No próximo ano letivo a maioria dos professores terá mais turmas, e com mais alunos, e mais níveis ou disciplinas. Mais trabalho e menos condições para o fazer com eficácia e qualidade. O que não impedirá o ministério e a sociedade de esperar que os professores preparem bem os alunos e que os levem a ter melhores resultados nos exames. Enquanto isso, milhares de outros professores estarão no desemprego. Não faz sentido, pelo menos em termos pedagógicos.
Contudo, não é preciso saber muito de economia e finanças para perceber que essa situação veio para ficar. Não são medidas conjunturais. O futuro vai ser assim ou talvez ainda um pouco pior.
Salta à vista que as manifestações de professores, ou outras formas de protesto que surjam, não conseguirão mudar a situação.
Portanto… Conseguiremos aguentar? Conseguiremos adaptar-nos e fazer bem o nosso trabalho? E essa adaptação poderá ser conseguida apenas graças à inteligência e à criatividade (como sugere este pequeno vídeo) ou implicará um sacrifício ainda maior da vida pessoal e familiar?
Seja como, há certamente um limite para aquilo que um professor pode aguentar sem comprometer completamente a qualidade do trabalho. E talvez não estejamos longe desse limite, pelo menos para alguns deles (pois nem todos têm as mesmas condições de trabalho – mas essa é uma outra história).
2 comentários:
Carlos,
Muito obrigada pela visita. Não vou dizer nada deste texto tão pertinente. Ficou tudo dito. Todavia, do vídeo digo que é delicioso!
A hora é de luta e não de resignação! A hora é de unidade e não de desunião! A coisa só piora se nos deixarmos levar pela ideia de que tudo terá de ser assim e não há alternativas!
Portugal e os Professores já mostraram que são capazes de inverter esta destruição da Escola Pública e da economia nacional.
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