Como explicam a Psicologia e a Neurologia, para fabricar os sonhos o nosso cérebro vai “buscar” imagens e outros dados à memória das experiências passadas. (Esquema 1)
Contudo, isso não chega para refutar o cenário cético da vida ser um sonho (ou seja, não implica necessariamente que exista uma vida real e não sonhada onde essas experiências passadas ocorreram), pois se a vida de uma pessoa fosse um sonho essas experiências passadas teriam também sido sonhadas e não vividas realmente. (Esquema 2)
Para refutar esse cenário é necessário encontrar um elemento qualquer que exista na nossa experiência (nas perceções que temos ) e não exista nos sonhos.
(Note-se que a situação inversa – sonharmos com algo, por exemplo voar, que não conseguimos experienciar – não refuta a sugestão cética de que a vida talvez seja um sonho.)
Considerações semelhantes podem ser feitas a propósito de outros cenários céticos, nomeadamente a vida ser uma enorme alucinação (como no filme Matrix ou na experiência mental do “cérebro numa cuba”).