindo para ver quem produzia mais fumo e mais ruído, lembrei-me do rei de Espanha que, apesar de gostar de caçadas – nomeadamente de matar elefantes –, foi durante anos presidente honorário da organização World Wildlife Fund, dedicada à proteção da natureza e das espécies em vias de extinção.
Em filosofia chama-se a isso contradição pragmática (por vezes também se usa o nome contradição performativa) e é habitual as pessoas que caem nesse tipo de contradição não terem consciência do facto.
2 comentários:
Ora aí está uma observação pertinente...concordo e subscrevo...vivemos rodeados de contradições nem sempre úteis e/ou desprovidas de lógica (pelo menos ao alcance do comum dos mortais)
Ser contraditório é uma característica de muita gente! Tb vi, pela primeira vez, este desfile. Não deixou de ser uma experiência interessante. Quando regressar a casa, serei uma seguidora diária! : )
Abraço
Catarina (Contempladora Ocidental)
Enviar um comentário