sábado, 3 de dezembro de 2011

Livre-arbítrio e responsabilidade moral: duas situações

1. «O homem que, em Julho, matou na Noruega 77 pessoas, maioritariamente jovens, vive num "universo delirante", que lhe permite pensar que pode decidir "quem pode viver e quem pode morrer". As conclusões de psiquiatras nomeados pelo tribunal de Oslo, divulgadas na terça-feira, podem fazer com que Anders Behring Breivik seja declarado inimputável. Em vez de ser condenado à prisão, deverá ser internado numa instituição de saúde.» Para continuar a ler a notícia do jornal Público, ver AQUI.

Se o tribunal norueguês considerar Anders Behring Breivik inimputável, estará a ser justo? Porquê?

2. «Suponha que o raptam e o obrigam a cometer uma série de crimes terríveis. O raptor fá-lo disparar sobre a primeira vítima forçando-o a premir o gatilho de uma arma, hipnotizando-o para que envenene uma segunda e depois empurrra-o de um avião fazendo-o esmagar uma terceira. Milagrosamente sobrevive à queda. A situação deixa-o atordoado, aliviado por ter chegado ao fim da dolorosa experiência. Mas então, para sua surpresa, é detido pela polícia, que o algema e o acusa de homícidio. Os pais das vítimas gritam-lhe obscenidades enquanto a polícia o leva, humilhado.»

Estarão os pais e a polícia a ser justos ao culpá-lo pelas mortes? Porquê?

Theodore Sider, Livre arbítrio e determinismo, Editorial Bizâncio, (capítulo 6), pág. 145.

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