quarta-feira, 11 de julho de 2012

Preparação para os exames da 2ª fase

os livros são pontes

Uma das causas dos maus resultados em exames e testes é a falta de estudo. Outra causa é o estudo inadequado. Muitos alunos não sabem estudar e, por isso, o seu estudo não é eficaz, mesmo que estudem muitas horas.

Vejamos dois exemplos.

Imensos alunos (possivelmente a maioria) não leem as obras analisadas nas aulas de Português, leem unicamente resumos das obras, por vezes dados pelos próprios professores.

Imensos alunos (talvez a maioria) estudam filosofia decorando algumas folhas de apontamentos (que por vezes nem são da sua autoria, sendo resumos feitos por colegas ou meras transcrições do manual e de explicações dadas nas aulas). Não tentam compreender o que querem realmente dizer aquelas frases nem tentam avaliar se as ideias por elas expressas são verdadeiras ou falsas, justificadas ou injustificadas.

Muitos alunos não sabem estudar e nem todos eles podem usar a desculpa de que nunca os ensinaram a estudar.

Duvido que esse aspeto, conhecido por todas as pessoas que têm alguma ligação ao ensino mas raramente referido em público, seja equacionado nas análises que estão a ser feitas aos resultados dos exames nacionais, nomeadamente de Português e de Filosofia.

É claro que os professores, as direções das escolas, os autores de programas e manuais e, entre outros, o ministro da educação, devem ser responsabilizados (em graus diferentes) pelos maus resultados dos alunos. E habitualmente são responsabilizados. Mas os próprios alunos nunca são, pelo menos publicamente, responsabilizados. Nem por eles próprios nem pelas pessoas que costumam falar publicamente sobre educação.

Seja como for. Faltam poucos dias para os exames nacionais da 2ª fase começarem e para alguns alunos talvez seja tarde demais para recuperar e corrigir a falta de estudo ou o estudo inadequado. Mas para outros talvez não seja tarde demais. A melhor preparação que podem fazer para esses exames não é decorar resumos, mas compreender e discutir (consigo mesmo e com eventuais colegas de estudo) as ideias que fazem parte da – como se diz na gíria - “matéria”. É uma atitude melhor que arranjar desculpas.

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