Estátua de Sócrates, um filósofo ateniense (469 A.C - 399 A.C) do período clássico da Grécia Antiga.
Desde que há testes intermédios e exames nacionais na disciplina de Filosofia que os autores deste blogue (apenas um deles é agora professor na ESPR, eu) descrevem aqui os resultados obtidos e refletem acerca destes. Ver por exemplo AQUI, AQUI e AQUI.
Este ano o exame nacional de Filosofia da 1ª Fase foi acessível, as questões estavam formuladas com clareza e correção, tal como os critérios, e incidiam em conteúdos programáticos relevantes. Contudo, e pela primeira vez, quebrou-se uma tradição de anos da Pinheiro e Rosa: classificações positivas no exame (uma das disciplinas com melhores resultados na escola) e acima da média nacional (ver posts deste blogue de anos anteriores: 2014, 2013 e 2012).
Este ano a média obtida pelos alunos internos da escola foi de 9,12 e a média das classificações atribuídas pelos professores (a classificação interna) foi 12,8. A diferença entre esta e as médias obtidas no exame foi de 3,68. A média nacional obtida pelos alunos internos foi de 10,8 (ver informação IAVE).
Vinte e cinco alunos da escola fizeram o exame como internos. Desses vinte e cinco só quatro eram meus alunos (tive apenas uma turma do 11º, de ciências, com vinte alunos). A média que obtiveram foi de 11,75 e a diferença entre as classificações internas e a do exame foi de 2,5 valores. Os outros vinte e um não eram meus alunos.
Este blogue (que começou em 2008) e os resultados dos exames nacionais na disciplina de Filosofia têm contribuído para divulgar a imagem da ESPR. Para quem tem investido muito tempo na divulgação da escola e da disciplina, para não falar na preparação das aulas, os resultados negativos deste ano produzem alguma tristeza. Muita tristeza, na verdade.
Ensinada de forma adequada a filosofia é intelectualmente estimulante e tem um papel fundamental, diria mesmo insubstituível, na formação dos alunos do secundário. Não é, além disso, uma disciplina muito difícil e não há nenhuma razão para os alunos não terem classificações positivas num exame - se, repito, for adequadamente ensinada e estudada.
2 comentários:
... tem toda a razão, Sara. Há por aí muito professor incompetente.
Faço votos para que continue com a sua persistência e tenacidade.
Salete Miranda
Não, Sara, não concordo nada consigo relativamente à qualidade dos exames de Filosofia (e na minha escola a média da 1ª fase foi 12!). Especialmente este ano.
No da 1ª fase não se dava relevo a Descartes e Kuhn, no da 2ª a Popper, por exemplo. Onde está a boa distribuição de conteúdos? Nem as perguntas eram claras. Aliás na EM havia pelo menos duas questões dúbias.
O da 2ª fase é uma catastrofe! Várias questões da EM estão mal formuladas (3, 4 e 9).
Por acaso só este ano senti uma enorme angústia ao pensar como vou eu preparar alunos para os exames no próximo ano?
Um desrespeito pelo nosso trabalho.
Enviar um comentário