Eu concordo com Pacheco Pereira e Lobo Xavier, pois houve uma clara violação da liberdade de expressão.
Retirar o cartaz só vai esconder a existência de tais ideais aos olhos de quem passa. A incitação ao racismo e à xenofobia, existente no cartaz, só apela a quem seja apoiante destas ideias, ou a quem está mal informado sobre o mundo que o rodeia, não tendo assim opinião própria, guiando-se por um ideal injustificado e absurdo.
Para além disso, o facto de se retirarem os cartazes deste partido (legalizado em Portugal), possivelmente, só vai levar à prática de acções ainda piores. Assim, ao proibi-lo de expressar a sua opinião através de um simples cartaz, provavelmente, este partido político irá adoptar medidas mais extremistas, e talvez violentas, para expressar as suas ideias e para mostrar que não será com a retirada do cartaz que se vai calar e aceitar esta opressão da sua liberdade de expressão.
António Costa defende a sua posição com base no facto da Constituição referir a proibição de qualquer mensagem incitante ao racismo violência e xenofobia. Acho que estas leis deviam de ser alteradas, ou pelo menos não deviam ser postas em prática, porque antes de oprimir estas mensagens, nós devemos informar as pessoas sobre as muitas razões de tais opiniões não terem justificação e serem absurdas. Desta maneira, poderíamos conseguir eliminar certas ideias nacionalistas da sociedade actual, pois não é ocultando que vamos vencer os partidários desta ideologia, eles continuarão a existir. O problema está em fazer com que mais ninguém entre no mundo do racismo, da xenofobia e da violência.
Portanto, uma medida, talvez, mais eficaz era a exposição de outro cartaz ao lado, enumerando as razões pelas quais o PNR é um partido completamente absurdo e com ideias que, quando postas em prática, espalham o terror e a repressão no dia-a-dia da população e, por isso, são inaceitáveis e só têm consequências negativas. Deste modo, as pessoas seriam informadas e não se deixaria levar tão facilmente por este tipo de mensagens.
Gonçalo Correia.
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