Pode ler no (interessante) blogue Ciência ao Natural uma pequena e curiosa história (“Treino diferente” - http://cienciaaonatural.blogspot.com/2008/11/treino-diferente.html).
Esta ajuda a perceber porque é que, apesar dos professores terem obviamente razão nas críticas que fazem a diversas políticas do Ministério da Educação (o novo Estatuto do Aluno, o novo Estatuto da Carreira Docente, o modelo de avaliação que está a ser imposto…), tem sido difícil fazer a opinião pública perceber isso. É que muitas pessoas pensam que os professores trabalham pouco e desconfiam deles – não deste ou daquele em particular, mas da classe inteira.
Tendo em conta que os professores têm como profissão explicar e esclarecer ideias, é um pouco estranho que não consigam mostrar ao resto da sociedade portuguesa que as horas que passam na escola, apesar de serem muitas (e excederem largamente as 4 ou 5 horas em que dão aulas) , são só uma parte do seu trabalho, pois em casa também trabalham como professores: ao preparar aulas, elaborar materiais, conceber e corrigir testes, etc. Qual será a causa dessa dificuldade de comunicação?
Acessoriamente, na leitura dessa história vale a pena prestar atenção à frase “Deve ser um gene meu, isto de conseguir passar incógnito, mesmo que a centímetros de outro ser humano…”. Caso a cara leitora ou o caro leitor seja um animal social (além de racional, obviamente), verá que a análise dessa frase lhe proporcionará diversas reflexões – filosóficas e não só. Que lhe façam bom proveito!
Talvez fizesse bem à Ministra da Educação pensar nessa frase. Aos professores faria certamente bem que ela pensasse.
Esta ajuda a perceber porque é que, apesar dos professores terem obviamente razão nas críticas que fazem a diversas políticas do Ministério da Educação (o novo Estatuto do Aluno, o novo Estatuto da Carreira Docente, o modelo de avaliação que está a ser imposto…), tem sido difícil fazer a opinião pública perceber isso. É que muitas pessoas pensam que os professores trabalham pouco e desconfiam deles – não deste ou daquele em particular, mas da classe inteira.
Tendo em conta que os professores têm como profissão explicar e esclarecer ideias, é um pouco estranho que não consigam mostrar ao resto da sociedade portuguesa que as horas que passam na escola, apesar de serem muitas (e excederem largamente as 4 ou 5 horas em que dão aulas) , são só uma parte do seu trabalho, pois em casa também trabalham como professores: ao preparar aulas, elaborar materiais, conceber e corrigir testes, etc. Qual será a causa dessa dificuldade de comunicação?
Acessoriamente, na leitura dessa história vale a pena prestar atenção à frase “Deve ser um gene meu, isto de conseguir passar incógnito, mesmo que a centímetros de outro ser humano…”. Caso a cara leitora ou o caro leitor seja um animal social (além de racional, obviamente), verá que a análise dessa frase lhe proporcionará diversas reflexões – filosóficas e não só. Que lhe façam bom proveito!
Talvez fizesse bem à Ministra da Educação pensar nessa frase. Aos professores faria certamente bem que ela pensasse.
6 comentários:
Olá senhores!
Obrigado pela referência.
Não esperava que as minhas manhãs desportivas pudessem ser discutidas sob um ponto de vista mais ou menos filosófico...
:)
Abraço
Luís Azevedo Rodrigues
Avaliação: 1/4 de quilo de razão?
Obrigado nós, Luís. Ao longo do dia lembrei-me 2 ou 3 vezes do "mais ou menos filosófico"...
Porfirio:
depois de pensar um bocadinho ocorreu-me que esta seria a melhor resposta:
quer que lhe mande as grelhas da avaliação dos professores.
Mas SFF pondere bem as consequências de uma resposta afirmativa:
se puser os olhos naqueles papéis kafkianos arrisca-se a mudar de opinião em poucos segundos...
Carlos:
"mais ou menos filosófico"...
e?
:)
Luís Azevedo Rodrigues
Carlos, só agora verifiquei que não respondi à sua pergunta. Peço desculpa por isso.
Não, obrigado, não quero que me mande as grelhas. Penso já ter explicado suficientemente porquê. As poucas vezes que tive de preencher fichas de auto-avaliação das que se usavam na administração pública, até nem tive muito que pensar. Sabe aquela coluna do 10, na escola de 1 a 10? Era só assinalar tudo no máximo. Pronto. Fácil. Mas isso não fazia dessa avaliação uma boa avaliação. Tal como o ser mais ou menos burocrática é um aspecto importante, mas mesmo assim um aspecto subordinado, de qualquer modelo. O ser ou não ser burocrático depende de muita coisas. Até um conselho de turma pode ser burocrático. Mas, como já tentei explicar várias vezes, não estou a defender nenhum aspecto concreto do actual modelo. O que tenho defendido é que há questões de fundo que estão a ser escamoteadas. Mas não nos cansemos demais: pode ser que mais cedo do que você imagina estejamos a concordar em coisas interessantes. Quem sabe.
Cumprimentos.
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