Salvador Dali, Rapariga de pé à janela
Na matemática e nas ciências da natureza existem “teorias, amplamente consensuais, que a humanidade foi desenvolvendo ao longo do tempo. A diferença, no caso da filosofia, é que as teorias que temos não são consensuais: são, na verdade, especulativas. São-no por boas razões: porque não temos em filosofia o género de processo de prova ou confirmação que temos noutros domínios. Porém, a especulação pode ser feita com mais rigor ou com menos rigor; em filosofia, desenvolvemos teorias especulativas, mas muitíssimo rigorosas. E submetemos essas teorias a uma crítica tenaz, para evitar tanto quanto possível os erros. Assim, apesar da teorização filosófica ser especulativa, não se confunde de modo algum com a mera opinião subjetiva; a filosofia não é uma espécie de jornalismo das ideias.”
Aires Almeida e Desidério Murcho, Janelas para a Filosofia, Lisboa, Gradiva, Novembro de 2014, pág. 19.
Mais informações sobre o livro: Abrir Janelas.
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