domingo, 26 de agosto de 2012

Escher em documentário

Vale a pena ver e ouvir um excelente documentário sobre o autor da gravura que escolhemos para figurar na barra lateral deste blogue: Escher.

Lisboa

Castelo de São Jorge em Lisboa de StanleyKubrick

Fotografia de Stanley Kubrick: Castelo de São Jorge em Lisboa.

sábado, 18 de agosto de 2012

Balanço de vida

BILHETE-POSTAL NEGRO

I

Calendário repleto de compromissos, futuro incerto.
O rádio trauteia uma canção popular sem nacionalidade.
Cai neve no mar totalmente gelado. Vultos
                acotovelam-se no cais.

II

Acontece, a meio da vida, a morte bater-nos à porta
e tomar-nos as medidas. Essa visita é esquecida,
e a vida continua. O fato, porém, esse
              é cosido em silêncio.

Tomas Tranströmer, 50 Poemas, Relógio D’Água, Lisboa, 2012, pág. 17.

Tomas Transtromer jovem

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O Dúvida Metódica tem um novo visual

Finalmente, após quatros anos, fizemos uma actualização da imagem do blogue. 

Para guardar na memória fica aquela que nos acompanhou até aqui.

Continuação de boas leituras a todos!

image

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A aplicação do conhecimento científico em Marte

O vídeo seguinte é sobre o robot e a nave que aterraram na superfície do planeta Marte. Os engenheiros e cientistas da NASA explicam, num discurso acessível, como isso foi possível.

O vídeo foi descoberto AQUI.

"It still looks crazy!", dizem os engenheiros. Mas é real e espantoso!

Da importância das rotas

A fotografia foi tirada daqui.

"Barco que não tem rota, não aproveita vento algum."

(ditado popular, citado - numa entrevista - por um dos organizadores do festival "Bons sons" na revista do jornal Público)

domingo, 12 de agosto de 2012

Tive, por acaso, possibilidades de escolha?

«- Já viste uma casa a arder? Continua a fumegar durante dias e dias. Lembrar-me-ei daquele fogo toda a minha vida! Toda a noite, na minha imaginação tentei apagá-lo. Estava meio doido.

- Devias ter pensado nisso antes de te teres feito bombeiro.

- Pensar! – disse ele. – Tive, por acaso, possibilidades de escolha? O meu pai e o meu avô foram bombeiros. À noite, quando sonho, corro atrás deles.»

Ray Bradbury, Fahrenheit 451, Coleção Mil Folhas (jornal Público), 2003, pág. 54.

Ray Bradbury

Ray Bradbury

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O último dia na Terra

O filme "O último dia na Terra" é de ficção científica e foi realizado, recentemente, por Abel Ferrara.

Encontra-se em exibição nas salas de cinema portuguesas e faz-nos pensar acerca de algumas questões que, de forma vaga e depreciativa, várias pessoas designam como "existenciais".

Contudo, como o filme nos mostra, a resposta de cada indivíduo à pergunta metafísica: "Qual é sentido da vida?" é muito mais importante do que possa parecer. Além de condicionar as decisões e as atitudes que cada um adopta perante o mesmo acontecimento, permite compreendê-las.

Vão ver o filme! Vale a pena!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Estilo com substância: o ponto final no lugar certo

Raymond Carver

«É possível, num poema ou num conto, escrever sobre coisas e objetos quotidianos usando linguagem quotidiana mas precisa, e dotar essas coisas – uma cadeira, uma cortina, um garfo, uma pedra, os brincos de uma mulher – de um poder imenso, quase espantoso. É possível escrever uma linha de diálogo aparentemente inócuo e fazer com que essa linha provoque um arrepio na espinha do leitor – a fonte de deleite artístico, como queria Nabokov. É esse género de escrita que me interessa. Detesto escrita confusa ou aleatória, seja ela experimentação ou simplesmente realismo desastrado. No maravilhoso conto “Guy de Maupassant”, de Isaac Babel, o narrador tem o seguinte a dizer sobre a escrita de ficção: Nenhum ferro pode trespassar o coração com tanta força como um ponto final no lugar certo.”»

Raymond Carver, Fogos, Quetzal, 2012.

Na filosofia também é desejável o uso de uma linguagem clara e precisa, como defende Raymond Carver relativamente à literatura, não para provocar “arrepios na espinha do leitor” ou “deleite artístico”, mas porque a clareza torna mais fácil perceber quais são realmente as ideias expressas pelas palavras - de modo a podermos fazer aquilo que é mais importante em filosofia: discutir se essas ideias são verdadeiras ou falsas. Quando um autor usa uma linguagem pouco clara não sabemos muitas vezes se devemos ou não concordar com ele, pois não sabemos bem se as palavras usadas exprimem a ideia X, Y ou Z.

Julgo que a filosofia teria muito a ganhar se todos os filósofos e aprendizes de filósofos tentassem escrever com clareza. Duvido, contudo, que a literatura ficasse melhor se todos os escritores adotassem o estilo de Raymond Carver, apesar de eu gostar bastante dos livros dele. Como é óbvio, há escritores palavrosos e rebuscados cujas obras causam “arrepios na espinha do leitor” e outras formas de “deleite artístico”. Escrever com clareza é a única forma de fazer boa filosofia, mas escrever como Raymond Carver não é a única forma de fazer boa literatura.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Pensando?

“Como poderemos ousar persuadir-nos de que estamos certos quando aqueles que admiramos discordam de nós?”

Jean Daniel, Com Camus: Como aprender a resistir.

Via

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Os resultados dos exames da 2ª fase são fracos

maus resultados nos exames nacionais

Segundo os jornais, os resultados dos exames nacionais da 2ª fase são ainda piores do que os resultados da 1ª fase:

“Entre as dez disciplinas com mais alunos nestes exames, só as disciplinas de Português e de Filosofia contrariaram a tendência de descida de notas entre a primeira e a segunda chamada”.

Notas de exames nacionais do Secundário caiem na segunda chamada

Notas desceram na segunda fase

Médias negativas em quase todas as disciplinas na segunda fase dos exames nacionais