Nos últimos anos quase todas as medidas adoptadas pelos governos na área da Educação têm sido más. De vez em quando ouve-se alguém dizer “não se pode descer mais baixo” ou “pior não pode ficar”, mas pouco depois surge uma nova medida que consegue piorar ainda mais o que já estava mal.
Um exemplo recente: a intenção do governo de agrupar as escolas em “mega” agrupamentos, já transformada em decreto de lei, se for realmente implementada, instalará o caos nas escolas; no próximo ano, os professores e os alunos obrigados a ir a outra escola tratar de um assunto administrativo sentir-se-ão tentados a dizer “pior não pode ficar”. Mas infelizmente estarão enganados. Por incrível que possa parecer, as coisas poderão ainda pior mais.
Se algumas das ideias da Proposta de Revisão Curricular dos Ensinos Básico e Secundário, elaborada pelo Conselho de Escolas (órgão consultivo do Ministério da Educação) forem postas em prática, é provável que as coisas piorem ainda mais. Por exemplo: entre o 5º e o 8º anos a carga horária da História será decidida por cada escola, podendo a disciplina existir apenas em dois anos lectivos; por outro lado, uma nova disciplina chamada Educação Sexual e Cidadania deverá ser leccionada todos os anos. Veja aqui mais exemplos e pormenores desse desastre anunciado.
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