O concerto “Bastien e Bastienne” de Mozart, tocado pela prestigiada orquestra Gulbenkian, foi de facto muito bom. A história desta ópera relatava os amores não correspondidos de uma pastora, cujo amado prefere uma rica cortesã. Contudo, a intervenção de um mágico e os seus sábios conselhos farão a pastora reconquistar o seu amado. Esta ópera, escrita por Mozart aos doze anos de idade, foi traduzida e cantada em português (e com legendas que surgiam à medida que os cantores cantavam). Foi feita uma teatralização dos acontecimentos pelos cantores, que até andaram no meio do público. A presença da orquestra e a interação dos cantores com os músicos foram todas ideias bem pensadas, tendo em conta o público: alunos das escolas, de várias faixas etárias. Tudo isto acabou por proporcionar um excelente espetáculo!
Esta foi uma forma de levar muitas pessoas a assistir a este tipo de concertos, algumas delas pela primeira vez, e a ficarem com uma perspetiva diferente em relação à música clássica. Eu já tinha assistido a este tipo de concertos, porém este destacou-se pela interação com o público, o que raramente acontece noutros concertos do mesmo género.
Penso que esta é uma experiência a repetir e deveria ser mais vezes proporcionada pelas escolas.
João Pedro Gil Rosa, 11ºC
A ópera a que nós fomos assistir chama-se Bastien e Bastienne. Foi inspirada em Le Devin du Village, de Jean-Jacques Rousseau e foi composta por Mozart quando este tinha apenas doze anos de idade. "Conta história de Bastienne, uma jovem pastora que se apaixonara por Bastien, cujo coração anda distraído com uma representante da nobreza. O desespero conduz Bastienne até ao mago Colas que, com os seus poderes mágicos e de persuasão, conduzirá o par amoroso a um fim reconciliador” (informação retirada do site da Fundação Gulbenkian).
Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em 27 de Janeiro de 1756 na cidade austríaca de Salzburgo. Desde criança apresentou grande talento musical. O seu pai, Leopold Mozart, era compositor e estimulou os dotes musicais do filho. Com este apoio paterno, ele começou a escrever duetos e pequenas composições para piano, ainda na infância.
Durante a sua vida compôs várias óperas, destacando-se, entre outras, “As bodas de Figaro” e “Don Giovanni”.
Mozart não é um dos meus compositores preferidos de música clássica. Contudo, foi uma experiência enriquecedora, foi algo diferente do que estamos acostumados a assistir e até a ouvir. Este concerto permitiu, talvez no caso de alguns alunos, alargar os gostos musicais e fazer-nos apreciar de outro modo a música clássica.
O que mais me fascinou - para além da fantástica orquestra - foi a maturidade que Mozart possuía aos doze anos de idade, pois esta ópera é bastante complexa: não só descreve o amor entre duas pessoas, como faz um retrato crítico da sociedade daquela época e da natureza humana, em particular do amado da pastora que hesita entre escolher o amor verdadeiro e a posse de bens materiais proporcionada pela cortesã. Por isso, apesar das minhas preferências musicais serem outras, considero que Mozart será para sempre uma referência em relação à música!
Maria Bumbuk, 11º F
Don Giovanni, uma outra ópera de Mozart:
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