terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Para ler ou oferecer no Natal: "Que diria Sócrates?"

Como foi referido num post anterior, o livro Que diria Sócrates? (cujo subtítulo é: Os filósofos respondem às suas perguntas sobre o amor, o nada e tudo o resto) é constituído por dezenas de perguntas feitas por pessoas comuns a diversos filósofos e pelas respostas que estes lhes deram - no site AskPhilosophers.
As perguntas incidem sobre assuntos muitos diversos. Por exemplo:

“É possível estar apaixonado pelo sentimento de estar apaixonado em vez de pela pessoa por quem acreditamos estar apaixonados?”
“Devemos perder a nossa fé em Deus por causa de ocorrências como o furacão Katrina?”
“Pode justificar-se a reanimação cardíaca de um indivíduo com um tumor cerebral inoperável? Quem beneficia com isso?”
E agora um exemplo completo, com a pergunta e a respectiva resposta:

«Pergunta: Porque é que as pessoas que dizem que quando morremos vamos para um lugar melhor não se matam? Se a morte é um lugar melhor, porque é que continuam a estar neste mundo ‘menor’?
Resposta (de Alexander George): Talvez a confiança de algumas pessoas na vida depois da morte não seja suficientemente forte para anular todos os medos que a morte lhes inspira. Talvez haja pessoas que não desejam causar sofrimento aos amigos e entes queridos, que sentiriam horrivelmente a falta delas. E talvez haja algumas que acreditam que não têm o direito de abandonar voluntariamente o seu posto na vida (como o pôs Jonh Locke): são propriedade de Deus e não lhes assiste o direito de se destruírem.»
Alexander George (Org.), Que diria Sócrates?, Gradiva, 2008, pág.288.

(Como é óbvio, a disjunção contida no título do post é inclusiva e não exclusiva.)

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