quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Fiz greve e fui trabalhar

1. Fiz greve. Motivo: o governo está a tentar impôr um sistema de avaliação comprovadamente absurdo e por motivos meramente eleitorais não reconhece que tem de suspendê-lo. Parece que dar o braço a torcer custa votos.
2. Dei as aulas (mas pedi às funcionárias para registarem a minha falta e disse ao PCE para me pôr na "lista" dos grevistas).
Motivo: tinha 2 testes marcados e seria complicado marcá-los para outro dia (segunda-feira é feriado outra vez), para não falar na complicação que seria corrigi-los a tempo e horas.
3. Como articular de modo coerente o ponto 1. e o ponto 2.? Deixo a resposta ao critério e à imaginação dos leitores.
Só peço que os leitores, ao reflectirem sobre o caso, se lembrem das insinuações que o governo tem feito sobre todos os professores: estavam habituados a ter privilégios e não querem trabalhar, não querem ser avaliados...
Já agora, se algum leitor conhecer membros do governo talvez lhes possa explicar em que consiste a falácia da generalização precipitada.
E, se tiver oportunidade, aproveite para lhes dizer que, pelo menos neste caso, não dar o braço a torcer talvez custe ainda mais votos do que dar o braço a torcer .

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