domingo, 28 de outubro de 2012

Livres, mas não no amor

não se pode comandar o amor

A ideia do autor de Sherlock Holmes parece ser que, apesar dos sentimentos serem involuntários, as reações e ações que podemos realizar por causa deles são voluntárias e livremente escolhidas. Uma pessoa não se pode impedir de pensar imenso noutra e de sofrer caso ela não retribua o amor que lhe dedica, mas pode perfeitamente escolher não falar com ela, não se encontrar com ela, não lhe oferecer presentes, não ir para a cama com ela, etc. O que permite acalentar a esperança de os seres humanos possuírem algum (pelo menos) livre-arbítrio – caso essa margem de escolha exista também noutras situações da vida.

1 comentário:

Anónimo disse...

Esta situação aplica-se a tantas outras na vida no dia a dia, mas o principal exemplo é este, é o mais comum de todos.
Mas na minha opinião, por vezes o amor que poderemos sentir por uma outra pessoa pode ser tão grande, que nos leva a actos irreflectidos. Acho que também depende da personalidade da pessoa... Esta pode ser mais tímida ou extrovertida, pode ser mais ou menos capaz de tomar decisões prematuras por causa do amor que sente por outrém.
Uma frase que gosto muito é a de Platão: "Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando o amor toma conta dele". Por falar em Platão (uma das mentes mais brilhantes da Humanidade), faço referência à tal expressão do "amor platónico", pois em muitos casos, quem não consegue viver um amor real, que se toca e se sente e que tem imperfeições, limita-se a sonhar com um amor impossível, um amor perfeito, que não existe....
Mas voltando ao assunto inicial, a verdade é mesmo essa, não podemos controlar o amor que sentimos por alguém, mas podemos controlar as nossas acções... Agora a questão é: e se uma pessoa sente um amor tão forte, que é até capaz de praticar acções irreflectidas? Poderá mesmo controlar as suas acções?