quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Matriz do 2º teste do 10º ano (ESLA)

livre-arbítrio

Objetivos

1. Efetuar a negação de proposições apresentadas.

2. Explicar o que é um argumento.

3. Distinguir argumentos de não argumentos.

4. Identificar a conclusão e as premissas de argumentos apresentados.

5. Explicar o que é um argumento válido.

6. Avaliar intuitivamente a validade de argumentos apresentados.

7. Identificar e construir os argumentos válidos estudados: modus ponens e modus tollens.

8. Distinguir os argumentos válidos estudados das formas falaciosas: negação da antecedente e afirmação da consequente.

9. Explicar o que é uma ação.

10. Distinguir as ações de outras coisas que fazemos e daquilo que nos acontece.

11. Relacionar ação e deliberação.

12. Apresentar o problema do livre-arbítrio.

13. Explicar a teoria do Determinismo Radical.

14. Explicar a teoria do Libertismo.

15. Explicar a teoria do Determinismo Moderado.

16. Comparar e discutir as três teorias.

17. Justificar a posição pessoal acerca do problema do livre-arbítrio.

Natureza das questões:

Escolha múltipla, questões de resposta curta, avaliação de exemplos e questões de resposta extensa.

Para estudar:

PDF’s e fotocópias entregues.

No manual: páginas (nalguns casos apenas as partes indicadas) 49, 50, 51, 52, 53, 63, 64, 65,  71 e 75.

No blogue Dúvida Metódica:

O que é um argumento?
Ficha de Trabalho – Argumentos
A relação entre verdade e validade

Validade dedutiva

Afirmação da antecedente e negação da consequente

Pêssegos e duelos: exemplos ilustrativos do problema do livre-arbítrio

O Determinismo

Um homem livre que não acreditava no livre-arbítrio

O livre-arbítrio existe, pois temos consciência dele

A resposta do libertismo

Aconselhados:

Tive, por acaso, possibilidades de escolha?

Terá o determinista radical razão?

Contradição!?

Na opinião dos alunos, existe ou não livre arbítrio?

Se o determinismo radical for verdadeiro, salvar 155 pessoas não tem qualquer mérito

domingo, 27 de novembro de 2016

Um homem livre que não acreditava no livre-arbítrio

Clarence Darrow

O advogado norte-americano Clarence Darrow (1856-1938) defendia que não existe livre-arbítrio. Curiosamente, muitas das suas ações parecem ser (pelo menos aos olhos de um defensor do livre-arbítrio) exemplos lapidares de liberdade.

Os pais de Richard Loeb e Nathan Leopold - dois adolescentes de Chicago que raptaram e assassinaram um rapaz contra o qual nada os movia, “apenas para provar que conseguiam fazê-lo”1 – contrataram Clarence Darrow para os defender. Loeb e Leopold já tinham admitido ser culpados, pelo que, de acordo com a legislação vigente, teriam de ser condenados ou à prisão perpétua ou à pena de morte. Darrow, que era um conhecido adversário da pena de morte, conseguiu que os rapazes fossem apenas condenados a prisão perpétua. A sua argumentação baseou-se na seguinte ideia: não existe livre-arbítrio e, portanto, Loeb e Leopold não foram responsáveis pelo que fizeram.

Noutro caso judicial célebre em que participou estavam envolvidos o líder de um sindicato de ferroviários e uma companhia de comboios. Inicialmente Darrow era advogado dessa companhia, mas demitiu-se para poder defender o sindicalista no tribunal, tendo perdido bastante dinheiro com a troca, pois este pagava-lhe muito menos que a companhia ferroviária. Darrow valorizava o dinheiro e quando os seus clientes podiam pagar cobrava honorários elevados, mas também defendeu muitas pessoas pro bono (gratuitamente) ou por pouco dinheiro. 2

«Darrow era conhecido como o paladino das causas impopulares – defendeu sindicalistas, comunistas e um negro acusado de ter morto um membro de uma turba racista. No seu caso mais famoso defendeu John Scopes, do Tennessee, da acusação de ter ensinado a [teoria da] evolução numa aula do ensino secundário. (…) Em 1902, tendo sido convidado pelo diretor da Prisão de Cook County para dar uma conferência aos presidiários disse-lhes o seguinte:

Na verdade, não acredito minimamente no crime. No sentido habitual da palavra, não existem crimes. Não acredito em qualquer distinção entre as verdadeiras condições morais das pessoas que estão dentro e das que estão fora da prisão. São iguais. Do mesmo modo que as pessoas que estão aqui dentro não poderiam ter evitado estar aqui, as pessoas que estão lá fora também não poderiam ter evitado estar lá fora. Não acredito que as pessoas estejam na prisão porque o mereçam. Estão na prisão apenas porque não puderam evitá-lo, devido a circunstâncias que ultrapassam inteiramente o seu controlo e pelas quais não são minimamente responsáveis.» 3

Notas:

1 James Rachels, Problemas da Filosofia, Gradiva, Lisboa, 2009, pág. 155.

2 Wikipédia, “Clarence Darrow”: https://pt.wikipedia.org/wiki/Clarence_Darrow

3 James Rachels, op. cit., pág. 156.

domingo, 20 de novembro de 2016

Uma boa proposta de revisão do programa de Filosofia

Sem Título

Aires Almeida apresentou uma proposta de revisão do programa de Filosofia que me parece muito boa: é filosoficamente rigorosa, é exequível, melhora imenso o programa atual mas sem implicar alterações radicais. A proposta pode ser lida no bloque do autor, questões básicas: Filosofia: uma proposta construtiva e minimalista.
Critiquei o facto de o Ministério da Educação ter excluído da revisão do programa de Filosofia a Sociedade Portuguesa de Filosofia e ter encarregue dessa tarefa unicamente a Associação de Professores de Filosofia: Programa de Filosofia: não é desta mudança que precisamos. Contudo, espero que o Ministério da Educação e a Associação de Professores de Filosofia não ignorem propostas valiosas como esta.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

A Filosofia ao virar da esquina

liberdade-de-expressao

17 de novembro é DIA MUNDIAL DA FILOSOFIA

Por isso, deixamos aos leitores um desafio.

A partir de uma situação (real ou imaginária), elabore uma reflexão sobre um dos problemas filosóficos seguintes:

1. Quando é que uma ação é moralmente correta?

2. Como deve uma sociedade organizar-se para que exista justiça social?

3. Devemos respeitar todas as tradições de sociedades com uma cultura diferente da nossa?

4. Se afinal vamos morrer, que sentido faz viver?

Boas reflexões a todos!

Podem enviar (até domingo, dia 20 de novembro) a vossa opinião para a caixa de comentários do blogue e, eventualmente, discordar dos pontos de vistas diferentes! 

Serão, depois, publicadas as melhores respostas.

Esperemos que a música e a letra, dos DAMA com Gabriel, o pensador possam ser inspiradoras!

Agradeço ao Henrique, sem o entusiasmo dele não teria dado atenção (merecida) à letra desta canção.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

A vitória de Trump é a derrota de quem?

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A surpreendente vitória de Trump nos Estados Unidos deve fazer pensar os cidadãos defensores da democracia, todos e não apenas os americanos.

Como se explica o ponto de vista adotado pela maioria dos meios de comunicação social que, ao longo do processo eleitoral, foi dando como certa a vitória de Hillary Clinton?

Por outro lado, como se explica que a maioria dos votantes tenha preferido um candidato claramente mal preparado para o cargo e que fez afirmações inacreditáveis e indignas de um chefe de estado?

Este resultado eleitoral leva-nos a pensar que as opiniões, maioritariamente anti-Trump, veiculadas nos meios de comunicação não foram isentas, pois não relataram de forma fidedigna a adesão que a campanha de Trump teve no terreno. Relataram sim a perspetiva, não isenta, dos jornalistas e dos “políticos profissionais”. Talvez esse mau trabalho dos jornalistas tenha produzido o efeito contrário e contribuído para a vitória de Trump.

O povo americano preferiu Trump como presidente. E isso deveria fazer pensar os políticos que têm exercido o poder: sem o seu falhanço talvez esta vitória não fosse possível.

Seja como for, em democracia temos de aceitar opinião da maioria dos cidadãos.

domingo, 6 de novembro de 2016

Matriz do 2º teste do 11º ano: ESLA, 2016

modus ponens

Duração: 50 minutos.

Objetivos:

1. Conhecer os operadores verofuncionais: negação, conjunção, disjunção (inclusiva e exclusiva), condicional e bicondicional.

2. Reescrever frases de modo a que as proposições sejam expressas de modo canónico.

3. Formalizar proposições.

4. Conhecer e compreender a tabela de verdade de cada operador proposicional.

5. Determinar as condições de verdade de proposições compostas através da construção de tabelas de verdade.

6. Explicar o que são argumentos.

7. Distinguir argumentos e não argumentos.

8. Descobrir premissas ocultas em entimemas.

9. Colocar argumentos na expressão canónica.

10. Formalizar argumentos.

11. Distinguir a validade dedutiva e a validade não dedutiva.

12. Testar a validade de formas argumentativas através de inspetores de circunstâncias.

13. Distinguir e identificar as formas argumentativas válidas e inválidas estudadas.

14. Completar formas argumentativas.

15. Construir argumentos com essas formas.

Para estudar:

No Dúvida Metódica:

Condições necessárias e suficientes: análise de um exemplo
A negação de proposições condicionais
A relação entre verdade e validade
Validade dedutiva
A importância da validade: duas analogias

No manual adotado:

Da página 14 à 15. Da página 51 à 63. Página 66. Da página à 83.