sábado, 17 de julho de 2010

Porquê na Finlândia e não em Portugal?

Querem perceber as razões do sucesso do modelo educativo finlandês e o insucesso do modelo português?

Vejam o documentário da BBC no blogue Livro de Areia.

10 comentários:

Anónimo disse...

Obrigado pelos votos de boa sorte professor.
O vídeo é interessante. Os bons resultados das escolas são mais que políticos, são culturais. Enquanto que no resto do mundo existe a "política do melhor/es" na Finlândia relaciona-se tudo com a ajuda entre todos, professores, pais e alunos.
É interessante. Em Portugal, pensa-se que para motivar é preciso "cancelar" os chumbos e facilitar ao máximo.
Eurico Graça

Carlos Pires disse...

Eurico:

É verdade que em Portugal existe uma certa cultura de facilitismo e de desconfiança em relação à avaliação e ao reconhecimento do mérito. Por exemplo: muitas pessoas continuam a criticar a divulgação dos rankings das escolas ordenadas segundo os resultados nos exames nacionais.

Há quem pense que isso favorece a igualdade, mas na verdade é ao contrário: o facilitismo promove as desigualdades sociais.

Miguel Galrinho disse...

Obrigado pela partilha desse link. Não só pelo video em si, mas também porque através dele descobri outros dois videos também interessantes sobre uma aula de ciências na Finlândia.

Sara Raposo disse...

Miguel:

Não tem de nos agradecer, mas sim ao autor da ideia. Espero que continue a achar motivos de interesse no "Dúvida Metódica".

Cumprimentos.

Matilde Matos disse...

Falando um pouco ironicamente, mas um bocadinho a sério também, umas das diferenças é que na Finlândia faz muito mais frio que em Portugal. Quem é que consegue estudar ou trabalhar alguma coisa de jeito com este calor?

Anónimo disse...

Finlândia e Portugal? Se cá nevasse fazia-se cá Ski!

Luís

Sara Raposo disse...

Matilde:

Penso que atribuir a falta de qualidade do ensino, existente em Portugal, ao clima não faz muito sentido e é demasiado simplista.

Parece-me que a organização dos currículos das diferentes disciplinas; o tipo de aprendizagens que se exige aos alunos; as orientações do Ministério da Educação (que mudam constantemente e não têm em conta a realidade portuguesa); a falta de envolvimento dos pais e encarregados de educação na vida escolar dos seus educandos; a aposta na formação e actualização científica e pedagógica dos professores; um ambiente social que, em geral, desvaloriza o conhecimento, o trabalho e o reconhecimento do mérito são, entre outros, factores mais relevantes e decisivos que as condições climatéricas. Estas têm, naturalmente, de ser tidas em conta. Mas se algumas das outras condições estivessem reunidas, estou certa que a realidade portuguesa seria muito diferente.
Cumprimentos.

Sara Raposo disse...

Luís:

As suas palavras significam que os sistemas educativos destes dois países não são comparáveis? Que a importação de algumas práticas finlandesas, sem atender a algumas das diferenças entre os dois países, não faz sentido?
Se calhar, não percebi bem a sua ironia...Será?
Cumprimentos.

Diogo Brito disse...

Eu, pessoalmente, acho que Portugal antes de mudar mais alguma coisa deveria olhar para quem tem sucesso e daí tirar um exemplo e fazer ainda melhor, mas como temos a politica muito relacionada com a educação, nada se faz além de perseguir interesses económicos, "mas sim números no papel". De que interessa ter a fama se não se possui o mérito?

Eu acho que a educação é a base de qualquer país desenvolvido pois sem bons alunos, não se vai ter bons trabalhadores que sustentam o país. O que sai das escolas são alunos com cunhas, alunos com mentalidade já fixada em "roubar" ou criminosos... Também não digo que haja excepções que mesmo nestas condições lá vão aprendendo correctamente (o que acho que é preciso uma grande colaboração dos pais)...

O país nunca há de sair desta "Crise" sem soluções sensatas sem ser roubar aos contribuintes que não tiveram mais culpa do que os "manda-chuvas"...

E ainda há outro problema que eu fico sempre intrigado com ele... eis ele: se estamos em crise e as pessoas fartam-se de falar mal do país e da sua gestão... porque será que as pessoas falam mas não fazem nada para remediar este problema que é de todos... eu é que não sou adulto ainda, mas vou tomar como exemplo os actos da minha mãe que quando acha que alguma coisa está mal nos sistema, já não digo que a prejudique mas sim a mim, escreve cartas para os ministros... pode ser um absurdo pois raramente se recebe uma resposta... mas se todos fizessem isso de certeza que iam notar pois sendo isto uma democracia porque não? mantém-me sempre intrigado isto...

Diogo Brito

Sara Raposo disse...

Olá Diogo:

Espero que tenha tido umas óptimas férias! Peço desculpa pela resposta tardia, mas o seu comentário ficou perdido no meio de outros e, por isso, esqueci-me de responder.

Em relação ao que refere: a ausência de sentido crítico e à falta de ética e de civismo de algumas pessoas, que desconhecem os seus próprios direitos, penso que o que importa é fazermos aquilo que consideramos correcto, sem nos preocuparmos muito com o que a maioria faz.

Cumprimentos e um bom ano!
Que este seja, já que é o último, aquele em que o seu empenhamento vai ser maior…