segunda-feira, 26 de outubro de 2009

2 sugestões para a nova ministra da educação

1. Mudar o programa de Filosofia.

A proposta de programa apresentada pelo Centro para o Ensino da Filosofia e pela Sociedade Portuguesa de Filosofia (em Julho de 2000) seria – eventualmente com algumas alterações – uma boa alternativa. (Encontra essa proposta aqui.)

2. Reintroduzir o exame nacional de Filosofia no 11º ano, mas desta vez com carácter obrigatório.

Para que a existência de um exame nacional obrigatório a Filosofia melhorasse a qualidade do ensino e da aprendizagem, e não constituísse um desastre no que diz respeito às classificações, seria necessário que o exame só se começasse a realizar quatro anos após a entrada em vigor do novo programa (para haver dois anos de treino, um no 10º e outro no 11º). Seria também indispensável que, entretanto, se realizassem acções de formação com qualidade científica e pedagógica para a generalidade dos professores de Filosofia.

Claro que, para isso ser realizável, seria necessário que as políticas educativas, contrariamente ao que tem sucedido até à data, fossem pensadas e planeadas - e não improvisadas em cima do joelho, ao sabor das sondagens e das mais variadas pressões.

6 comentários:

Alberto Gonçalves disse...

Concordo com todas as proposta, menos a da reintrodução do exame de Filosofia, pelo menos no caso de cursos científicos.

Carlos Pires disse...

Alberto:

Os cursos científicos não são mais nem menos que os outros. Em todos os cursos em que a disciplina de Filosofia existe deveria haver exame nacional.
O que poderia justificar uma tal diferenciação?
Os exames não são nenhum bicho de sete cabeças: quem sabe realmente uma coisa consegue explicá-la aos outros.
cumprimentos

Alberto Gonçalves disse...

Sim, não são nenhum bicho de sete cabeças, mas os alunos "valorizam" sempre mais um exame, e levam-no de tal modo com certa importância que acabam por ficar extremamente nervosos, é verdade que a filosofia é sempre necessária na vida, mas com apenas testes normais por assim dizer, os alunos acabariam por aprender o mesmo.

Mas honestamente nunca soube qual a razão pela existência de um exame, ou quais os seus benefícios.
Com os Melhores Cumprimentos
Alberto.

Anónimo disse...

Respondendo a Alberto Gonçalves sobre a existência de uma exame e devo dizer que um exame é essencial. Porque é a forma mais justa de avaliar alunos da mesma forma ao longo do país. E torna-se muito mais justo ao nível de acesso à universidade onde os exames têm um peso considerável para além da média interna, que não pode ser considerada justa para todos.
Com isto concordo que um exame a nível na nacional não prejudicaria os alunos de nenhum curso pois era uma forma de avaliar os alunos da mesma forma e de avaliar os professores, já que existia a necessidade da matéria leccionada ser mais controlada.
E mais uma das medidas que acho que ninguém perderia nada com isso era a extensão de 2 anos para 3 na disciplina de filosofia. É essencial a qualquer aluno aprender a argumentar e a pensar de modo crítico

Carlos Pires disse...

Alberto:

Concordo com as razões apresentadas pelo comentador anónimo.
A existência de exames nacionais faz os professores ensinarem mais e melhor e faz os alunos aprenderem mais e melhor. Sem exames (isto é, sem necessidade de prestar contas perante uma entidade exterior)alguns professores farão de conta que ensinam e alguns alunos farão de conta que aprendem.

Quanto à sugestão do comentador anónimo relativamente aos 3 anos de filosofia não tenho a certeza se será ou não uma boa ideia. Preciso de pensar mais no assunto.

cumprimentos

Anónimo disse...

carlos você é professor de filosofia ? Se for já sei com quem tirar as minhas dúvidas via WEB :P