No 3º período os alunos redigirão (numa aula) um texto argumentativo acerca da eutanásia, em que responderão à seguinte questão: “A eutanásia é moralmente correcta ou incorrecta?” Posteriormente, será efectuado um debate na aula.
Para se prepararem os alunos deverão ler o artigo “O erro da eutanásia”, de J. Gay-Williams, e um outro artigo (favorável à eutanásia) cuja fotocópia colocarei na Reprografia da Escola no primeiro dia de aulas do 3º período. O artigo de Gay-Williams pode ser encontrado aqui, na revista Crítica, e deve ser lido nas férias da Páscoa. Essas serão as leituras obrigatórias, mas os alunos poderão fazer outras. Na etiqueta “Ética” da referida revista encontrarão outros artigos úteis e interessantes.
Ao informar os alunos acerca desse trabalho disse que lhes daria a escolher entre dois ou três temas de Ética Aplicada (eutanásia, aborto, direitos dos animais…). Entretanto, depois de pensar melhor, decidi restringir o trabalho à eutanásia para evitar a dispersão e permitir a posterior realização de um debate.
Boas férias!
7 comentários:
É a última coisa que podemos fazer...
Todos os homens querem viver eternamente, por imposição do instinto de sobrevivência.
Todos os homens envelhecem, isto é, tendem a contrair toda a espécie de doenças com a idade.
A medicina tende a resolver todas as doenças do homem.
Todos homens com acesso à medicina tendem a ser eternos.
Só os que não têm acesso à medicina têm o problema resolvido...
Desejo uma Páscoa muito Feliz.
bj
jrd:
Podemos. Mas devemos? É o que se discute em filosofia.
Manolo:
Duvido que a medicina consiga curar realmente todas as doenças - mesmo nos países mais ricos e desenvolvidos. Mas com o passar dos anos provavelmente conseguirá curar muitas mais e desenvolverá também melhores tratamentos paliativos. Isso diminuirá o número de casos de doença incurável e sofrimento intenso.
Mas não resolverá o problema ético da eutanásia.
No meu ponto de vista, concordo com os argumentos de J.gay-Williams, mas acho que por enquanto temos o direito de decidir o que devemos fazer com a nossa vida, portanto se a pessoa decide praticar eutanásia não é da minha conta daí a aceitação de sociedade... e se não houvesse tal aceitação não haveria guerras porque se fossemos todos iracionais seguiriamos os nossos instintos e ninguem se interessava dar a vida pelo país ou por outra causa. Daí dizer que au praticar eutanásia estamos a provar que somos seres racionais porque além do instinto ultrapassamos essa barreira e começamos a pensar nos outros ou em livrarmo-nos de sofrimento, dor e problemas.
Tudo isto, a meu ver, vem do facto de sermos seres racionais... mas como não somos (felizmente) só racionais, somos um pouco da cada conforme a maior parte de cada lado seja da racionalidade ou iracionalidade possúamos vai dar-nos uma tábua de valores específica...
Mas para não fugir ao assunto gostaria de acrescentar que com o que foi supra-mencionado tentei dar o meu ponto de vista acerca do argumento que J. Gay-Williams mencionou sobre os nossos instintos naturais.
Portanto por mim quem quer praticar eutanásia que o faça mas tem de dar razões para isso mas antes de proceder com a acção deveria ouvir uns bons conselhos(neste caso argmentos) que refutam a sua ideia de pedir assistência no acto de se matar. =)
Diogo Brito 11ºB
Diogo:
Desculpe ter demorado tanto tempo a responder.
Se concorda com os argumentos de Williams é contraditório dizer que não é da sua conta se alguém decidir praticar a eutanásia. Se Williams tiver razão, então quem pratica a eutanásia realiza uma acção incorrecta e isso diz-nos respeito. Por outro lado, o que escreveu sobre ultrapassar o instinto de viver parece ser uma discordância relativamente ao argumento da natureza de Williams - mas, nesse caso, porque disse que concorda com ele? É contraditório.
Deve tentar evitar as contradições.
Deve também procurar ser mais claro. O que escreveu sobre a racionalidade e a irracionalidade é pouco claro e não sei bem se concordo ou se discordo de si, pois não percebo exactamente o que quer dizer.
Sugiro que antes de dar um texto como concluído o releia e tente sempre melhorar e clarificar.
Seja como for, o facto de ter lido o artigo e de ter procurado reflectir sobre o problema parece-me muito positivo. Obrigado pelo seu comentário!
Enviar um comentário