domingo, 1 de fevereiro de 2009

Não entregaremos os objectivos individuais

Actualmente, existe nas Escolas portuguesas um ambiente de medo, conforme foi referido no post anterior. Alguns professores vão entregar os objectivos individuais influenciados por esse ambiente e receando futuras penalizações.
É lamentável que assim seja, pois a avaliação que o governo quer fazer é uma farsa e nada tem a ver com uma avaliação digna desse nome (já escrevemos diversas vezes acerca disso, por exemplo aqui, aqui e também aqui). Neste momento trata-se apenas de levar a teimosia até ao fim, para não perder a face em termos políticos.
Não criticamos os colegas que vão entregar ou que já entregaram os objectivos. Mas queremos aqui assumir publicamente: nós não entregaremos os objectivos individuais.
Tal como dissemos em Novembro quando assumimos uma posição idêntica, não queremos que seja essa a nossa última palavra sobre o assunto.
Esta só pode ser uma. Concordamos com a avaliação dos professores e queremos ser avaliados. E defendemos que essa avaliação deve ser muito exigente, de modo a ser possível distinguir os bons dos maus professores, e deve ter repercussões na carreira, de modo a premiar o mérito. Não defendemos, portanto, uma avaliação inócua e sem consequências (como seria por exemplo uma avaliação que não se exprimisse numa classificação e seriação dos avaliados). Simplesmente queremos que seja também uma avaliação rigorosa e objectiva – e esta não é.

Sara Raposo
Carlos Pires

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