domingo, 3 de junho de 2012

Os alunos da Pinheiro à descoberta da Matemática na arte (1)

_MG_0210 Fotografia de Samuel Camacho do 11º F.

A visita ao CAM (Centro de Arte Moderna da Gulbenkian) foi bastante enriquecedora, pois tivemos oportunidade de perceber como é que  a análise de certas obras arte se pode relacionar com ideias matemáticas.

As obras de arte, que vimos durante a visita guiada, estavam organizadas em níveis.

No primeiro nível, as obras observadas eram caracterizadas por serem em 2D (duas dimensões). Por isso, havia simetria em certos detalhes e o desenho estava orientado conforme dois eixos: o eixo X e eixo Y. Existiam translações, círculos e circunferências. O quadro que observamos para ilustrar estas características foi o da pintora Beatriz Milhazes.

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“Primavera” de Beatriz Milhazes (uma pintora nascida em 1960). Para mais informações sobre esta exposição, ver aqui.

No segundo nível, as obras de arte observadas produziam ilusões óticas no espectador. Transmitiam, por exemplo, a sensação de profundidade e de movimento. Foi o caso de uma bola que parecia flutuar em cima de fitas. Ao longe, aparentemente, a bola parecia leve e suspensa no ar. Contudo, este efeito de leveza não era real, ao aproximar-nos verificámos que as fitas eram pesadas - eram de ferro tal como a bola - e eram elas que suportavam o elevado peso da bola.

Outra obra analisada - constituída por uma sequência de fotografias - era da autoria da pintora Helena Almeida. Inicialmente, via-se a uma fotografia da pintora com um pincel na mão com tinta azul. A sensação que nos dava é que a mão ia pintando um bocado de tela cada vez maior. O que nós víamos é que depois de pintar a tela azul, havia uma mão que empurrava a cortina de tinta azul e a afastava. Ao olharmos a sequência de imagens tínhamos a ilusão de movimento, como se o pincel ou a mão pudessem, de facto, produzir o efeito da tinta a aparecer ou a desaparecer. Mas, na realidade, eram apenas os nossos sentidos a enganarem-nos. O que, de facto, aconteceu foi as fotografias terem sido pintadas como se fossem uma tela. A sensação de profundidade e de movimento eram, portanto, aparentes e não correspondiam à realidade.

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As fotografias de Helena Almeida que observamos no CAM.

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A guia da visita mostrou-nos - para ilustrar algumas das ideias que estavam presentes na sequência de fotografias que observáramos anteriormente – uma outra sequência de fotografias, da mesma artista, que produziam uma imagem distorcida da realidade: como se a linha, desenhada na mão com a caneta, pudesse ser um bocado de fio que os nossos dedos pudessem sentir e manusear.

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«Sente-me» de Helena Almeida, 1979.

Georgeta, Jéssica e Tatiana, 11º C

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