Para saber mais sobre Mandela, ver aqui.
A política e a ética podem estar ou não dissociadas. Ler a biografia de Nelson Mandela permite-nos perceber como o reconhecimento - por parte da maioria dos cidadãos sul-africanos - da integridade moral de um governante pode condicionar positivamente o exercício do poder político.
Este líder da África do Sul acreditava, ao contrário do que o filósofo Hobbes defendeu, na bondade humana. Na sua opinião, qualquer homem é, embora possa não o demonstrar, decente do ponto de vista moral. A questão é descobrir um caminho para chegar a essa decência escondida, no caso de algumas pessoas. Esta crença optimista - filosoficamente discutível - justificou o facto de Mandela ao sair da prisão, onde permaneceu vinte e sete anos por contestar o regime, ter ido à procura dos seus maiores inimigos políticos para lhes dizer que os perdoava. Assim, quando o regime segregacionista do apartheid terminou, Mandela apelou à reconciliação nacional. Pediu as vítimas que perdoassem os seus agressores. E deu o exemplo.
Nestes tempos de crise em que vivemos não abundam políticos com a grandeza moral e política de Mandela. Porém, as actuais exigências financeiras que o Estado impõe aos cidadãos, devem levar-nos a tentar compreender não só as ideias que orientam e justificam a actuação política, como também a questionar se estas fazem sentido do ponto de vista moral. Assim, quando os governantes exigem esforços financeiros aos cidadãos, não terão eles próprios que dar o exemplo? Não será este mais eficaz que mil discursos?
Nota: Esta sugestão de leitura para férias dirige-se particularmente aos alunos que, após o visionamento do filme “Invictus” de Clint Eastwood, manifestaram curiosidade em saber mais sobre este líder sul-africano.
Existe uma tradução da biografia escrita pelo próprio Mandela que se encontra esgotada, mas creio que podem encontrar o livro em bibliotecas. Há também a alternativa: ler o livro em Inglês.
Boas leituras!
1 comentário:
Olá...!
Sabes...? O meu blog conta já com um ano...! E para a ocasião escrevi algo que também é para ti... e, de passagem, podes ver que há um selo que podes levar, se assim o quiseres... Pois, como o seu nome indica, serve para "selar" este vínculo que nos uniu neste tempo transcorrido..., isso me encantaria..., e faria completo este festejo e a minha alegria...!
Ou se não..., ofereço-te uma flor de Ceibo que é a flor do meu país: Argentina.
Obrigado pela tua presença...!
Cumprimentos,
SERGIO.
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