Ocorre uma contradição pragmática “quando o facto de se fazer algo contradiz o que se está a afirmar.” 1
Por exemplo: gritar “não estou a gritar!” ou dizer “não estou a falar”. As imagens apresentam também exemplos de contradições pragmáticas.
Uma maneira de defender que o Cogito cartesiano (o célebre “penso, logo existo”) é uma crença indubitável é alegar que: pensar e questionar se existo ou não e simultaneamente pretender que não existo é uma contradição pragmática 2. Como poderia pensar e questionar isso se não existisse?
Contudo, sugerir que posso ser muito diferente daquilo que habitualmente acredito ser (um ser humano possuidor de um corpo, etc.) já não envolve essa contradição.
Notas:
1: Desidério Murcho, “Ciência e contradição pragmática”, Blog da Crítica - http://blog.criticanarede.com/2010/04/ciencia-e-contradicao-pragmatica.html
2: Desidério Murcho, 7 ideias filosóficas que toda a gente deveria conhecer, Bizâncio, Lisboa, 2011, pág. 24.
2 comentários:
Eu não escrevi este comentário.
Eu não li o comentário que, pelos vistos, não foi escrito.
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