terça-feira, 20 de abril de 2010

Enganar por amor

“Sentaram-se diante da fogueira e comeram as últimas bolachas de água e sal e uma lata de salsichas. Numa bolsa da mochila ele encontrara um pacote de cacau meio cheio, o último que lhe restava, e preparou a bebida para o rapaz e depois encheu a própria caneca de água quente e ficou recostado, a soprar para o bordo.
Prometeste que não fazias isso, disse o rapaz.
O quê?
Tu sabes o quê, papá.
Despejou a água quente para dentro da caçarola e pegou na caneca do rapaz e verteu uma parte do cacau para dentro da sua e depois devolveu-lha.
Tenho de estar sempre de olho em ti, disse o rapaz.
Eu sei.
Quem quebra as pequenas promessas também quebra as grandes. Foi o que tu disseste.
Eu sei. Mas eu não vou fazer isso.”

Cormac McCarthy, A Estrada, Relógio D’ Água, Lisboa, 2007, pp 28-29.

O pai tentou dar a sua parte de cacau ao filho sem ele perceber e levando-o a pensar que o tinha repartido. Tentou, portanto, enganá-lo por amor.

Como podemos avaliar moralmente a acção do pai? Na sua opinião, agiu correctamente ou incorrectamente? E o que diriam Kant e Stuart Mill? Concorda com Kant, Stuart Mill ou com nenhum deles? Porquê?

a estrada cena 338 pai e filho abraço

Na imagem: fotografia do filme A Estrada, baseado no romance homónimo de Cormac McCarthy.

35 comentários:

Anónimo disse...

Na minha opinião eu acho que a acção do pai foi moralmente correcta pois ele enganou o filho por amor. É certo que enganar, mentir é moralmente errado mas para mim isso depende em parte das situações, das consequências que esse acto pode ter e das intenções dos praticantes dessas mesmas acções. Neste exemplo o pai enganou o filho mas foi para tentar protege-lho, foi o instinto de pai em que o pai só quis o melhor para o filho, mesmo que para isso tivesse que abdicar de coisas para ele. Neste caso a intenção foi boa mas as consequências podiam ter sido melhores.
Segundo Kant esta acção é errada, pois para distinguirmos as acções certas das erradas devemos pensar no que seria se todos fizessem o mesmo. Devemos pensar se queríamos que a acção fosse universalizada (feita por todas as pessoas em todas as situações semelhantes). Se não queremos que esta seja universalizada, isso é sinal de que a acção é moralmente errada. Logo, neste exemplo, como nós não queremos que uma das máximas de vida seja enganar, não queremos que esta acção seja universalizada por isso esta acção é moralmente errada.
Segundo Stuart Mill esta acção é incorrecta, pois para distinguirmos as acções certas das erradas devemos pensar nas consequências e no bem-estar ou mal-estar que estas podem trazer. Uma acção tem boas consequências se dadas as alternativas disponíveis, dela resultar maior felicidade do que infelicidade. E o motivo que nos leva a fazer uma determinada acção nada tem a ver com a moralidade da acção. Neste exemplo embora a intenção do pai fosse boa, as consequências não foram as melhores. Pois se o pai tivesse repartido o cacau por ele e pelo filho mesmo que fosse em proporções diferentes a felicidade era maior e ambos ficavam saciados.

Patrícia Santos
10ºD

Anónimo disse...

Segundo a teoria de kant esta acção estaria errada pois agir moralmente significa seguir várias obrigações que queremos que sejam universalizadas , chama-se a isso o “imperativo categórico”, por exemplo, não queremos um mundo onde todos mintam, roubem, etc...
As regras morais devem ser respeitadas independentemente das consequências.A obrigação de não mentir não varia consoante as circunstâncias nem resultam dos nossos sentimentos.
Logo, segundo kant o pai agiu incorrectamente ao mentir ao filho, pois mentir é uma teoria que não gostávamos de ver universalizada e se achamos que mentir é errado, mentir é sempre errado, independentemente das consequências.

Segundo a teoria de john stuart mill, esta acção estaria certa se maximizassse a felicidade para um maior numero de seres vivos. Se a felicidade do filho fosse maior que a tristeza do pai, então esta acção estaria moralmente correcta e o pai teria agido bem.

Na minha opinião a teoria de kant é errada pois acho que mentir nem sempre é incorrecto se a consequência disso for positiva! Neste caso concreto concordo mais com a teoria de stuart mill se a felicidade do filho fosse maior que a do pai, embora ache que esta teoria não serve para todos os exemplos! Um exemplo disso é se um rapaz for a correr para ajudar umas raparigas que estavam com dificuldades em transportar uns sacos de compras, infelizmente tropeçou numa casca de banana e caiu para cima das raparigas, fazendo com que os sacos caissem ao chão e as suas coisas se partissem. Segundo stuart mill o rapaz teria agido mal, pois o que conta não é a intenção mas sim as consequências da acção! Acho portanto que nenhuma das teorias é infalivel.

José Godinho 10ºD Nº14

Inês Santos 10ºF Nº10 disse...

Penso que enganar por amor é moralmente correcto, mas só se tiver consequências positivas. Neste caso acho que o pai fez bem ao tentar enganar o filho porque era uma questão de sobrevivência, tratou-se de uma mentira 'inocente', não trouxe consequências negativas a nenhum dos dois. Segundo Kant, a acção do pai é moralmente incorrecta porque nunca se deve enganar e se, a partir de hoje, todos nos começássemos a enganar uns aos outros, amanhã seria eu a enganada; Mas acho que é diferente, porque não estamos a enganar por maldade mas sim por amor, e o amor envolve preocupação e protecção.. E por isso, nesta situação concordo com Stuart Mill visto que este defende que em alguns casos, se avaliarmos as consequências e elas forem positivas (ou forem mais positivas que negativas), é correcto enganar.
Inês Santos, 10ºF, Nº10

Anónimo disse...

Concordo com Stuart Mill, este diz que há mentiras
que nem sempre são más em si mesmas e fazem com que todos
se sintam felizes, ou seja , que tenham só consequências boas.
Na minha opinião, o pai ao mentir por amor fez a escolha certa,
tem razão ao enganar o seu filho pois é para o seu bem. Calcula as consequências e todas são boas. Fazer com que o seu filho sobreviva daquela situação pelo
menos por mais algum tempo, que a sua felicidade aumente, faz com que isto tenha mais valor para o pai, pois ao ver o seu filho feliz também se sente feliz, logo, este sujeito fez a escolha certa, pois, ficaram ambos felizes.
Kant ao responder a esta pergunta diria que, as consequências não importam, o acto de mentir é totalmente incorrecto ou seja, não está certo mentir independentemente das
consequências, mesmo que estas sejam muito boas. Não é uma acção que possa ser aplicada a todos, pois se fosse o “mentir” deixaria de ter o efeito desejado e ninguém confiaria em ninguém. O dever de não mentir é absoluto, logo, tem de ser cumprido, por muito maus resultados que possa vir a haver.

SolangeG. nº21 10ºE

Anónimo disse...

Ana Laura 10º E

Na opinião de Kant, o pai agiu mal, pois mentir não está certo, porque não é uma acção que possa ser aplicada a todos. Se todos mentíssemos, a mentira deixaria de ter efeito e deixaria de existir confiança. O pai mentiu por amor ao filho, para lhe proporcionar um maior "bem estar", mas apesar das suas intenções terem sido boas, ele mentiu e isso é errado em todas as circunstâncias. O dever de dizer sempre a verdade é absoluto e não pode haver excepções.

Na opinião de Stuart-Mill, o pai agiu bem, pois apenas queria proporcionar uma maior felicidade ao seu filho, e apesar deste ter descoberto que o pai estava a mentir, ficou feliz por, no fim, o pai ter bebido o cacau com ele. Segundo Stuart-Mill, se a felicidade de ambos foi conseguida, então a acção foi correcta, pois não importa a mentira em si, mas sim as consequências que resultaram dela e o efeito que causaram nas pessoas envolvidas, que neste caso foram positivas.

Na minha opinião, o pai agiu bem, pois apenas queria que o seu filho pudesse saborear o resto de cacau que havia. Foi um acto de amor, apesar de ter mentido. Fê-lo por boas razões, foi movido pelo amor que tinha pelo seu filho e apenas tinha em mente a sua felicidade. Ambos ficaram felizes no final e, neste caso, tanto o que moveu o pai á mentira como as consequências que saíram dela, foram positivos.

Anónimo disse...

Concordo com a atitude do pai, pois tentou "matar" um pouco a fome do seu filho com a única coisa que lhes restava, sacrificou-se a ele próprio para que o filho ficasse um pouco melhor. Para mim, esta acção é moralmente correcta porque mesmo que ele tivesse prometido que não iria enganar o filho estava a protege-lo de certa forma e penso que qualquer pai faria o mesmo. Enganou-o mas de uma forma boa, não foi com más intenções e prometeu que não se ia sacrificar apenas para o rapaz ficar mais descansado.
Kant diria que o pai estava errado pois mentir nunca está certo e a verdade é sempre o melhor caminho em todas as circunstâncias, se prometeu tinha que cumprir com a sua palavra, fossem quais fossem os motivos. Já Stuart Mill diz que desde que as consequências sejam boas e causem felicidade nas pessoas, não importam os motivos que levaram a praticar a acção.
Concordo com o filosofo Mill porque o pai praticou a acção de fingir que bebia o cacau só para que sobra-se para uma próxima vez para o filho, enganou-o mas isso não iria estragar a felicidade de ninguém, muito pelo contrário, era para o bem-estar do filho.



Elsa Gomes, Nº 9 10ºE

Tânia Rodrigues 10ºD disse...

Na minha opinião, penso que o pai da criança agiu correctamente.
O pai tentou que ele bebesse todo o cacau porque preocupa-se mais com o bem-estar do filho do que com o seu próprio bem-estar e eu acho que isso não é imoral.

Segundo Kant esta acção estaria moralmente incorrecta, pois a máxima: "Deve-se mentir e enganar" não é uma máxima que gostariamos de ver universalizada, gostariamos que apenas nós pudéssemos mentir e enganar as outras pessoas, como se fossemos uma espécie de excepção. Logo, se não gostariamos de universalizar esta máxima, então a acção não é correcta.

Segundo Stuart Mill, temos de ver as consequências que esta acção iria provocar, mas neste caso é um pouco dificil, porque acho que o filho não fica feliz por o pai o tentar enganar, mas acho que ao mesmo tempo fica feliz, porque vê que o pai quer que ele fique bem mostra o quanto gosta dele.
Quanto ao pai, acho que ele também fica feliz por dar mais comida ao filho, porque gosta imenso dele e preocupa-se mais com ele do que consigo próprio; mas também acho que o pai fica um pouco triste porque vai ficar com fome por ter dado tudo ao filho.

Por isso acho que neste caso é díficil de calcular se a acção está certa ou errada.

Anónimo disse...

O mentir para evitar o mal eventualmente pior pode ser considerada uma acção correcta ou incorrecta. Essa avaliação depende da perspectiva ética com que examinamos o acto.
Na minha opinião o pai agiu correctamente ao ajudar o filho. Para o pai é mais importante ajudar o filho a sobreviver do que quebrar a promessa de dividir a comida em partes iguais.
para kant a acção do pai iria ser moralmente incorrecta, kant diz que se deve dizer sempre a verdade sejam quais forem as consequências, ou seja, segundo kant temos o dever moral de dizer sempre a verdade.
Segundo a ética utilitarista do Stuart Mill já a acção do pai pode ser considerada correcta para Stuart Mill o que interessa é as consequências das acções se as acções forem boas, pode se considerar moralmente correcta. Neste caso o pai procurava garantir que o filho se alimenta-se melhor e resistisse mais tempo sem comer.
Eu concordo com Stuart Mill porque segundo ele para salvar uma vida ás vezes é precisso mentir, como o pai que queria que o filho come-se mais para nao morrer de fome, e para isso precisava de mentir ao filho.


João Sousa nº10 10ºB

Anónimo disse...

Na minha opinião podemos avaliar moralmente a acção do pai como um acto de amor , acho que o pai agiu correctamente pois este prefere dar de comer ao filho porque é mais pequeno e precisa se alimentar e também porque o filho tem uma vida pela frente enquanto o seu tempo de vida já não é muito e já passou pela sua juventude enquanto o filho nao ou seja passou por muitas coisas.
Kant diria que se é errado mentir então é sempre errado mentir em qualquer circunstância como nesta enganar por amor, enquanto Stuart-Mill diz que se nós mentirmos mas tivermos uma consequência boa então é certo mentir a acção é boa e se mentíssemos e a consequência for má então esta acção estava má.
Neste caso concordo com Stuart Mill pois o pai mentiu para proteger o filho e sentia se melhor com ele próprio, ou seja ficava mais feliz assim mentido e protegê-lo.


Melissa Simplício Nº17 T:F.

Anónimo disse...

Na minha opinião o pai agiu correctamente. No seu ponto de vista o correcto era dar todo o cacau ao seu filho em vez de repartir pelos dois, querendo assim fazer o seu filho mais feliz. Apesar de o estar a enganar a intenção é boa.
Segundo Kant esta acção está errada, porque nunca devemos mentir , independentemente se a intenção for boa , porque não é possível prever as consequências, nunca são previsíveis.
Segundo Stuart Mill esta acção está correcta porque independentemente de o pai o estar a enganar , os motivos são os melhores, ou seja, a intenção é boa.
Neste caso concordo com Stuart Mill, porque no meu ponto de vista o pai só queria aumentar a felicidade do seu filho, a acção não foi errada. Enganou por amor.

Petra Dias 10º E

Anónimo disse...

Podemos avaliar moralmente a acção do pai, como moralmente correcta,na minha opinião agiu correctamente, pois um adulto aguenta melhor a fome do que uma criança, e se essa comida for necessaria para salvar esta criança deve se mentir para seu beneficio mesmo que a mesma não goste.

Segundo, Kant:

- É moralmete incorrecto praticar esta acção, porque nunca se deve mentir, sejam quais forem as consequencias ou as necessidades.

Segundo, Stuart Mill:

- É moralmente correcto praticar esta acção, porque contribui para a felicidade da criança, ou seja, a maior parte dos intervenientes fica feliz / contente. Uma acção é moralmente correcta e incorrecta dependendo das consequencias; se for necessario nao comer para salvar aquela criança, entao é correcto praticar essa acção.

Eu concordo com Stuart Mill, pois se eu tivesse um filho e estivesse de abdicar da minha comida para ele sobreviver, eu abdicaria, mesmo que este ficasse chateado por o ter feito. E mesmo que acha-se que kant esta correcto, não conseguiria sobreviver com a consciencia de ter deixado morrer uma criança por não ter aguentado sem comer uns dias...

Daniel Meste 10ºB

Anónimo disse...

Moralmente Correcta.


Na sua opinião, agiu correctamente ou incorrectamente?

Para mim o pai agiu correctamente pois só tentou fazer o filho feliz, se menti-se ao filho talvez o filho ficava mal.

Segundo, Kant é moralmente incorrecto praticar a acção do pai, pois nunca se deve mentir.
E o pai ao praticar determinada acção está a mentir.

Segundo Stuart Mill é moralmente correcto pois a maior parte das pessoas estao a ser felizes, e a acção moral do pai depende das consequencias.


Concorda com Kant, Stuart Mill ou com nenhum deles? Porquê?

Eu não concordo com nenhum deles.Pois para atingirmos a felicidade total devemos sempre pensar nas consequências que a isso leva.


Nuno Esmael Nº27 10ºB

Anónimo disse...

Na minha opinião a acção do pai foi correcta, pois tentou alimentar o seu filho o melhor que podia.

Kant diria que a atidude do pai foi moralmente incorrecta pois mentiu ao seu filho fazendo de conta que também estava a beber cacau.
Stuart Mill diria qua a atidude do pai foi moralmente incorrecta pois tentou fazer com que o seu filho ficá-se sem fome, mas foi o seu filho descobriu e dividio o seu cacao com o seu pai.

Na minha opiniao nenhum está correcto, porque a intençao do pai foi boa, apesar do seu filho ter descoberto, por isso acho que a acção do pai foi moralmente correcta.


Ricardo Xavier nº19 10ºB

Anónimo disse...

Segundo Kant a atitude do pai estaria moralmente errada, pois como não disse a verdade estava a agir contrariamente ao dever. O pai deveria ter dito a verdade ao filho, independentemente da situação, do desejo e das circunstâncias, e só desta forma estaria a agir correctamente. Não mentir é um dever absoluto, porque, se fosse tornado universal a distinção entre a verdade e a mentira poderia ser posta em causa. O pai devia ter posto em consideração que a sua mentira poderia levar a que o seu filho viesse a descobrir e a duvidar dele noutras circunstâncias.

Segundo Stuart Mill, as acções devem ser julgadas de acordo com os resultados (consequências) que alcançam ou que é esperado que alcancem. Ora segundo a teoria utilitarista esta acção foi moralmente errada porque, nesta perspectiva um acto deve ser julgado pelas consequências e destas devem resultar a felicidade e o bem-estar dos envolvidos, mas o filho descobriu a mentira e ficou desiludido, logo a atitude do pai foi errada.

Não concordo com os resultados a ambas as teorias. Na minha opinião são as consequências, as intenções e especialmente as circunstâncias que permitem a avaliação de acções moralmente correctas ou erradas. Dizer que o pai agiu de forma errada por ter violado um dever absoluto, ou por, neste caso, as consequências terem sido más, não tem tanta relevância dadas as circunstâncias dos envolvidos na acção.
Num mundo pós-apocalíptico onde estavam a acontecer grandes catástrofes e perigos, onde era o fim da civilização e as pessoas estavam a ter comportamentos cada vez mais irracionais, aquele pai e o filho eram os únicos a manter a lucidez, permanecendo unidos e com uma imensa força de vontade que mantinha as suas esperanças vivas, não importava a qual custo, enfrentavam todos os obstáculos, desde as temperaturas baixas como um gangue de caçadores canibais.
Este pai queria agradar o filho dando-lhe o restante cacau que tinha encontrado na mochila, pois sabia que este gostava, enganou-o apenas para o agradar dando-lhe a entender que tinha dividido pelos dois. Perante uma atitude como esta, e reflectindo todo o desespero que viveram, não concordo que esta acção não tenha valor moral. Apesar de o filho ter descoberto, o que interessa foram as intenções do pai dadas as circunstâncias.
O pai protege-o, sacrifica-se, e até mata por ele, é este amor que tem importância, esta dedicação (…) o seu objectivo é que o filho não desista.
Por estes motivos considero que a atitude do pai foi moralmente correcta e que merece todo o mérito.





Ana de Las Heras
10ºE nº3

Anónimo disse...

Tomás Osório, 10ºB, nº 24

Como podemos avaliar moralmente a acção do pai?
Podemos avaliar moralmente a acção do Pai analisando as causas e as consequências do acto do Pai.
Na sua opinião, agiu correctamente ou incorrectamente?
Na minha opinião o Pai não agiu de forma correcta, pois apesar de por amor dar a sua parte do cacau ao filho, o que mostra uma grande compaixão pelo filho, irá levar o filho a começar a desconfiar das acções do Pai cada vez mais, pois "Quem quebra as pequenas promessas também quebra as grandes.".
E o que diriam Kant e Stuart Mill?
Kant diria que o Pai agiu incorrectamente pois em nenhum caso, seja qual for, não devemos mentir/enganar os outros, pois caso todos começássemos a mentir não poderíamos confiar em ninguém e nunca saberíamos se uma Pessoa está dizendo a verdade ou a mentir.
O Pai instrumentalizou-se para o Filho receber todo o Cacau.

Segundo Stuart Mill a acção também está incorrecta, pois analisando as consequências da acção foram mais consequências negativas do que as consequências positivas.
Consequências negativas: Mentir ao seu filho ( o que irá gerar desconfiança nas próximas acções do Pai)
Consequências boas: Nenhuma, pois o filho verte parte do seu cacau para a caneca do filho

Concorda com Kant, Stuart Mill ou com nenhum deles? Porquê?
Concordo com Kant, pois a acção foi incorrecta e apenas faz com que o Filho desconfie mais do seu pai.

marta disse...

A acção do pai foi uma acção moralmente correcta. Ele tentou fazer o que considerava certo, com um sentimento de amor no coração, ou seja, com boas intenções. Na minha opinião o pai agiu correctamente, porque fez o que qualquer pai faria se estivesse naquelas circunstâncias. Tentou dar uma parte do que lhe era destinado para que o filho pudesse sentir-se melhor, mesmo que isso significasse quebrar uma promessa. O facto de o filho ter repreendido o pai só demonstra o quanto o pai gosta do filho ao ponto de o enganar por amor.
Segundo Kant, a acção não teve qualquer valor moral, visto que o foi feita contra o dever. O dever do pai era cumprir a promessa que fez ao filho. E ao quebra-la, ao enganar o filho, desrespeitou o seu dever. Por isso para Kant a acção está errada porque o pai desobedeceu ao seu dever. O facto de as consequências poderem ter sido boas não interessa, pois para Kant o que conta é a intenção e a do pai foi errada porque quebrou a sua promessa ao tentar ajudar o filho.
Para Stuart Mill esta acção é moralmente correcta porque o pai deu o cacau ao filho para que este ficasse feliz. As consequências foram boas mesmo que o filho tivesse repreendido o pai. O facto de o pai ter sido motivado por sentimentos de amor nada interessa para a teoria de Stuart Mill, visto que este dá total importância as consequências, que nesta situação foram boas.
Neste exemplo apresentado, não posso concordar com Kant nem com Stuart Mill visto que nenhum considera a intenção igualmente importante como a consequência. Isso faz-me discordar tanto de um como de outro porque numa situação como esta a intenção de querer ajudar e a consequência de o filho ficar feliz (mesmo que este tenha repreendido o pai no final) são as duas, partes importantes para avaliar a acção. Assim sendo esta é uma acção moralmente correcta do meu ponto de vista.
Marta S., nº 15, 10º E

Anónimo disse...

A acção do pai é uma acção moralmente certa, pois não prejudicou ninguém, não ia ter consequências más e até iria aumentar a felicidade do filho e a dele, portanto iria ter consequências boas. Na minha opinião eu acho que o pai agiu correctamente porque ao enganar o filho dando-lhe o cacau todo, ele só queria o melhor para o filho e saberia que o menino iria ficar contente por beber o cacau. Já o pai se calhar não ia ficar tão contente ao beber o cacau quanto o filho e não se iria importar se não o bebesse até porque iria ficar mais feliz se visse que o filho também o estava.
Kant ia achar a acção do pai moralmente errada, pois não estava a cumprir um dever, para Kant não mentir é um dever e para ele os deveres são absolutos, por isso mesmo que o que o pai fez não tenha consequências más isso não interessa, porque para Kant as consequências não importam, são por isso irrelevantes.
Já Stuart Mill ia achar a acção do pai moralmente correcta, porque as consequências iam ser boas, e às vezes não faz mal desrespeitar um dever se isso trouxer melhores consequências que são as que provocam maior felicidade nos envolvidos na acção e era isso que iria acontecer se o menino não tivesse descoberto que o pai lhe deu o cacau todo.
Neste caso concordo com Stuart Mill porque as consequências iam ser melhores e alem disso o pai não mentiu com a intenção de prejudicar o filho (apesar de para Stuart Mill a intenção não importar) pois só queria que ele ficasse mais feliz e às vezes á situações em que temos que ver as consequências e não podemos ser radicais e pensar que os deveres são sempre absolutos.

Eliana de Oliveira 10ºE nº8

Anónimo disse...

Segundo Kant a acção praticada pelo pai não tinha qualquer valor moral, pois era um acção feita em conformidade com o dever motivada por sentimentos, o pai não o fez por achar certo ajudar os outros, mas pelo amor que tem pelo filho, Stuart Mill também diria que a acção não tem qualquer valor moral, pois as consequências finais foram a infelicidade de ambos, o pai por nao ficar bem alimentado, ficando com fome, e o filho chatiado devido ao facto do pai ter prometido não o fazer. Daí Kant e Stuart Mill estarem de acordo que esta acção não tem qualquer valor moral, embora por motivos diferentes. Na minha opinião discordo com ambos, penso que ambos estão errados,e que a acção tem valor moral, pois o pai sendo adulto consegue aguentar mais tempo que o filho sem comer, e faziam assim com que o se filho ficasse mais satisfeito, e não passa-se fome. Apesar de ter sido motivado pelo amor, também o fez por dever, daí a palavra "motivado", pois certamente deve ajudar os outros por dever. As consequências também foram mal analisadas pois vejamos bem, como já disse o adulto aguenta mais tempo sem se alimentar que a pequena criança e, o pai nã ia ficar de todo infeliz, pois ele faziam com que o filho ficasse bem alimentado, e dái fazê-lo sentir-se melhor com ele próprio. A minha opinião é que esta acção tem valor moral, completamente discordando de Kant e Stuart Mill



André Leitão
Nº1 10ºB

Anónimo disse...

Eu acho qe o pai dele agiu correctamente ao dar lhe o cacau todo pois ele sabia que o filho iria ficar feliz. Para Kant isto era um acto moralmente errado pois ele diz que não mentir é um dever e que os deveres são absolutos mas também para Kant as consequências não importam são apenas irrelevantes no seu ponto de vista. Já para Stuart Mill o pai teria agido da forma correcta pois ele diz que não faz mal despeitar um dever se isso contribuir para a felicidade de todos os envolvidos no caso,neste caso eu concordo com o Stuart Mill pois o que o pai fez foi correcto e as consequências do seu acto não foram más pelo contrário contribuiram para a felicidade do seu filho.
Jéssica Caboz 10ºE nº11

Paulo 10 F disse...

A acção do pai foi feita por amor e devido a uma relação de estima que o pai tem pelo filho. Na minha maneira de ver o pai agiu correctamente pois só quis proporcionar ao filho, que é apenas uma criança, um pequeno momento de prazer ao ele beber o cacau. Quis dar-lhe uma guloseima e fez o que qualquer pai faria: por o filho em primeiro lugar e trata-lo o melhor possível. Kant diria que esta acção era moralmente incorrecta pois é sempre errado mentir. Stuart Mill afirmaria que esta acção traria felicidade ao pai e ao filho, ambos ficariam felizes: o filho bebia o cacau e o pai ficava contente por ver o filho a bebe-lo. Eu concordo com Stuart Mill pois esta acção só trazia felicidade e neste caso mentir não é prejudicial, apenas existe um pai que quer o melhor para o seu filho e por isso sacrifica-se.

Paulo 10F

Anónimo disse...

Ana Fernandes 10ºD nº1

Na minha opinião este pai agiu correctamente e por isso avalio a sua acção moralmente correcta.
Já Kant e Stuart Mill avaliam-na como moralmente incorrecta.
Segundo Kant, esta é uma acção em conformidade com o dever mas movida por sentimentos. Este pai está por isso a instrumentalizar-se a si mesmo como maneira de garantir a sobrevivência do seu filho mesmo que isso implique a sua própria vida. Os antecedentes da acção são movidos por sentimentos e assim, Kant diz que esta acção não pode estar moralmente correcta.
Já Stuart Mill também classifica esta acção moralmente incorrecta porque diz que ao avaliarmos as consequências iríamos entender que existem mais consequências negativas do que positivas: o filho sente-se enganado pelo próprio pai; este passa a descobrir que o pai quebra as suas promessas; em termos de longo prazo, este acontecimento poderia levar o filho a agir como o pai e por isso quebrar as suas promessas; etc.
Apesar disto, na minha opinião, não estou de acordo com nenhum, nem com Kant, nem com Stuart Mill. Penso que este pai agiu por amor, porque é o seu dever proteger o seu próprio filho. Um pai sente a necessidade de cuidar do seu filho até ao fim mesmo que isso implique o seu próprio mal-estar. Foi uma acção praticada com boas intenções e por isso não deve ser considerada como errada. Se as pessoas considerassem este acontecimento como errado então as pessoas deixariam de se quer praticar acções com boas intenções por terem medo de fazerem algo mal.

Anónimo disse...

"Enganar por Amor- Moralmente correcto ou não?"

Na minha opinião, a acção do pai foi moralmente correcta pois ele praticou a acção simplesmente por querer o melhor para o seu filho, mesmo sabendo que ambos têm uma grande probabilidade de morrer ele queria simplesmente protegê-lo como qualquer bom pai faria.
Segundo Kant, o defensor de que as acções são moralmente correctas se não tiverem qualquer tipo de intenção, esta acção não tem valor moral, foi uma acção praticada em conformidade com o dever por sentimentos e, segundo Stuart Mill, o defensor de que as acções são moralmente correctas se trouxerem a felicidade para um grande número de pessoas, a acção não tem valor moral pois, analisando-a chegamos á conclusão de que este pai, ao fazermos o estudo de para quantas pessoas a acção do pai trouxe felicidade ficamos a saber que a acção trouxe unicamente felicidade para o pai, já que o rapaz ficou de certo modo “desapontado” pois o pai tinha quebrado uma promessa.

Feito por: Mónica Gonçalves, 10ºB, nº17

Anónimo disse...

Na minha opinião o pai agiu correctamente ao ter tentado enganar o filho e querer deixa-lo pensar que tinha repartido o cacau com ele porque foi por amor e preocupação com o crescimento e desenvolvimento do seu próprio filho e o estar a enganar não ia prejudicar a ninguém a sem ser ele próprio, mas também não ia prejudicar muito porque o cacau era uma espécie de guloseima e antes ambos já tinham comido as bolachas de agua e sal, porem não foi só por isso mas sim porque o seu filho nasceu num mundo praticamente acabado e não tinha conhecido o antigo mundo, ou seja, não tinha conhecia metade das coisas que haviam como por exemplo o cacau, então como o pai só queria o seu bem preferiu dar-lhe o cacau inteiro porque o seu filho não conhecia, e ele já conhecia e chegou a viver num mundo muito melhor do que aquele.
Porém Kant não concordaria com este tipo de pai porque tentou engana-lo e isso para Kant não é moralmente correcto esta acção que ele fez mesmo sendo para um bem e que causa uma felicidade, Kant nunca concordaria, pois ele generalizava esta acção e diria sempre que é errado mentir mas Stuart Mill já, porque a acção do pai foi para o bem-estar e foi moralmente correcta esta acção, e teve uma boa consequência. Eu concordo com o Stuart Mill em relação e este assunto.

Dânia Ramos 10ºF nº3

Anónimo disse...

Segundo Kant o pai agiu em conformidade ao dever por sentimentos, ou seja, fez algo que está certo mas considera que por maus motivos, com uma intenção imoral. Para este a sua atitude não tem qualquer valor moral mas sim legal uma vez que avalia a moralidade das acções pelo seu valor intrínseco e não propriamente pela bondade dos seus resultados. O pai não tomou a atitude de dar o cacau todo ao filho movido primeiramente pela necessidade de praticar o dever de ajudar sempre os outros (um dos valores absolutos da ética do dever) mas sim pelo amor que tinha ao filho. Segundo a teoria ética deontológica de Kant basta a inteligência para fazermos o moral, ou seja, agirmos por dever apenas por saber que é o moralmente correcto e não movidos por sentimentos ou interesses. Discordo com Kant uma vez que deita fora uma coisa que toda a gente valoriza que são os sentimentos, ao dizer isto Kant está a tornar as pessoas frias e a obriga-las a agir, por exemplo, segundo o que leram que está moralmente correcto e não porque sintam necessidade de fazê-lo. A ética do dever defende os valores absolutos e recorre ao imperativo categórico para perceber se uma acção é certa ou errada, ou seja, se vai de encontro à fórmula da lei universal e à fórmula da humanidade. A primeira diz que não devemos realizar as acções que não sejam universalizáveis, que não possam ser feitas em todas as situações semelhantes sempre e sem excepção e a segunda diz que não devemos realizar as acções que instrumentalizem as pessoas, as utilizem apenas como meio de chegar a certos fins. Neste caso a formula da lei universal não foi respeitada visto que o pai mentiu e a mentira não é uma acção universalizável.
Stuart Mill foi um filósofo defensor da ética utilitarista segundo a qual as acções são moralmente correctas se o seu objectivo for a promoção imparcial da felicidade ou do bem-estar para a maioria das pessoas por elas afectadas. Trata-se de uma ética consequencialista porque considera nossa obrigação moral básica agir tendo em vista as melhores consequências. Mill desaprova a atitude do pai, sem considerar a intenção e valorizando apenas as consequências do acto em si. Para Mill o pai agiu incorrectamente porque apesar de não ter tido em conta somente o seu bem-estar pessoal, ter tido a noção de que a sua felicidade não valia mais que a felicidade do seu filho e tendo sido imparcial uma vez que tentou alimenta-lo bem tendo em conta que a sobrevivência da criança geraria maior felicidade do que a sua própria sobrevivência visto que este tinha uma maior esperança de vida, logo mais anos para praticar boas acções, as consequências não foram boas. O pai não terá agido de acordo com o princípio da utilidade uma vez que as boas motivações ou intenções em nada alteram o valor moral da acção e desta tenham resultado más consequências, o filho descobriu que o pai lhe mentira e provavelmente ficaria mais desconfiado da sua palavra em situações futuras. Para o utilitarista não existem valores absolutos, não avaliando a moralidade da acção por ter ido ou não de encontro ao valor «nunca devemos mentir».
(continua que não cabe tudo num comentário só)
Filipa Ferreira 10ºD nº:7

Anónimo disse...

(continuação) Na minha opinião o pai agiu correctamente e não defendo, por isso, nenhum destes dois filósofos. Concordo, em parte, com a ética do dever ao considerar a moralidade da acção segundo a intenção do agente independentemente das consequências e, em parte, com a ética utilitarista no sentido em que devemos ser imparciais quando deliberamos as nossas acções. Eu teria feito o mesmo que o pai uma vez que esta mentira fora piedosa e benevolente, com a boa intenção de dar maior probabilidade à criança de sobreviver através de uma reflexão imparcial, visto que esta tem uma maior esperança de vida e a sua sobrevivência implica mais anos de possíveis boas acções para a humanidade. De facto esta boa vontade do pai fora em vão e o filho não gostou mas, pessoalmente valorizo mais a intenção da acção em si. Nesta situação a probabilidade de ocorrerem boas consequências era superior à probabilidade de ocorrerem más consequências como a que se verificou quando o filho descobriu a mentira.
Filipa Ferreira 10ºD nº:7

Anónimo disse...

A atitude do pai foi apenas de puro instinto paternal, ao ver o pacote de cacau sentiu a necessidade de se sacrificar pelo bem-estar da criança. Ele no passado já teria bebido centenas de cacaus e provadas outras coisas, que infelizmente o filho nunca teve oportunidade de provar, ele sentiu-se no direito de mentir, apesar de lhe ter prometido que nunca mais se iria sacrificar. O filho ressentiu-se, já que o pai em tempos lhe dissera: “que quem quebra as pequenas também quebra as grandes promessas”, e se o pai lhe quebrou essa pequena promessa, que certezas ele tinha que não quebrava as grandes? . As consequências desta pequena mentira não foram as planeadas pelo pai, ele esperava que o filho não tivesse percebido, e que desfrutasse do seu cacau, mas aconteceu totalmente o contrario, a mentira foi descoberta, e alem de o cacau no fim ser repartido, o pai ainda ficou mal visto à frente do filho.
O Kant não concordaria com esta acção, já que para ele o dever é absoluto, e deve-se dizer sempre a verdade, caso contrario a acção não tem valor moral. Mas Kant não é o único a discordar da atitude do homem, Stuart Mill seria da mesma opinião de Kant, não pelos motivos, porque Stuart acha que se deve valorizar mais as consequências, e neste caso o homem agiu mal, já que teve consequências negativas, e logo deve ser condenado.
Eu não concordo com nenhuma das duas teorias, acho que nesta situação, a decisão do pai pode não ter sido a mais sensata, porque só pensou no filho e não no seu próprio bem-estar, mas foi sem duvida uma atitude elogiadora, a acção dele foi de apenas um pai a tentar fazer um pouco feliz o filho que vive no meio de tanta desgraça e maldade, ele já vivera muito bem, já desfrutara bastante da vida, e ele acha injusto o filho não ter o direito de viver uma vida melhor, de não viver a vida como ele viveu. Conclusão, acho que esta acção deveria ter valor moral, apesar de ele ter mentido e das consequências não terem sido as planeadas, devemos ter em conta que ele agiu por bem, agiu com pensamento no filho, que ao realizar esta acção ele apenas queria cumprir o seu dever de pai, proteger e fazer feliz o seu filho, e que isso devia ser tomado muito em conta e sem julgamentos.


Tatiana Costa 10ºf nº21

Anónimo disse...

A atitude do pai foi apenas de puro instinto paternal, ao ver o pacote de cacau sentiu a necessidade de se sacrificar pelo bem-estar da criança. Ele no passado já teria bebido centenas de cacaus e provadas outras coisas, que infelizmente o filho nunca teve oportunidade de provar, ele sentiu-se no direito de mentir, apesar de lhe ter prometido que nunca mais se iria sacrificar. O filho ressentiu-se, já que o pai em tempos lhe dissera: “que quem quebra as pequenas também quebra as grandes promessas”, e se o pai lhe quebrou essa pequena promessa, que certezas ele tinha que não quebrava as grandes? . As consequências desta pequena mentira não foram as planeadas pelo pai, ele esperava que o filho não tivesse percebido, e que desfrutasse do seu cacau, mas aconteceu totalmente o contrario, a mentira foi descoberta, e alem de o cacau no fim ser repartido, o pai ainda ficou mal visto à frente do filho.
O Kant não concordaria com esta acção, já que para ele o dever é absoluto, e deve-se dizer sempre a verdade, caso contrario a acção não tem valor moral. Mas Kant não é o único a discordar da atitude do homem, Stuart Mill seria da mesma opinião de Kant, não pelos motivos, porque Stuart acha que se deve valorizar mais as consequências, e neste caso o homem agiu mal, já que teve consequências negativas, e logo deve ser condenado.
Eu não concordo com nenhuma das duas teorias, acho que nesta situação, a decisão do pai pode não ter sido a mais sensata, porque só pensou no filho e não no seu próprio bem-estar, mas foi sem duvida uma atitude elogiadora, a acção dele foi de apenas um pai a tentar fazer um pouco feliz o filho que vive no meio de tanta desgraça e maldade, ele já vivera muito bem, já desfrutara bastante da vida, e ele acha injusto o filho não ter o direito de viver uma vida melhor, de não viver a vida como ele viveu. Conclusão, acho que esta acção deveria ter valor moral, apesar de ele ter mentido e das consequências não terem sido as planeadas, devemos ter em conta que ele agiu por bem, agiu com pensamento no filho, que ao realizar esta acção ele apenas queria cumprir o seu dever de pai, proteger e fazer feliz o seu filho, e que isso devia ser tomado muito em conta e sem julgamentos.



Tatiana Costa 10ºf nº21

Anónimo disse...

A acção do pai foi correcta porque ele agiu por Amor ao filho. O pai, realizou uma acção onde o valor desta acção é o Amor. O Ser Humano é capaz de fazer tudo por Amor.
Na minha opinião o pai agiu correctamente.
Kant, diria que a acção do pai é incorrecta, porque Kant defende as intenções por dever e o pai ao cobrar a promessa feita ao filho agiu contra o dever (que era de partilhar o cacau con o filho).
Stuart Mill, diria que a acção do pai é correcta, porque a sua teoria baseia se nas consequencias de uma acção, isto é, uma acção é moralmente
correcta se promover felicidade ou se for realizada por um sentimento. Então, para Stuart Mill a acção do pai esta correcta, porque o filho ficou feliz mesmo depois de se ter zangado com o pai, porque sentiu o Amor do pai por ele.
Eu concordo com Stuart Mill, porque para mim por ves é
importante para nos mostrar os nossos sentimentos, mesmo que tenhamos que quebrar promessas como neste caso. Neste caso ao quebrar a promesa o pai não prejudicou o filho, pelo contrario mostrou lhe o quanto gostava dele ao querer lhe dar a sua parte do cacau. Foi uma acção moral levada pelo Amor.

Sofia Serra Nº20 10E

Anónimo disse...

A acção do pai é moralmente correcta, porque está a fazer o que é certo, está a cumprir a sua obrigação como pai: garantir, acima de tudo, que o seu filho está bem e que não lhe falta nada.

Na minha opinião, o pai do rapaz agiu correctamente, porque apesar de ter mentido ao filho, ele só fez isso para garantir que o seu filho estivesse bem alimentado, bem nutrido e “feliz”. O pai do rapaz tentou fazer com que este tivesse um pequeno momento de felicidade (beber o cacau quente). Apesar de tudo o que acontecia à sua volta e dos perigos a que estavam sujeitos, o pai tentou fazer com que o seu filho se sentisse um bocadinho melhor, física e psicologicamente, ao dar-lhe o último pacote de cacau que restava. Deu-lhe o pacote de cacau inteiro, porque sabia que aquele acto de puro amor entre pai e filho iria deixar este muito feliz.

Kant diria que o pai estaria a cometer uma acção moralmente incorrecta, porque apesar de se estar a “sacrificar” pelo seu filho, nada justifica a mentira. É melhor nem dar sequer o cacau ao rapaz do que estar a mentir. Já Stuart Mill diria que o que interessa é a conclusão da acção: o pai ao dar o cacau ao rapaz, está a pô-lo um pouco mais feliz (apesar de outros factores exteriores que estão a acontecer: estão a ser perseguidos, etc.), o rapaz “esquece-se” por momentos que está naquela situação horrível, devido ao acto de amor cometido pelo pai. A conclusão é mais importante do que a intenção.

Concordo com Stuart Mill, porque acho que embora o pai tenha mentido ao filho, ele só fez isso para garantir que o rapaz se sentia um pouco melhor. Se o pai tivesse dito a verdade, o filho não iria aceitar o cacau, porque não se iria sentir bem ao saber que o pai não estaria a partilhar da mesma felicidade (beber o cacau quente). Mas para o pai não interessa beber o cacau, o que interessa é saber que não falta nada ao seu filho e saber que este está bem, nada mais (conclusão da acção). Essa é a sua verdadeira felicidade.


João Teixeira Nº12 10ºE

Anónimo disse...

Segundo Stuart Mill, um utilitarista considera que a moralidade de uma acção deve-se julgar pelas suas consequências prováveis, aplicando este excerto ao contexto, na minha opinião o pai estava agindo de uma maneira paternal, tentando oferecer ao filho uma melhor refeição, logo contribuiria para a felicidade de ambos, o pai sabendo que estava a fazer um bom trabalho e o filho mais saciado. Logo eu considero a acção do pai correcta segundo Stuart Mil.
Segundo Kant, a acção do pai é incorrecta, pois segundo a ética Kantiana uma pessoa bem-intencionada que contudo dada a sua incompetência, está na origem de uma acção que prejudica gravemente outras pessoas, neste caso mentir ao filho, mesmo sendo a intenção boa, a acção é moralmente incorrecta, pois Kant afirma que para avaliar a moralidade de uma acção o que conta é a intenção de quem age, o que nos motiva a cumprir o dever, segundo a ética kantiana, o problema decisivo. Não se trata apenas de cumprir o dever, mas sim de como cumprir o dever, ou seja resumindo devemos cumprir o dever pelo dever.

Anónimo disse...

Podemos avaliar moramelte a acção do pai como correcta, pelo facto de que como o filho é uma criança tem muito menos resistência que o pai por ser adulto.
Podemos tambem avaliar da forma que o pai esta a pensando no bem do seu filho.
Em minha opinião o pai agiu de forma correcta porque esta a fazer o seu dever de pai proteger o filho em toda e qualquer circunstancia.
Kant iria dizer que o pai não deveria mentir seja qual fosse a circunstancia. Stuar Mill diria que a conclusão é que era importante.
Não concordo com nenhum porque em minha opinião a intenção nesse caso é que valhe mais.

Adriano Pereira 10ºE Nº2

Humberto disse...

Na minha opinião, acho que o pai agiu correctamente, pois ele exprimiu o amor que sentia pelo filho, abdicando da sua parte do cacao para o filho. Kant avalia as acções morais de 3 diferentes maneiras, 1ª-De acordo com o dever (Acções com valor moral)/2ª- Em conformidade com o dever (Acções movidas por interesse ou pelos sentimentos, não têm valor moral/3ª- Contrárias ao dever (imorais e erradas), nesta situação Kant diria que o pai agiu em conformidade com o dever, ou seja, apenas tomou aquela atitute pois foi motivado pelos sentimentos que nutria pelo filho (nomeadamente o amor), Kant diz também que pelo facto de a decisão do pai foi em conformidade com o dever, a acção não tem valor moral (o que eu acho errado). Já Stuart mill considava a acção correcta, pois avalia de modo diferente as acções moralmente correctas, para Stuart Mill uma acção é moralmente correcta se poder ser universalizada, também diz que uma acção é correcta se dela resultar a maior felicidade ou bem-estar possível para as pessoas que por ela são afectadas. Nesta situação é uma acção moralmente correcta, pois a sua universialização traria uma grande felicadade para as pessoas do mundo inteiro.
Quanto a este exemplo em questão, concordo com Stuart Mill, ou seja, acho que esta acção é moralmente correcta, no entanto estou de acordo com um meio termo entre estas duas teorias, pois acho que uma acção não deve ser considerada moralmente correcta ou incorrecta, apenas pelas suas consequencias ou motivos, mas sim ambos (em diferentes situações tanto pode ser mais importante o destaque dos motivos, como noutras o destaque das consequências.

& Humberto &

Anónimo disse...

A acção do pai pode ser considerada moralmente correcte ou moralmente incorrecta.
Na minha opinião o pai agiu bem, pois sendo o seu filho mais novo e menos resistente necessita de comer mais. Biologicamente este tambem está em fase de crescimento logo necessita de mais calorias que o pai. O pai poderá com certeza resistir mais tempo á fome do que ele. E o pai não poderia de qualquer forma deixar de fazer sacrificios pelo seu filho. Como poderia um pai, nestas condições, convencer-se a não dar o maximo de comida possivel ao seu filho? Sabendo que o seu filho tem fome, qual o pai que não lhe daria o necessario para sobreviver o mais tempo possivel?
Segundo Kant, a acção do pai é imoral, por ser contraria ao dever. Isso porque seguindo a ética do dever, devemos realizar apenas as acções universalizáveis e as que não instrumentalizam as pessoas e quando descobrimos que uma acção é correcta, então ela deve ser feita em todas as circunstancias semelhantes, sempre e sem excepção, sejam quais forem as consequencias. Logo a máxima "Não se deve romper promessas", deve ser sempre respeitada, até neste caso.
Segundo Stuart Mill, a acção do pai é considerada moralmente correcta. Pois, seguindo a ética utilitarista uma acção é moralmente correcta se dela resultar a maior felicidade e bem-estar possivel para as pessoas que por ela são afectadas, ou seja, o que torna uma acção moralmente correcta ou incorrecta são as suas consequencias.
Não concordo minimamente com Kant. É impossivel existirem leis absolutas, tudo é relativo. Uma acção pode ser correcta em certa altura e incorrecta noutra. A ética kantiana é, na minha oopinião, completamente errada. Neste caso como o pai poderia obedecer á máxima "Não se deve deixar o seu filho com fome" simultaniamente com a máxima "Não se deve romper promessas"? E como se pode considerar sua acção moralmente incorrecta por ser guiada por sentimentos? O amor sublima a moral.
A visão de Stuart Mill parece-me mais aceitável pois não podemos agir sem pensar nas consequencias que as nossas acções vão ter.
Mas penso que por vezes chegamos a situações onde a moral já não tem valor e se torna absurda. Ao tentarmos criar uma regra para distinguir as acções moralmente correctas das incorrectas, acabamos por chegar a paradoxos. Penso então que nem Kant, nem Stuart Mill têm razão.

ROXANE S., 10º D

Carlos Pires disse...

Caros alunos do 10º F:

Dânia, Inês e Paulo: o vosso comentário refere correctamente algumas ideias de Kant e Mill, mas podiam tê-las explicitado um pouco melhor. Podiam também ter fundamentado melhor a vossa opinião. No caso da Dânia, há algumas incorrecções linguísticas. Seja como for, trata-se de comentários satisfatórios.

Tatiana:
O seu comentário tem algumas imprecisões, mas é um bom comentário.
As consequências terão sido assim tão más? É defensável dizer que o filho, embora criticando ligeiramente o pai pela pequena mentira em que o apanhou, percebeu que o pai é capaz de fazer tudo por ele - incluindo dizer pequenas mentiras. Tendo em conta as dificuldades daquela vida, saber isso seria provavelmente muito consolador.
O facto de se poder fazer as duas leituras sugere que a avaliação das consequências pode ser problemática. O que permite criticar o Utilitarismo.

Carlos Pires disse...

Caros alunos do 10º B, D e E:

Na perspectiva da ética kantiana, a acção do pai é moralmente errada, pois não é desejável que a sua máxima seja universalizada. É incorrecto, por isso, dizer que a acção foi realizada conforme ao dever. É certo que foi motivada por um sentimento (o amor pelo filho) como algumas acções conformes ao dever mas é uma acção contrária ao dever.

Na perspectiva da ética utilitarista, a acção foi correcta ou incorrecta? Depende como avaliarmos as consequências.

É defensável dizer que como o filho descobriu o engano as consequências foram más e a acção incorrecta.

Mas também é defensável dizer que o filho, apesar de ter descoberto o engano e de criticar ligeiramente o pai por isso, percebeu que o pai é capaz de fazer tudo por ele - incluindo dizer pequenas mentiras. Tendo em conta as dificuldades daquela vida, saber isso seria provavelmente muito consolador. E nessa interpretação, a acção seria correcta.

Ambas as respostas são aceitáveis.
O facto de se poder fazer as duas leituras sugere que a avaliação das consequências pode ser problemática.

O que é uma das principais objecções ao Utilitarismo.