terça-feira, 29 de junho de 2010

Graves divergências no governo: estudar ou não estudar?

Notícia bombástica do jornal Público: Mariano Gago, ministro da Ciência e Tecnologia e do Ensino Superior, afirmou que “é preciso estudar mais, é preciso voltar à escola, é preciso saber mais”.

Segundo a opinião unânime dos analistas políticos, trata-se de uma enorme gaffe política (sobretudo a primeira afirmação: “é preciso estudar mais”), pois contraria radicalmente a política educativa do actual governo, bem como do anterior (liderado – embora por vezes possa não parecer – pelo mesmo primeiro-ministro). Não é de excluir um conflito político entre  o ministro da Ciência e Tecnologia e do Ensino Superior e a ministra da Educação.

Que pensará o primeiro-ministro sobre o assunto, admitindo que pensa alguma coisa?

4 comentários:

A disse...

Tanto o primeiro ministro como as duas recentes ministras da educação são já "produto" do «eduquês».
Basta recordarmos o percurso académico de cada um para concluirmos que a facilidade de saltar etapas agilizou hipóteses de alcance de poder. Pense-se na formação de Sócrates e nas condições em que realizou alguns exames; ou em M.L.Rodrigues que, de professora do 1ºCiclo, após umas pós-graduações, alcançou a hipótese de fazer doutoramento em Sociologia; ou ainda em Isabel Alçada, cujo maior feito na educação terá sido o de ter dado aulas no 2º Ciclo e ter escrito livros de aventuras inspirados nos de Enid Blyton.
Mariano Gago é de outra academia e, talvez por isso, entenda que, mesmo com os melhores professores do mundo, sem estudo (e estudar implica tempo)ninguém aprende.

Privada, o bacoco disse...

Uma coisa teremos que admitir, com a baralhada que este Governo criou, nem a estudar dia e noite se entende alguma coisa.

Carlos Pires disse...

Austeriana:

Infelizmente, muitos professores actuais também já são "produtos" do "eduquês", pelo que não simpatizam lá muito com coisas tão antiquadas como ensinar, estudar ou mesmo aprender.

Carlos Pires disse...

Privada:

É verdade que reina a confusão. Não é preciso ser muito desconfiado para considerar que os responsáveis pelo sector a alimentam - às vezes por incompetência e outras por escolha, porque acham que no meio da confusão conseguirão mais facilmente alcançar os seus objectivos.