Por muitas modernices tecnológicas que surjam na educação (blogues, por exemplo), há coisas que nunca mudam. Corrigir testes é uma delas, pois é algo que tem de ser feito da mesma maneira antiquada de sempre: com as mãos, os olhos e o cérebro. (A audição de boa música durante a correcção é uma "exigência" da actividade deste último: a mente.)
2 comentários:
E também o coração, ou não?
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E não há decreto que acabe com os testes? Muita gente entraria em pânico!?...
Raul:
Acabar com os testes seria uma péssima medida. Só há realmente educação se existir avaliação - exigente, rigorosa e justa. É bom que existam testes - feitos pelos professores e feitos por entidades exteriores (ou seja, exames nacionais – embora o facilitismo que tem havido leve a pensar que o ministério da educação não é uma entidade suficientemente exterior).
Quanto ao coração… Um teste ou qualquer outro trabalho deve ser corrigido com rigor e imparcialidade.
Utilizar o coração seria o quê? Dar melhor nota a um certo aluno se soubesse que ele anda com problemas pessoais? Tenho colegas que fazem isso e dão classificações positivas a alunos que não as merecem. Acho isso muito errado: enganam os alunos e contribuem para desacreditar o sistema de ensino. Muitos desses alunos “vítimas” do coração de alguns professores encalham no 12º e não concluem o secundário, pois reprovam sistematicamente nos exames nacionais e não conseguem concluir uma ou outra disciplina leccionada por professores com menos coração.
Se a referência ao coração queria dizer que dizer que devemos dar – na medida do possível – atenção às singularidades dos alunos, concordo consigo.
Algumas singularidades são capacidades e conhecimentos que merecem ser valorizados.
Outras singularidades são dificuldades que devemos ajudar a superar. Só é pena que as actuais condições de trabalho (número de alunos por turma, número de turmas, trabalho burocrático infindável, etc., etc.) da maioria dos professores torne tão difícil pôr em prática essa atenção às singularidades.
Espero que o Dúvida Metódica possa ter motivos de interesse para si. Volte sempre.
Cumprimentos
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