Vale a pena ver e ouvir um excelente documentário sobre o autor da gravura que escolhemos para figurar na barra lateral deste blogue: Escher.
“As nossas crenças mais justificadas não têm qualquer outra garantia sobre a qual assentar, senão um convite permanente ao mundo inteiro para provar que carecem de fundamento.” John Stuart Mill
domingo, 26 de agosto de 2012
sábado, 18 de agosto de 2012
Balanço de vida
BILHETE-POSTAL NEGRO
I
Calendário repleto de compromissos, futuro incerto.
O rádio trauteia uma canção popular sem nacionalidade.
Cai neve no mar totalmente gelado. Vultos
acotovelam-se no cais.
II
Acontece, a meio da vida, a morte bater-nos à porta
e tomar-nos as medidas. Essa visita é esquecida,
e a vida continua. O fato, porém, esse
é cosido em silêncio.
Tomas Tranströmer, 50 Poemas, Relógio D’Água, Lisboa, 2012, pág. 17.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
terça-feira, 14 de agosto de 2012
O Dúvida Metódica tem um novo visual
Finalmente, após quatros anos, fizemos uma actualização da imagem do blogue.
Para guardar na memória fica aquela que nos acompanhou até aqui.
Continuação de boas leituras a todos!
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
A aplicação do conhecimento científico em Marte
O vídeo seguinte é sobre o robot e a nave que aterraram na superfície do planeta Marte. Os engenheiros e cientistas da NASA explicam, num discurso acessível, como isso foi possível.
O vídeo foi descoberto AQUI.
"It still looks crazy!", dizem os engenheiros. Mas é real e espantoso!
Da importância das rotas
A fotografia foi tirada daqui.
"Barco que não tem rota, não aproveita vento algum."
(ditado popular, citado - numa entrevista - por um dos organizadores do festival "Bons sons" na revista do jornal Público)
domingo, 12 de agosto de 2012
Tive, por acaso, possibilidades de escolha?
«- Já viste uma casa a arder? Continua a fumegar durante dias e dias. Lembrar-me-ei daquele fogo toda a minha vida! Toda a noite, na minha imaginação tentei apagá-lo. Estava meio doido.
- Devias ter pensado nisso antes de te teres feito bombeiro.
- Pensar! – disse ele. – Tive, por acaso, possibilidades de escolha? O meu pai e o meu avô foram bombeiros. À noite, quando sonho, corro atrás deles.»
Ray Bradbury, Fahrenheit 451, Coleção Mil Folhas (jornal Público), 2003, pág. 54.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
O último dia na Terra
O filme "O último dia na Terra" é de ficção científica e foi realizado, recentemente, por Abel Ferrara.
Encontra-se em exibição nas salas de cinema portuguesas e faz-nos pensar acerca de algumas questões que, de forma vaga e depreciativa, várias pessoas designam como "existenciais".
Contudo, como o filme nos mostra, a resposta de cada indivíduo à pergunta metafísica: "Qual é sentido da vida?" é muito mais importante do que possa parecer. Além de condicionar as decisões e as atitudes que cada um adopta perante o mesmo acontecimento, permite compreendê-las.
Vão ver o filme! Vale a pena!
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Estilo com substância: o ponto final no lugar certo
«É possível, num poema ou num conto, escrever sobre coisas e objetos quotidianos usando linguagem quotidiana mas precisa, e dotar essas coisas – uma cadeira, uma cortina, um garfo, uma pedra, os brincos de uma mulher – de um poder imenso, quase espantoso. É possível escrever uma linha de diálogo aparentemente inócuo e fazer com que essa linha provoque um arrepio na espinha do leitor – a fonte de deleite artístico, como queria Nabokov. É esse género de escrita que me interessa. Detesto escrita confusa ou aleatória, seja ela experimentação ou simplesmente realismo desastrado. No maravilhoso conto “Guy de Maupassant”, de Isaac Babel, o narrador tem o seguinte a dizer sobre a escrita de ficção: Nenhum ferro pode trespassar o coração com tanta força como um ponto final no lugar certo.”»
Raymond Carver, Fogos, Quetzal, 2012.
Na filosofia também é desejável o uso de uma linguagem clara e precisa, como defende Raymond Carver relativamente à literatura, não para provocar “arrepios na espinha do leitor” ou “deleite artístico”, mas porque a clareza torna mais fácil perceber quais são realmente as ideias expressas pelas palavras - de modo a podermos fazer aquilo que é mais importante em filosofia: discutir se essas ideias são verdadeiras ou falsas. Quando um autor usa uma linguagem pouco clara não sabemos muitas vezes se devemos ou não concordar com ele, pois não sabemos bem se as palavras usadas exprimem a ideia X, Y ou Z.
Julgo que a filosofia teria muito a ganhar se todos os filósofos e aprendizes de filósofos tentassem escrever com clareza. Duvido, contudo, que a literatura ficasse melhor se todos os escritores adotassem o estilo de Raymond Carver, apesar de eu gostar bastante dos livros dele. Como é óbvio, há escritores palavrosos e rebuscados cujas obras causam “arrepios na espinha do leitor” e outras formas de “deleite artístico”. Escrever com clareza é a única forma de fazer boa filosofia, mas escrever como Raymond Carver não é a única forma de fazer boa literatura.
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Pensando?
“Como poderemos ousar persuadir-nos de que estamos certos quando aqueles que admiramos discordam de nós?”
Jean Daniel, Com Camus: Como aprender a resistir.
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Os resultados dos exames da 2ª fase são fracos
Segundo os jornais, os resultados dos exames nacionais da 2ª fase são ainda piores do que os resultados da 1ª fase:
“Entre as dez disciplinas com mais alunos nestes exames, só as disciplinas de Português e de Filosofia contrariaram a tendência de descida de notas entre a primeira e a segunda chamada”.
Notas de exames nacionais do Secundário caiem na segunda chamada
Notas desceram na segunda fase
Médias negativas em quase todas as disciplinas na segunda fase dos exames nacionais