Segundo a UNESCO, dia 20 de Novembro, é o DIA MUNDIAL DA FILOSOFIA.
A melhor forma de celebrar este dia é debater ideias. Afinal, a capacidade argumentativa e a atitude crítica – que o estudo da disciplina de Filosofia permite desenvolver – devem PRATICAR-SE nas aulas e na nossa vida em geral. A menos que queiramos viver sem pensar por nós próprios, escravos dos preconceitos, da opinião da maioria, dos interesses instalados, das falsas autoridades e por ai adiante...
Assim, fica o desafio (dirigido a todos os alunos da escola e a outros eventuais interessados) - apresentem a vossa opinião e debatam (na caixa de comentários deste blogue) a seguinte questão ética:
Devemos fazer o que está certo mesmo quando não ganhamos com isso?
Ao responder tem em conta o exemplo da notícia de jornal: Como agirias se fosses um dos três funcionários na situação seguinte? Porquê? (Também podes assinalar a tua resposta no questionário online na barra lateral deste blogue.)
“Três funcionários da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim foram distinguidos pela autarquia com um voto de louvor por devolverem um envelope com mais de quatro mil euros que encontraram num centro de processamento de lixo.
Fonte autárquica disse hoje à agência Lusa que o envelope, com o dinheiro e cheques, foi detetado (…) por trabalhadores municipais que procediam à separação de papel. O envelope continha um depósito no valor de 4407 euros feito pelo cliente de um banco numa dependência desta instituição e que, por descuido, terá caído num balde do lixo. Seguiu, depois, o trajeto normal dos resíduos até ao ecocentro. Após os três funcionários terem encontrado o pacote, fizeram-no chegar aos responsáveis da Câmara Municipal que, por sua vez, o entregaram à instituição bancária em causa, identificada no envelope.”
Jornal Diário de Notícias de 18-11-2014.
Além do que se pode ganhar numa discussão – a oportunidade de aprendermos uns com os outros –, os dois melhores textos argumentativos dos alunos da escola serão publicados num post deste blogue e receberão como prémio o livro “Logicomix: Uma Busca Épica da Verdade”. Além de ser escrito numa linguagem acessível e clara, este livro de banda desenhada tem um discurso rigoroso do ponto de vista científico e filosófico e é graficamente atraente. O difícil neste livro (que é um enorme sucesso internacional) é mesmo parar de o ler. Para saber mais, ver AQUI.
Informações úteis:
- Só serão considerados a concurso os comentários enviados até cinco dias a contar da data de publicação deste post.
- A publicação dos melhores trabalhos dos alunos da escola e a atribuição dos prémios ocorrerá na primeira semana de aulas do 2º período, em data e lugar a anunciar. O júri é constituído por dois professores.
- Os alunos da escola devem escrever, no final, o nome completo e a turma a que pertencem. Quando o comentário enviado exceder o número de palavras permitido, devem dividir o texto em dois comentários diferentes (escrevendo parte 1 e 2) e colocar o nome em ambos.
- O blogue possui moderação de comentários, por isso os textos dos alunos não são publicados imediatamente, só após aprovação dos autores.
31 comentários:
Desde minha leiga opinião, é impossível fazer algo certo ou errado sem ganhar nada em troca. Algo só se faz certo porque se ganha algo bom ao fazer-lo. Seguindo esta lógica, a palavra "certo" na pergunta carece de qualquer valor recompensatório tornando palavra "devemos" em uma imposição, transformando de esta maneira a pergunta em uma pergunta retórica. Nesse caso, e só nesse caso e num contexto social, só deve ser feito o "certo" quando formos fiscalizados. Se não, faz o que você bem entender.
“Devemos fazer o que está certo mesmo quando não ganhamos nada com isso?”
Esta é a questão do post do dia 19 de novembro, que deriva da notícia dos três funcionários que entregaram uma quantia elevada de dinheiro ao dono, sendo assim necessário responder à questão “Como agirias se fosses um dos três funcionários na situação seguinte? Porquê?”. Passo, então, a defender a minha visão.
Abordámos e estudámos, no 10º ano, a ética normativa e os pontos de vista de Emmanuel Kant e John Stuart Mill. Contudo, sabemos que esta área é extensa e que há mais do que dois pontos de vista possíveis.
Teremos de responder à questão “O que é ganhar?”, porque as definições são importantes na Filosofia, não podemos deixar de explicitar as nossas ideias. Considerarmos o ganho como um acréscimo de algo, mas não sabemos ainda de quê. Usemos, portanto, o senso comum como ponto de partida.
Se olharmos a questão do ponto de vista normativo, poderemos perguntar “Qual é/são o(s) bem(s) último(s)?”. É algo complexo, difícil de alcançar, quanto mais explicar. Sabemos no entanto que, se cumprirmos o nosso dever, um dever sólido, legítimo, claro e honrado, ganhamos prazer disso, quer o admitamos, quer não.
Podemos então admitir que o prazer entra na equação, quer o dever entre ou não. O prazer parece ser a nossa motivação, de um modo muito impícido, dependemos dele para criar objetivos, relembrar memórias, imaginar futuros. Mesmo na mais desesperada situação, temos prazer da vida, queremos salvá-la. E quando pensamos que tudo está perdido e que mais vale morrer, aí pensamos que estamos a cumprir uma espécie de dever, que não vale a pena sofrer ou fazer sofrer.
Sabemos ainda que, sendo o ser humano um animal com um sistema nervoso complexo, há hormonas intimamente associadas a momentos de prazer e impulsos nervosos específicos a dor. Mas isto não equivale a dizer que o Homem é um fantoche, cujo mestre é o Universo químico e físico. Temos autonomia, quer seja muita, pouca, individual ou universal. Isto basicamente diz-nos que temos algum tipo de dever, mas qual será? Poderíamos ter autonomia, ser capazes de nos delimitar em relação ao Universo sem ter algum tipo de compromisso para com este? Dificilmente.
Podemos então concluir que, baseando-nos no dia a dia de seres humanos, na presente sociedade, há uma ideia, ainda que um pouco nebulada, do que é o prazer último. Mas poderá ser universal, igual para todos, intemporal e independente da espécie racional? Ainda que possamos ser céticos em relação a tudo e o afirmarmos, temos de nos basear no valor de verdade de premissas, até as premissas que formam argumentos radicalmente céticos. Aí, não há maneira de um cético obstinado escapar, porque vai sempre parar a um paradoxo. Ora, essa pessoa poderia afirmar que o paradoxo não tem legitimidade, que a própria lógica pode estar ou está errada, é necessário encontrar os fundamentos de todo o pensamento. Pois bem, muitos já tentaram e falharam, muitas vezes levando à loucura, poucas vezes à lucidez. E a loucura, por mais perverso que o universo podesse ser por obra de um génio maligno, é prejudicial, porque nos distorce o pensamento que tentamos usar para o legitimar. Sim, isto é redundante, mas é necessário. E, portanto, sim, acho que o(s) prazer(es) último(s) são universais e objetivos.
(continua)
Óscar Amaro 11ºB nº12
Ora, depois de todo este palavreado, ainda nos podemos questionar se a lógica, sendo o bloco de construção de tudo o resto, não será o bem último. Pois bem, não faria muito sentido. O dever e o prazer, por mais que investiguemos, são projeções de emoções e estas são também projeções da nossa realidade. Se a lógica é o bem último e se a lógica só pode ser bem usada se as informações antecedentes forem verdadeiras, o bem último depende da verdade total, pois só esta nos poderia fazer sentir realizados. Lamentavelmente, a verdade total não parece ser alcançável, pelo que nos devemos manter pelas sombras de lógica e emoções.
O conhecimento poderia ainda ser um “instrumento”, um bem último intermédio para alcançar a lógica suprema, mas temos uma memória limitada, tão limitada que muitas vezes nem nos lembramos de experiências vividas, quanto mais de um Universo.
Eu não defendo que haja um bem último que é incontornável, independentemente do paradigma, acho que dizê-lo é ser ingénuo ou arrogante. Há sempre informação oculta, o que não nos permite fazer juízos de valor intocáveis nem decisões puras. Quanto muito, podemos discutir sobre este caso e tentar retirar algumas conclusões.
Assim sendo, parece-me razoável continuar a deliberação, direcionando agora a nossa atenção para o caso particular mencionado no post e em vários meios de comunicação social.
Pelo que entendo, os três trabalhadores entregaram o dinheiro ao respetivo dono (um banco) e que não era a primeira vez que tal acontecia. Por falta de conhecimento sobre o assunto posso especular sobre as suas motivações, as suas dúvidas e hesitações. Será que agiram sem pensar duas vezes, que seguiram os seu código ético à letra? Será que já tinham sido avisados e que cumpriram o seu “dever” profissional e não ético? Terão as intensões algum peso na moral da ação? Eu não o questiono para ofender, apenas para tentar chegar ao cerne da questão.
Se o fizeram porque pensavam que cumpririam o seu dever enquanto seres humanos honestos que defendem o direito à (alguma) propriedade, então agiram bem. Se o fizeram porque pensavam que ao cumprir o dever se sentiriam mais felizes, então agiram bem. Se o fizeram para ganho próprio (fama, honrarias, dinheiro), mas descartando a razão e "o bem último", então agiram mal. O mérito e recompensa monetária são consequências (positivas/negativas), não poderão ser a motivação (causa). Isto, considerando que agiram de livre vontade.
Respondendo, então, às duas questões: 1) Trata-se de uma dupla interrogação. Quando fazemos o que está “certo” ganhamos sempre algo com isso, seja uma consciência mais leve, ou o reconhecimento ou exemplificação. Devemos sempre fazer o “certo”. 2) Trata-se de um paradigma que desconheço, mas sei que, se o dinheiro tivesse sido ganho legitimamente e que ia ser usado numa boa causa, sim, teria entregue o dinheiro ao respetivo dono. Mesmo no caso de emergência financeira ou discordâncias com as ideologias (legítimas) do dono, o “dever” (aparente ou não) parece ser entregá-lo. Em caso de dúvida sobre a fonte de dinheiro, a competência do dono ou a funcionalidade do sistema penal e polícia, dever-se-á entreguá-lo a alguém absolutamente credível, o que pode não ser possível. Mas nessa situação a responsabilidade é também da sociedade, por não ter criado condições favoráveis à justiça, sendo a possível imoralidade patilhada por todos. Ora, se tal acontecer, poderemos estar a vivenciar uma distopia. Nesta situação, se acharmos que estamos completamente lúcidos, se tivermos provas de tal e se acharmos que não há autoridade moral a não ser, talvez, a nossa, então deveremos fazer o que pensamos estar certo e remodelar o sistema, sendo a entrega do dinheiro a menor das nossas preocupações.
Espero ter respondido a todas as questões de forma clara e concisa.
Óscar Amaro 11ºB nº 12
Escola Secundária Pinheiro e Rosa
Boa noite. Reparei, ainda que tardiamente, que não identifiquei as partes 1 e 2 da argumentação, pelo que a 1ª parte começa com o título interrogativo e a 2ª acaba com a identificação da escola. Atenciosamente,
Óscar Amaro 11ºB nº12
Escola Secundária Pinheiro e Rosa
Discernimento, coragem, honestidade, respeito pelo “outro”, entre outros talentos do espírito, são sem duvida desejáveis, pois espelham o bom caráter. Contudo, estes esbatem diariamente com as múltiplas situações com que nos deparamos.
As minhas ações diárias são movidas por máximas que cultivo e agir em conformidade com o dever é materializar a minha vontade.
"Devemos fazer o que está certo mesmo quando não ganhamos com isso? Se eu encontrasse uma quantia considerável de dinheiro devolvê-lo-ia?"
As questões colocadas suscitam em nós um debate moral e a resposta às mesmas implica sinceridade.
Considero que se ganha sempre algo com as nossas ações independentemente de qual escolhermos. O valor do que se ganha é que é diferente e cada pessoa sabe a importância que cada valor tem para si.
A vontade e a faculdade de escolher só aquilo que a razão reconhece como correto são unas. Contudo nem sempre a razão determina suficientemente a vontade. Por vezes esta está sujeita a condições subjetivas.
As dificuldades extremas tornam o ser humano corrompível e nem sempre a razão e o agir correto vencem as nossas emoções ou motivações.
Se a vida de uma pessoa que amo ou até a minha própria vida dependessem de uma ação minha, provavelmente enfrentaria um árduo dilema moral, pois não agiria tendo apenas em conta os meus princípios.
Se eu encontrasse dinheiro e se este se revelasse vital para mim, provavelmente não o devolveria. Tal afirmo hipoteticamente, pois tudo dependeria das circunstâncias do momento.
O ser humano cultiva a imagem perfeita e alimenta-se do elogio. Afirmarmos que todas as nossas ações são desinteressadas e visam apenas o dever em consonância com a nossa vontade, sem ter em conta todo e qualquer condicionalismo, é mascarar as nossas inclinações e emoções. Não somos seres perfeitos e o nosso entendimento é frequentemente desafiado pelos nossos sentimentos. Face a um dilema moral, a minha resposta será sempre a mesma: As minhas ações traduzem princípios que defendo convictamente, contudo não são inabaláveis.
Vanda Evaristo, 11º A
A minha opinião relativamente à questão ética apresentada é que independentemente de nós não ganharmos nada ao fazer aquilo que se considera ser o mais acertado, devemos sempre faze-lo, pois, mais tarde poderemos vir a ser de alguma forma “recompensados” por esse nosso ato.
Essa “recompensa” na minha opinião, nunca será imediata, mas no momento em que mais necessitarmos, Deus dá-la-nos-á, pois Ele é o único que pode fazer isso.
A questão de ser o mais certo, não é assim tão simples como parece, pois não significa que aquilo que por exemplo a Maria acha que está mais certo, seja o mesmo que o João acha. A Maria pode considerar acertado ficar em casa a estudar, em vez de ir ao cinema, mas o João pode achar o contrário. Isso depende de cada um: da maneira de ser; daquilo em que cada um acredita; e ainda de condicionantes da ação, como por exemplo a educação e a cultura que lhe foram transmitidas.
Na minha opinião, devemos sempre fazer o que está certo, não só por nós, mas também pelos outros, porque se cada um de nós fizer o mesmo, o mundo será melhor, mais calma e menos problemático: não haverá tantos roubos, assaltos e discussões, contudo, acho que praticar o bem, que é aquilo que está certo, dá-nos sempre uma certa satisfação. Por exemplo eu: quando faço uma coisa boa, aquela que eu considero o mais acertado, sinto-me realizada, completa e no fundo uma boa pessoa.
Acrescento ainda, que os “Três funcionários da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim [que] foram distinguidos pela autarquia com um voto de louvor (...)” mereceram, sem dúvidas, esse louvor. Não é qualquer pessoa que faz o que eles os três fizeram. Eles foram muito corretos e de alguma maneira foram honestos. Desta forma, mereceram plenamente essa distinção.
Se eu estivesse no lugar dos três funcionários destacados na notícia, tenho quase a certeza que faria o mesmo, escolheria entregar o dinheiro, em vez de ficar com ele. Eu entregaria o dinheiro encontrado, à Câmara Municipal, para que depois pode-se chegar à instituição bancária em causa, tal como os funcionários fizeram.
Para concluir, todos nós, seres humanos, devemos sempre fazer o que está certo, para conseguirmos ter um mundo melhor e para nos sentirmos realizados com nós próprios.
Victoria Sajin nº22 10ºD
Poderei voltar a enviar o comentário até o último dia.
Na minha opinião, apenas se deve fazer o certo, quando se tem algum incentivo para faze-lo, no entanto deve fazer o que está moralmente correcto quer se ganhe algo quer não. Suporto a minha ideia pois se há atos que são moralmente corretos mas no entanto incorretos enão nao se torna num dever ter que os realizar. Se esses atos que nao são corretos não recompensados são voluntários então sempre que houvesse uma situação em que ocorresse um desses casos seria impossível de saber se alguem iria fazer o que está certo ou nao. Visto que nao seria possivel para mim de saber se alguem iria fazer algo certo então não deveria ter que fazer o mesmo se acontece-se a outra pessoa. Por exemplo caso encontra-se dinheiro perdido e não houvesse ninguém a procura dele, na minha opinião, deveria-se ficar com ele pois nao é moralmente incorreto, porque nao roubei a ninguém,e se nao ficasse com ele iria perder dinheiro indiretamente por nao ter ficado com ele, e poderia acontecer que outra pessoa tambem achasse o dinheiro e decidisse ficar com ele, ou se o fosse entregar ás autoridades poderia nao receber algo em troca, fazendo assim algo correto mas que não me garantisse que se o mesmo me acontecesse iria ser procedido da mesma forma.
José Miguel Barão Carolino 11a
Na minha opinião, nós temos o direito de usufruir de tudo que nos pode dar prazer ou felicidade. E com isto, eu quero dizer que se eu me deparasse com tamanha quantia, eu não a iria devolver. Eu não quero transmitir que nos deva faltar talvez o bom senso ou a moral, que cativa o nosso coração a fazer a escolha certa, mas sim, a apelar ao nosso cérebro e que este faça o que e melhor para nós mesmos. Claro que podemos sempre atuar da forma mais acertada, mas sejamos sinceros, os humanos por definição são egoístas e gananciosos. Mesmo que o ser humano faça tal ato altruísta, ele estará sempre a pensar em alguma maneira de adquirir os benefícios do ato realizado, quer no ponto de vista moralmente correto, que será a atenção e ao mérito de honestidade e de bom cidadão, dado ao indivíduo, quer do ponto de vista que poderá ser descrito como a falta de moral e caráter, que acontece de uma situação onde o sujeito apenas tira proveito, não pensando nas repercussões, que o feito poderá causar.
TEXTO DE Anderson da Silva Delgado
Na minha opinião, acho que todas as pessoas devem ter uma atitude correta mesmo que isso não as beneficie.
Este problema social começou há vários anos atrás e têm-se vindo a agravar cada vez mais, as pessoas têm-se tornado cada vez pior e, qualquer dia já não conseguimos viver em sociedade podendo ser nós próprios ou fazendo algum tipo de boa ação sem que nos critiquem. Cada individuo olha apenas para o seu próprio umbigo e fica feliz com a dor do próximo. Como é que um país consegue evoluir assim? Já ninguém é honesto, sincero ou até mesmo humilde, de tantas coisas boas no mundo, as pessoas (pelo menos os portugueses) souberam escolher as piores, mas, ainda conseguimos recuperar esse aspeto negativo, assim como ainda existem (poucas) pessoas que se preocupam com as outras e que gostam de ajudar.
Como podemos ver nesta notícia, estes 3 senhores tiveram uma atitude de bravura, graças a esta atitude, foram reconhecidos por cometerem um ato bom. Agora, analisando todos os lados desta situação, os 3 funcionários poderiam apenas ter entregue o dinheiro para receberem uma recompensa, ou então, se algum tivesse a passar graves dificuldades, será que conseguiria resistir à tentação? Isso já depende do caráter e da situação económica e educacional de cada um.
Se eu fosse um daqueles 3 bons homens, eu teria entregue o envelope ao proprietário do dinheiro e teria-o feito pessoalmente. Caso ele me desse algum dinheiro em troca, eu reverteria para uma instituição de caridade porque iria sentir que não merecia aquele dinheiro, na realidade, eu só estaria a fazer o meu trabalho de separar o lixo.
Na minha opinião devemos sempre fazer o que está certo apesar de não ganharmos nada em troca,pois ao estarmos a agir da maneira certa estaremos a beneficiar os outros sem nos estarmos a prejudicar a nós mesmos,o que considero ser uma boa atitude enquanto pessoa e cidadão,e uma ação moralmente correta do meu ponto de vista. Segundo Kant ,este problema não teria qualquer tipo discussão pois segundo a sua ética um pessoa deve sempre praticar a ação mais acertada quer se ganhe ou não algo com essa ação pois estaremos,a fazer algo moralmente correto.Caso praticássemos essa ação com outros interesses já não estaríamos a fazer algo moralmente correto.
Respondendo agora a pergunta do jornal,eu devolveria o dinheiro pois estaria a praticar uma ação correta e estaria como consequência a tornar o dia dessa pessoa num dia bastante mais agradável.
Diogo Craveiro nº8 11º A
O objetivo do post é nos fazer refletir sobre tal ato em que; trabalhadores de um eco Centro acham um envelope, ao meio de resíduos de papel, contendo 4407 euros, com o nome da pessoa que havia deixado o envelope cair à lata de lixo, que por fim, é devolvido ao dono pelos trabalhadores, sem nenhuma recompensa em troca. Nos visa então, responder se faríamos o mesmo, ou se ficaríamos com o envelope, pois afinal, “achado não é roubado”, certo?
A ideia principal não é dizer o que é o certo ou o errado, mas fazer com que cada um reflita sobre si, e sobre seu caráter, se seria ético ou não o que realmente faríamos.
Pense só; você é de uma família pobre, seus pais estão desempregados, e estão passando por necessidades, e em um dia qualquer, você acha um envelope com 4407 euros. Não iria pensar em ficar com o envelope?
Há de cada um pensar, realmente, sobre o que deveríamos fazer, devolver o envelope ou ficar com ele. Ao meu ponto de vista, e sob os meus conceitos e costumes, eu iria entregar o envelope, afinal, antes de qualquer necessidade e de qualquer vontade, o dinheiro não é meu, não seria o certo para mim ficar com ele. Olho por mim, e pergunto para eu mesmo, seria ético eu ficar com o dinheiro?
- Hudson Silva Dutra Júnior
Ano: 11º A
Na minha opinião acho que, independentemente do valor do objeto, se não nos pertence e se sabemos de quem é, não devemos ficar com ele. Neste caso, acho que os três funcionários agiram conforme o seu dever e serem condecorados por isso, por um dever moral, não me parece ser razão para todo esse louvor. Penso que qualquer pessoa deveria fazer o mesmo em circunstâncias parecidas. Se eu fosse o dono do respetivo objeto (dos quatro mil euros) tentaria agradecer de alguma forma aos funcionários.
Em conclusa, acho que aquela notícia transmite a ideia de que só devemos fazer o que está certo se, de alguma forma, sairmos beneficiados com isso. E isso trás uma má imagem para a sociedade, pois se, só pelo facto dos três funcionários terem entregue o envelope com o dinheiro têm direito a uma condecoração, quer dizer que isso não acontece muitas vezes, ou seja, as pessoas não lhes “mói” na consciência fazerem ou ficarem com algo que não lhes pertence. E isto evidência maus princípios/educação.
“Achado não é roubado; mas não devolver é crime”
Alexandra G. 11º A
Tiago Silveira 11º A
Eu penso que devemos sempre fazer o que está certo, mesmo que, por vezes, não ganhemos nada com isso (dinheiro, poder, ou outro tipo qualquer tipo de benesse). Acredito que esta é a melhor posição a defender, e explico porquê. A espécie humana é conhecida pela sua grande falta de compaixão e a GRANDE maioria das pessoas, numa situação onde têm de optar entre ajudar o outro ou beneficiar com a sua escolha, tomariam a segunda opção sem pensar duas vezes. Por isso defendo que devíamos praticar sempre o bem sem pensarmos nos benefícios, pois assim entraríamos num “ciclo de boas ações”, onde todos seriam beneficiados, porque, apesar de não sermos sempre beneficiados, haverá situações onde as ações dos outros nos beneficiarão e situações onde nos ajudariam. No meu ponto de vista, algo que está muito mal na sociedade é a normalização e o incentivo à prática de ações que visam prejudicar o outro a todo o custo e isso é algo que me entristece muito e que tentarei contribuir para a abolição destes pensamentos na sociedade ao longo da minha vida.
Se me encontrasse na situação apresentada, devolveria o dinheiro ao seu dono por duas razões: Pois é o que está certo fazer, o dinheiro não é meu logo não tenho direito em ficar com ele e porque, se por algum motivo um dia andar com mais de 4 mil euros e os perder, gostava que a pessoa que a encontrasse tivesse a decência de me devolver o dinheiro, tal como eu o devolveria se fosse eu que a encontrar.
Sim, porque o que conta, não é, a parte material, mas sim, a consciência do dever cumprido.Posso não ganhar nada materialmente com a minha atitude, mas fico enriquecido como pessoa e como ser humano consciente e correto dando o meu exemplo para uma sociedade mais justa.Posso não ganhar recompensa material ou monetária mas ganho como ser humano, e, sinto-me feliz por fazer o bem, o que acaba por ser uma recompensa da minha atitude.
Daniel Relva 11ºA Nº5
Se eu fosse um dos funcionários municipais ao encontrar-me numa situação como esta, de grande responsabilidade, ficaria sem saber o que fazer.
No momento em que encontrasse o envelope com dinheiro o meu primeiro impulso seria ficar com ele, visto que se encontrava num envelope de uma instituição bancária podendo pertencer a alguém com boas condições financeiras. Assim, caso me encontra-se em dificuldades económicas pensaria ficar com o envelope pois como o provérbio diz “achado não é roubado”. Contudo, após refletir perceberia que esta não seria uma acção moralmente correta, pois independentemente do proprietário do dinheiro, este não me pertencia. Então, no meu caso devolveria o envelope com o dinheiro ao seu dono e ficaria com a consciência tranquila. Apesar de não o fazer com o objectivo de ser homenageado ficaria feliz se a minha entidade empregadora me valorizasse.
Tiago Miguel Silva Nº23 11ºA
Na minha opinião, devemos agir de acordo com o achamos certo, mas o que achamos certo pode ser, por vezes, o contrário do dever. No caso do envelope, os funcionários agiram da maneira que eles acharam certa mas meramente conforme ao dever, ou seja, tinham um interesse em devolver o envelope, esperavam uma recompensa que lhes foi dada.
Se eu estivesse na situação dos funcionários e tivesse o salário de um trabalho como o deles, pensaria que o que é achado não é roubado e agiria contra o dever contra o que achava certo e ficava com o dinheiro, porque ninguém iria saber do que aconteceu e 4407€ seria uma grande ajuda numa situação financeira daquelas.
Miguel Matos 11ºA
Na minha opinião, devemos sempre fazer o que está certo mesmo que não ganhemos nada com isso, porque ao praticar o bem sentimo-nos bem connosco próprios e sentimos que fizemos uma coisa boa.
O bem não é agir com segundas intenções, por muito inofensivas que estas possam ser; o bem deve ser feito de uma forma completamente desinteressada de qualquer benefício que dele possa advir. O bem está assente na inocência da ação, não nas suas motivações.
Todos nós precisamos de fazer o bem, de procurar o bom, de sentir a inocência de agir e a pureza de ser, simplesmente, bom. É algo que nos torna mais felizes. Todos nós deveríamos ter a oportunidade de ser bons, porque não ganhamos nada com isso, mas também não perdemos.
Se eu fosse um dos funcionários, eu devolvia o dinheiro porque se eu ficasse com ele ia arrepender-me e ficar com a consciência pesada e iria estar sempre a pensar: “ E se tivesse devolvido?”, portanto eu devolvia-o porque sabia que estava a fazer o que estava certo e isso é suficiente para mim.
Patrícia Marlene Moreira Maciel, nª17, 11ªA
Primeiro que tudo, vamos começar com o exemplo dado, os três funcionários que encontraram o envelope poderiam muito bem ter ficado com ele e dividido o dinheiro que estava la dentro pelos três mesmo que o dinheiro ficasse mal distribuído, porque 4407 não da para dividir por três pessoas em partes certas, mas mesmo assim, se ficassem com o dinheiro isso poderia originar uma discussão entre os três, porque um teria de ficar com menos dinheiro e outro com mais, ou vice-versa.
Vamos só aqui esclarecer um conceito, o de fazer o que está certo, para mim fazer o que está certo, é fazer a melhor decisão para beneficiar da melhor maneira a pessoa, ou pessoas, envolvida/as, sem querer nada em troca, não queira dizer que todas as pessoas concordam com este conceito de fazer o que está certo, porque cada um tem uma noção diferente de fazer o que está certo.
Neste exemplo, para mim os funcionários fizeram o que estava certo, ou seja encontraram o envelope com o dinheiro e entregaram-no aos responsáveis da Câmara Municipal, sem pensarem em receber nada em troca, e isso era o mais acertado a fazer, não querendo dizer que se tivessem ficado com o dinheiro alguém fosse descobrir e até puni-los mas, mesmo não pensando nisso e numa eventual recompensa que poderiam receber, entregaram o envelope logo assim que o encontraram.
Agora pensando se fosse um dos três funcionários, eu procederia da mesma maneira que os três funcionários, embora secalhar pensasse em receber algo em troca mas confesso que se isso não acontecesse não ficaria chateado ao ponto de me arrepender pela ação antes feita.
Eu sei que me posso estar a contradizer com o que disse ainda a pouco, mas a minha noção de fazer o que está certo é essa, mas não implica que em todas as vezes eu a siga, porque de vez em quando eu faço ações não só porque quero, mas também porque espero algo em troca, quando são cenas difíceis ou muito complexas, mas para mim os três funcionários agiram bem e eu agia exactamente da mesma maneira que eles, só que lá no fundo iria esperar algo em troca.
Hugo Lopes, 11ºA nº 11
A meu ver acho que sempre que fazemos algo errado ou certo perdemos ou ganhamos sempre alguma coisa. No exemplo dos funcionários, eles não ganharam nada que envolvesse bens materiais, mas sim ganharam prestigio, respeito e louvor por parte da Câmara Municipal e por parte da população da Povoa do Varzim, e também por parte dos leitores do jornal que publicou o artigo.
Em resposta à pergunta do exemplo do jornal, a minha ação dependia da minha situação económica (pois 4407 euros, para uma pessoa que não tem grandes poderes económicos, vinha mesmo a calhar), mas se tivesse uma vida estável e não necessitasse desse dinheiro devolvia.
João Tiago Ferreira Melo; Nº12; 11ºA;
ESPR
Na minha opinião, nem sempre fazer o que está certo é fazer a coisa certa.Eu, se fosse um dos funcionários não entregaria o dinheiro, pois pensaria primeiro em mim e nas minhas necessidades, mas acho louvável que os três funcionários tenham tido a coragem de o terem entregue, pois no estado de crise em que o país se encontra, poucas pessoas o fariam.Este é um dos casos em que fazer a coisa certa, nem sempre é fazer o mais correto, pois se os funcionários tivessem decidido ficar com o dinheiro, certamente poucas pessoas os poderiam censurar.
Leonardo Mascarenhas, 10ºD, Nº12
Se eu estivesse no lugar daqueles 3 homens, eu optaria por ficar com o dinheiro, penso que não vale a pena estar com rodeios, pois é óbvio que se estivesse lá ficaria com a quantia, eu ou qualquer outra pessoa.
É claro que se me questionarem à cerca deste problema ético, eu respondia segundo a minha consciência que vai de acordo às normas morais que me foram incutidas e transmitidas ao longo da minha vida,entre as quais a honestidade e humildade.
Segundo esta, ficar com o dinheiro seria moralmente incorreto, mas dadas as diversas circunstâncias em que vivemos, a instabilidade financeira, a economia e a política,que são fatores constantes decisivos para a aquisição do dinheiro, mesmo que estas anomalias não se verifiquem. Na sociedade, a tendência das pessoas era sempre ficar com o dinheiro.
Na prática as pessoas tinham a quantia na mão e esqueciam quaisquer valores morais em que acreditavam, não devolviam o capital ao banco, de certeza, exceto os 3 honestos homens e com boas intenções.
Mas isso é pouco provável de acontecer, aconteceu neste caso, mas quantos casos destes terão ocorrido e as pessoas não seguiram os valores éticos?
E se soubessem que o dono da quantia era rico, eu ou qualquer outra pessoa teria o pensamento mais comum, que seria:
"Ele não precisa do dinheiro, logo fico com ele"
Duarte André Jesus Ventura
11ºA nº9
Imaginando que hipoteticamente fosse eu a pessoa que encontrasse o dito envelope, por uma questão de princípio, agindo de forma moralmente correcta e de acordo com os valores que me foram incutidos e a que fui submetida desde a nascença devolveria o envelope, sem qualquer esperança de ser recompensada. Se quisesse ser recompensada, simplesmente ficaria com o dinheiro, porque não é o princípio que me rege esperar uma recompensa, mas sim devolver o que não me pertence. Porquê? Se uma pessoa age de uma maneira correta (dentro dos pontos abrangentes do senso comum) qualquer sentimento corrupto como a apropriação do que não me pertence e falsos sentimentos disfarçados de uma forma imaculada automaticamente seria uma ação errada, logo, entregar o envelope com o intuito de ser premiado, materialmente ou apenas para se sentir melhor consigo mesmo e acariciar o ego, seria uma ação viciada. Porém, não existe tal coisa como um indivíduo puro e incorruptível, nem tal coisa como "bem" ou "mal", tudo é relativo e questionável dependendo dos princípios pelos quais nos regemos.
Na minha opinião, não há nenhum "certo" ou "errado", cada um acredita no que quer para estar certo e no que quer para estar errado, ou seja não há definição geral para certo nem errado o que torna esta pergunta numa retórica, e respondendo há pergunta, penso que devemos agir como o que achamos estar certo, mesmo que n recebamos nada em troca.
José Rosário nrº13 11ºA
Eu acho que todos iriamos pensar "Será que aquela pessoa necessita desde dinheiro como eu ?" "Talvez essa pessoa é rica".
Por vezes nós podemos não pensar e agir-mos logo, mas provavelmente uma pessoa que ficará a pensar sobre aquele dinheiro talvez iria pensar "não é correto eu ficar com este dinheiro".
Na minha opinião eu iria entregar há policia pois esse dinheiro não pertence.
Eu não sei se iria mesmo entregar o dinheiro porque nunca estive nessa posição mas se ficasse com o dinheiro provavelmente sentiria me mal.
Marinela Nº15 10ºD
Na minha opinião deve se fazer o que está certo mesmo quando não recebemos algo em troca, pois só o facto de sabermos que ajudámos alguém ou apenas fizemos a coisa certa numa dada circunstância faz com que fiquemos bem connosco próprios e de consciência livre porque sabemos que fizemos o que está certo. Na situação em que os três funcionários da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim devolveram um envelope que tinham encontrado enquanto procediam á separação de papel que continha mais de quatro mil euros eu faria o mesmo, pois esse dinheiro pertencia a alguém e esse alguém perdeu o dinheiro , logo se eu entregasse o respectivo dinheiro ao banco referido no envelope ,o banco iria ver ao seu histórico de levantamentos que alguém tinha levantado essa quantia exacta e lhe iria devolver. Concluindo só pelo simples facto de eu saber que teria feito a escolha certa e a pessoa que perdeu o dinheiro tinha o adquirido de novo sentia me bem para comigo mas para com a sociedade em que vivo também.
Se eu encontrasse um envelope com dinheiro que não me pertencesse, faria o mesmo que fizeram os trabalhadores da recolha do lixo.
Em primeiro lugar, porque não saberia qual a origem do dinheiro, visto que este foi encontrado entre os milhões de resíduos dos habitantes de uma cidade. Ou seja, não poderia afirmar com certeza que o dinheiro pertencesse, por exemplo: a uma pessoa com dificuldades ou a uma pessoa rica; a uma pessoa honesta que ganhou o dinheiro de forma justa, ou a uma pessoa corrupta que o ganhou de forma ilícita. Por isso, não poderia garantir o grau de censura do ato de ficar com dinheiro que não é meu.
Em segundo lugar, porque o banco no qual seria depositado o dinheiro estava devidamente identificado no envelope. Ou seja, teria a certeza de que o dinheiro era devolvido à pessoa que o perdeu e não a um dono ilegítimo.
De qualquer das formas, independentemente do grau de censura de ficar com dinheiro que não é meu, acho que não seria eticamente correto fazê-lo. O dinheiro pertence apenas ao seu dono.
Nuno André Silva Guerra, n.º 18, 10.º D
Fazer sempre o que está certo é algo certo, porém, fazer algo que não está certo também pode estar certo.
Certamente podemos pensar que quando somos confrontados com uma decisão que temos de tomar, o nosso instinto é de seguir o que está certo, o que é correto e o que a maioria das pessoas considera como cívico.
Na minha opinião, desenvolver uma ação, mesmo que nada beneficiemos com ela, é algo de benévolo. A precessão de que desenvolver uma ação correta pressupõe uma recompensa não deve, a meu ver, ser tida como aceite, uma vez que fazer o que está certo é uma obrigação e não algo que deve ser distinguido regularmente. As ações certas e as recompensas devem funcionar de maneira independente, uma vez que só deve ser, no meu entender, atribuída uma distinção a quem praticou uma ação correta, não esperando um louvor. Ao deliberarmos sobre o que vamos fazer, devemos ter a perceção de que aquilo que fazemos de certo, não procede uma benesse. Não devemos, em caso algum, fazer com que as nossas “boas ações” se tornem meras obrigações que apenas realizamos por obrigação só e só para receber algo em troca.
Praticar uma ação correta, desenvolve em todos os sentidos a construção de uma sociedade mais justa, onde as ações humanas não se resumem a uma troca direta entre duas fações que necessitam uma da outra para funcionar – o dar, pressupondo o receber.
Num outro entender, poderíamos afirmar que se só praticarmos ações corretas para recebermos algo em troca, quase não existiriam ações erradas, e que a melhor maneira de prevenir ações erradas, seria recompensar aqueles que praticam ações certas. Porém, no meu ponto de vista, o ciclo vicioso que esta lógica pressupõe, estaria na origem do declínio moral do ser humano, que deixaria de ter o seu orgulho e a sua dignidade para passar a estar acorrentado a um ciclo vicioso meramente compreendido entre o dar e o receber.
De uma forma geral, a sociedade onde vivemos hoje, uma face da moeda não se deixa ver sem que a outra se lhe mostre, pelo que, na minha opinião, devemos sempre adotar uma atitude de benévola confiança face as boas ações. Talvez, ao praticarmos uma ação correta, não estamos a receber algo maior do que aquilo que esperávamos receber e que no fim de tudo possa ser aquilo que realmente nos conforta e nos faz praticar novamente uma ação correta.
Bruno Valente 10º D
Fazer sempre o que está certo é algo certo, porém, fazer algo que não está certo também pode estar certo.
Certamente podemos pensar que quando somos confrontados com uma decisão que temos de tomar, o nosso instinto é de seguir o que está certo, o que é correto e o que a maioria das pessoas considera como cívico.
Na minha opinião, desenvolver uma ação, mesmo que nada beneficiemos com ela, é algo de benévolo. A precessão de que desenvolver uma ação correta pressupõe uma recompensa não deve, a meu ver, ser tida como aceite, uma vez que fazer o que está certo é uma obrigação e não algo que deve ser distinguido regularmente. As ações certas e as recompensas devem funcionar de maneira independente, uma vez que só deve ser, no meu entender, atribuída uma distinção a quem praticou uma ação correta, não esperando um louvor. Ao deliberarmos sobre o que vamos fazer, devemos ter a perceção de que aquilo que fazemos de certo, não procede uma benesse. Não devemos, em caso algum, fazer com que as nossas “boas ações” se tornem meras obrigações que apenas realizamos por obrigação só e só para receber algo em troca.
Praticar uma ação correta, desenvolve em todos os sentidos a construção de uma sociedade mais justa, onde as ações humanas não se resumem a uma troca direta entre duas fações que necessitam uma da outra para funcionar – o dar, pressupondo o receber.
Num outro entender, poderíamos afirmar que se só praticarmos ações corretas para recebermos algo em troca, quase não existiriam ações erradas, e que a melhor maneira de prevenir ações erradas, seria recompensar aqueles que praticam ações certas. Porém, no meu ponto de vista, o ciclo vicioso que esta lógica pressupõe, estaria na origem do declínio moral do ser humano, que deixaria de ter o seu orgulho e a sua dignidade para passar a estar acorrentado a um ciclo vicioso meramente compreendido entre o dar e o receber.
De uma forma geral, a sociedade onde vivemos hoje, uma face da moeda não se deixa ver sem que a outra se lhe mostre, pelo que, na minha opinião, devemos sempre adotar uma atitude de benévola confiança face as boas ações. Talvez, ao praticarmos uma ação correta, não estamos a receber algo maior do que aquilo que esperávamos receber e que no fim de tudo possa ser aquilo que realmente nos conforta e nos faz praticar novamente uma ação correta.
Bruno Valente 10º D
Fazer o bem ou o que está certo não é uma forma de ganharmos coisas, mas sim dar um bom exemplo a outras pessoas.
Como a professora deu o exemplo dos três funcionários demonstra bem a situação, pois os funcionários não ganharam nada com a sua ação e fizeram bem ao indivíduo que perdeu o dinheiro,ficando assim de consciência tranquila.
Por isso na minha opinião devemos sempre fazer o que está correto mesmo que isso não nos beneficie.
Taíssa dos Santos 10°D
Eu acho que não devemos fazer o correto quando não ganhamos nada, pois se não ganharmos nada, não vale a pena fazermos o que está certo.
Se fosse um dos funcionários ficava com o dinheiro, pois tinha-o encontrado e iria usar o dinheiro para equilibrar o estado económico em que estaria.
Se devolvesse o dinheiro poderia ser reconhecido, mas eu não queria, pois preferia ser um desconhecido na sociedade.
Se ficasse com o dinheiro, ficaria como um desconhecido na sociedade e aquele que tivesse perdido o dinheiro se o tentasse procurar seria muito difícil descobrir onde estava o seu dinheiro e quem tivesse ficado com ele.
Por estas razões é que eu acho que se fizermos o que está certo e não sermos recompensados não vale a pena, pois o esforço que utilizamos foi, basicamente, em vão e um simples reconhecimento não iria mudar isso.
João Pedro Campos Fialho 10ºD
Na minha opinião, este é um problema filosófico extremamente atual e que diz respeito a todos nós como cidadãos. Talvez a posição que defendo será a que muitos pensam ser a mais plausível, mas eu fico contente se nem todos partilharem da mesma opinião que eu, pois em Filosofia não deve existir consenso. Argumentar é a melhor forma de testar as nossas crenças…
Em primeiro lugar, acho que fazer o que está certo é uma virtude do ser humano. Devemos “ser uns para os outros”, seja qual for a raça, o género ou a idade. Uma ação designada “correta” desencadeia outras ações corretas e assim sucessivamente. Não devemos praticar o que está certo, procurando segundas intenções nisso e/ou mérito por o praticar. Fazer o está correto é a inocência da nossa alma, é a utilização das nossa virtudes, como a generosidade, a sinceridade e a cooperação. Praticar algo certo não é esperar ganhar nada em troca, porque afinal também não perdemos nada por o fazer…É seguir o nosso coração, colocar um sorriso no mundo que nos rodeia e agir por pura espontaneidade.
No caso apresentado, em que três funcionários foram reconhecidos com um louvor por terem devolvido um envelope, no qual se encontravam mais de quatro mil euros, verificamos um excelente exemplo do que suprarreferi. Estes homens agiram com inocência e sem segundas intenções, devolvendo o dinheiro que não lhes pertencia, sem esperar uma recompensa por isso. Existem dois bons argumentos para defender a ação executada: o dinheiro não pertence aos funcionários mas sim a alguém, que pode estar a necessitar muito dele e, se fossem os funcionários na situação da pessoa possuidora do envelope, também gostariam que lhes devolvessem o dinheiro.
Trata-se de pura bondade e ajuda ao próximo. Se fossemos nós não ficaríamos muito gratos por nos entregarem quatro mil euros que com tanto trabalho poupámos e valorizamos? Devemos pensar desta forma. O que está certo pode ser praticado por todos e pode ajudar todos também. Durante a nossa vida todos nós já praticámos pelo menos uma vez, uma ação correta, involuntariamente e sem esperar um louvor por isso. Pense nisso… Tal como disse Martin Luther King: “Sempre é hora de fazer o que é certo”.
Patrícia Cunha, 10ºD
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