Li uma vez, não sei onde, uma história acerca de um homem pobre que não tinha quaisquer bens para oferecer (nem sequer comida que pudesse dar em vez de ingerir), mas que gostava de oferecer presentes às pessoas por quem sentia amor ou amizade. Para superar a dificuldade de dar o que não tinha, tentava chamar a atenção dessas pessoas para coisas que considerava belas, na esperança de que dessem valor à sua beleza: apontava para o céu azul ou para o sol a pôr-se, falava da intensidade de uma pintura ou de uma música - como se fosse o seu autor e tivesse o direito de oferecer tais coisas a alguém… Desgraçadamente, não me lembro como acabava a história nem consigo dizer qual é a sua moral, mas garanto que não é por não lhe reconhecer beleza, nem verdade.
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