domingo, 14 de dezembro de 2008

Será verdade que ninguém quer ser injusto?

“Todo o confronto é fruto de um mal-entendido; se as partes em disputa se conhecessem uma à outra, o confronto cessaria. Nenhum homem, no fundo, tenciona cometer injustiças; é sempre por uma imagem distorcida e obscura de algo moralmente correcto que ele batalha: uma imagem obscura, difractada, exagerada da forma mais assombrosa pela natural obtusão e egoísmo, uma imagem que se distorce dez vezes mais pelo acirramento da contenda, até tornar-se virtualmente irreconhecível, mas ainda assim a imagem de algo moralmente correcto. Se um homem pudesse admitir perante si próprio que aquilo pelo que luta é errado e contrário à equidade e à lei da razão, admitiria também, por conta disso, que a sua causa ficou condenada e desprovida de esperança; ele não conseguiria continuar a lutar por ela.”

Thomas Carlyle, Selected Writings, retirado do site Citador.


O autor apresenta diversas proposições que resultam de generalizações. Identifique essas proposições.

Tente encontrar contra-exemplos e discuta a validade das generalizações.


De acordo com Caryle, quando as pessoas agem de modo errado e injusto nunca o fazem voluntariamente, pois o que queriam fazer era - na perspectiva delas - algo certo e justo. Concorda com Caryle? Porquê?


Pode-se dizer que o autor defende uma forma de subjectivismo moral? Porquê?

(O desenho chama-se "E.T." e é da autoria de Helena Monteiro, que pode conhecer no blogue Traços e Cores.)

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