Duração: 90 minutos
Objetivos:
1. Explicar o que é a Ética.
2. Explicar o que é um dilema moral.
3. Descrever os dilemas morais apresentados nas aulas.
4. Explicar em que consiste o problema da fundamentação da moral e relacionar as questões do bem último e da ação correta.
5. Explicar porque é que o Utilitarismo de Stuart Mil é uma ética consequencialista.
6. Explicar porque é que o Utilitarismo de Stuart Mil é uma ética hedonista.
7. Distinguir prazeres superiores e prazeres inferiores, segundo Stuart Mil.
8. Explicar o que é, segundo Stuart Mill, o princípio da utilidade.
9. Aplicar o princípio da utilidade a casos concretos e determinar se a ação em causa é moralmente correta ou incorreta.
10. Explicar porque é que, para o Utilitarismo de Stuart Mil, os deveres não são absolutos.
11. Explicar as objeções ao Utilitarismo de Stuart Mil estudadas.
12. Explicar o que entende Kant por boa vontade e porque a considera o bem último.
13. Distinguir ações contrárias ao dever, ações por dever e ações em conformidade ao dever (motivadas por sentimentos e motivadas pelo interesse).
14. Explicar porque é que, para Kant, a intenção é que confere valor moral às ações.
15. Explicar o que é, segundo Kant, o imperativo categórico.
16. Explicar a primeira fórmula (chamada fórmula da lei universal) do imperativo categórico.
17. Explicar a segunda fórmula (chamada fórmula da humanidade) do imperativo categórico.
18. Aplicar as duas fórmulas do imperativo categórico a casos concretos e determinar se a ação em causa é moralmente correta ou incorreta.
19. Explicar porque é que, para Kant, os deveres são absolutos.
20. Distinguir imperativo categórico e imperativo hipotético.
21. Distinguir autonomia e heteronomia.
22. Explicar as objeções à Ética Deontológica de Kant estudadas.
23. Comparar o Utilitarismo de Stuart Mil e a Ética Deontológica de Kant e discutir qual delas é mais plausível.
Nota: os alunos devem conhecer exemplos ilustrativos das ideias referidas.
Links:
Qual é o critério da moralidade?
O utilitarismo: ideias básicas
Apontamento sobre o Utilitarismo
Argumentos contra o utilitarismo
As teorias éticas de Kant e Stuart Mill: ideias fundamentais
Quando é que as nossas ações têm valor moral?
Quais são as acções que têm valor moral?
Agir bem para evitar problemas
Por dever ou apenas em conformidade ao dever?
As pessoas não são instrumentos
Devemos mentir para salvar a vida de um amigo? – Não, diz Kant (1)
Devemos mentir para salvar a vida de um amigo? – Não, diz Kant (2)
Tem que se fazer justiça, nem que o céu desabe
Complementar:
SACRIFICAVAS UMA VIDA PARA SALVAR 200?
Discussão de um dilema moral: qual seria a ação correta?
Cumprir o dever pelo dever: um exemplo
BOM TRABALHO!
34 comentários:
Objeção a Kant
A objeção que vou apresentar à ética deontológica de Kant é a objeção do conflito de deveres.
Esta objeção mostra que existem muitos casos em que os nossos deveres são incompatíveis. Por exemplo, imagine que a Felisberta prometeu a uma amiga que uma noite lhe ajudaria a fazer um trabalho. Porém, nesse dia, o patrão pede-lhe que ela fique a trabalhar nessa noite e ela, não se lembrando do que prometeu á amiga, aceita. Mais tarde, lembra-se da promessa que fez á amiga e depara-se com um problema: ela prometeu á amiga que nessa noite lhe ajudaria com um trabalho mas também se comprometeu com o patrão em ficar a trabalhar nessa noite. O que deve ela fazer?
A Felisberta tem o dever de cumprir a promessa que fez à amiga mas também tem o dever de cumprir o que se comprometeu com o patrão, ou seja, em ficar a trabalhar nessa noite. Este caso mostra um conflito de deveres. Kant diria que independentemente da sua decisão, a Felisberta estará a proceder mal.
Esta objeção mostra que a aceitação da existência de deveres absolutos vai-nos conduzir a conflitos de deveres, como o exemplificado, que não têm solução.
Na minha opinião, esta é uma boa objeção à teoria de Kant porque mostra que se aceitarmos a existência de deveres absolutos e o seu cumprimento em qualquer situação isso conduzirá a situações em que pode haver conflito de deveres. Eu acho que devem existir deveres absolutos, mas também devem existir algumas exceções ao cumprimento destes em alguns casos, para evitar conflitos de deveres. Esta é uma falha que pode ser apontada à ética de Kant, o facto de esta não considerar que podem existir casos em que deve ser aberta uma exceção ao cumprimento dos deveres absolutos.
Bernardo Ferreira, Nº10, 10ºC.
Por exemplo: Estamos em casa com uma amigo e alguém bate à porta. Abrimos a porta e vemos um homem armado a perguntar pelo nosso amigo, e parece que o quer matar.
Kant neste exemplo diz que devemos dizer a verdade mesmo que as consequências sejam más.
Na minha opinião é uma boa objeção porque para além de termos dito a verdade o nosso dever é salvar o noso amigo e é como se o tivéssemos matado.
Claro que o mais correto seria mentir, mas também há a hipótese de o homem chegar lá e mudar de ideias, mas provavelmente isso não aconteceria.
A objeção a Kant que vou apresentar é a de que este despreza as consequências das ações.
Kant considera que há deveres absolutos, ou seja,se uma acção é correta numa circunstância será sempre correta em quaisquer circunstâncias e o mesmo acontece se uma ação for errada. Por exemplo se o João tiver uma negativa num teste sabe se contar isso aos seus pais ficará de castigo e assim ele decide mentir-lhes. Mas mentir é errado pois nós devemos agir segundo uma máxima que possa ser universalizada (formula da Lei Universal do Imperativo Categórico) e se todas as pessoas mentissem nós não poderíamos confiar em ninguém, logo é errado mentir. Mas será que nunca devemos mentir? Será que não o podemos realizar mesmo em situações extremas? Por exemplo, se estiver um amigo na nossa casa e ouvirmos a campainha, quando abrirmos a porta e depararmo-nos com uma pessoa armada que está à procura do nosso amigo e na pergunta se ele está ali. Se nós mentirmos o nosso amigo ficará a salvo, mas se dissermos a verdade o nosso amigo corre o risco de ser assassinado. Será que mesmo nesta situação se poderia dizer a verdade? Segundo Kant, sim, pois ele considera que há deveres absolutos e que por isso devemos dizer sempre a verdade, mas Kant afirma desta maneira porque ele despreza totalmente as consequências. Mas isto não é muito plausível, pois, leva à realização de ações muito inaceitáveis, como a situação descrita.
Na minha opinião esta é uma boa objeção a Kant porque mostra que se nós aceitarmos que há deveres absolutos e ignorarmos as consequências das ações, poderemos realizar ações muito erradas.
Objeção a Kant.
A objeção ao Kant que escolhi foi a objeção dos conflitos de deveres.
Kant diz que os deveres são absolutos,por exemplo que nunca devemos mentir, roubar ou matar.Mas se os deveres são absolutos, vai haver situações em que vai haver conflitos.
Por exemplo, imaginemos que a Paula pede dinheiro emprestado ao Paulo porque precisa de comprar um carro novo. Então,o Paulo como é boa "pessoa" promete emprestar lhe o tal dinheiro, mas depois disso,o Paulo apercebe-se que se emprestar dinheiro à Paula, não vai ter dinheiro para pagar a casa. O que deve o Paulo de fazer? Bem, ele tem o dever de cumprir a promessa feita à Paula, mas também tem o dever de pagar a casa. Então, este exemplo mostra que se concordarmos que há deveres absolutos, isso vai conduzir-nos a conflitos de deveres que não tem solução.
Eu acho que está objeção é boa porque se concordarmos com a existência de deveres absolutos não teríamos o problema resolvido, teria de haver um meio termo.
Catarina Conceição 10ºC Nº13
A objeção a Kant que vou falar é a do conflito de deveres.
Kant diz que os deveres são absolutos. Ou seja uma pessoa nunca deve mentir, roubar ou matar. Seja em que circunstância for.
Mas se os deveres são absolutos, há inúmeros casos em que temos deveres incompatíveis.
Por exemplo, se uma pessoa quer ser polícia, tem de jurar servir o país e fazer o que for preciso para assegurar a segurança de todos os cidadãos.
Mas imaginemos que um dia esse polícia era confrontado com um assalto em que a única opção que tinha era matar o assaltante, o polícia não conseguia prende-lo sem por em risco a vida dos reféns.
Neste caso haveria um conflito de deveres, pois o polícia tinha o dever de proteger os cidadãos, mas também tinha o dever de não matar.
Isto mostra que se houver deveres absolutos, leva-nos a conflitos de deveres que não se conseguem resolver.
Eu acho esta, uma boa objeção pois mostra claramente e de maneira lógica que não pode haver deveres nem direitos absolutos, porque vai resultar em incompatências.
Para mim, também não deveríamos roubar, mentir ou matar. Mas há casos em que seja preciso fazê-lo, em casos muito específicos e que não haja outra alternativa.
A objeção a kant que quero apresentar é que ele ignora as consequencias, a ideia de que existem deveres absolutos e que esses estão sempre correctos como não mentir, que por vezes cria situações más e indesejáveis, por exemplo:
Se alguem tivesse a proteger judeus na sua casa num tempo onde eles são procurados para depois ser mortos devido as suas crenças e alguem que os quisesse entregar fosse a sua casa perguntar se lá viviam judeus seria correcto dizer a verdade ou não?, Kant diz que so devemos agir como se a máxima das nossas ações devesse tornar- uma lei universal, se toda gente menti-se não se podia confiar em ninguem, logo mentir é errado. Mas, talvez em certas situações mentir é escolher um mal menor ou até mesmo a coisa "certa" a fazer.
Objeção a Kant
Os extremos tocam-se. Esta é uma 'máxima' que se evoca regularmente em situações políticas.
Pode-se aplicar ao extremismo de certas ideologias filosóficas. À maioria das pessoas, nem uma
nem outra parecem muito plausíveis pelo facto de tornarem os seguidores quase como máquinas morais.
É como produto dessa conflitualidade que apresento uma objeção à Ética Deontológica.
Muitos exemplos são referidos para refutar Kant como 'Os pescadores holandeses'. À primeira vista o problema parece resolvido, basta mentir. Mas isso não nos torna melhores do que eles. O que constuma distinguir o bem do mal é o facto de haver uma conduta correta, uma lei moral. Se abdicamos dessa lei, mesmo que por breves momentos, perdemos o nosso direito ao louvor de outros. Ora, esta atitude pode muito bem ser usada em proveito dos 'adversários'. Por saberem que se diz sempre a verdade, facilmente ganham terreno sobre os que agem 'corretamente'. Esta situação é muito implausível, porque entram em jogo dois deveres: dizer a verdade e salvar a tripulação clandestina. Mas:
Não concordo com a a objeção do conflitos de deveres uma vez que devemos ser responsáveis ao ponto
de não aceitar deveres incompatíveis. Temos o dever de imaginar situações em que se anulem
ou choquem, neste caso, determinar consequências possíveis. Qualquer decisão de duas seria errada pelo facto de se ter agido contra o 'dever de moderar os deveres'.
No entanto, não podemos ficar a vida inteira a tentar prever se os deveres são compativeis ou não, sendo que nalgumas situações temos a obrigação de aceitar deveres mesmo que colidam: um membro de uma
associação de proteção do ambiente que se encontra perdido numa floreste tropical ter de matar animais em vias de extinção para sobreviver. Temos de decidir se queremos cumprir o dever ou cumprir o que parece bem.
Óscar Amaro 10ºB nº14
A objecção a kant que vou falar é a objecção do conflito de deveres.
Segundo Kant os deveres são absolutos, como por exemplo nunca devemos mentir, roubar, matar etc… Mas existe situações em que os deveres entram em conflito. Imaginemos a seguinte situação: Uma amiga minha está com alguns problemas financeiros e precisa que lhe empreste algum dinheiro e promete-me que assim que poder me devolve o dinheiro. Mas, eu sei que por muito que a sua intenção fosse devolver me o dinheiro ela nunca o conseguiria fazer pois encontra-se de facto com más condições financeiras , e, por outro lado, esse dinheiro que eu lhe ia emprestar ia utilizar para pagar o carro . Segundo kant o meu dever era ajudar a minha amiga, mas o meu dever também é pagar o carro… aqui existe um conflito de valores. Eu concordo com esta objecção. Como vamos nós saber qual é o dever mais absoluto ou o verdadeiramente absoluto?
Mariana Oliveira 10ºC nº25
A primeira objeção a Kant diz-nos que se ignorar-mos as consequências de uma ação, como mentir, os resultados poderão ser desastrosos. Imaginemos que um familiar nosso, mentalmente perturbado, faz um teste para saber se tem cancro. Se ele efetivamente tiver cancro promete matar um inocente para, segundo ele, se vingar de Deus. Os resultados voltam positivos e temos de decidir se lhe mentimos ou não.
Uma gigantesca maioria das pessoas diria que devemos mentir para evitar a morte de um inocente mas Kant dir-nos-ia que nem neste caso devemos mentir porque a mentira não é universalizavel. Mas dizer a verdade não parece correto, ironicamente, porque estariamos a ignorar uma consequência muito importante.
Eu prefiro interpretar esta objeção como uma objeção à existência de deveres absolutos. No fundo todas as regras têm excepções. Roubar é incorreto mas roubar pão por não ter dinheiro já não seria para muitas pessoas.
Kant é portante demasiado radical quando diz que devemos sempre obedecer ao Imperativo Categórico.
A objeção a Kant de que vou falar é a objeção do conflito de deveres.
Kant diz que todos os deveres são absolutos, como por exemplo matar, roubar, mentir…
Mas em certas situações, os deveres entram em conflito e passam a ser incompatíveis, por exemplo: imaginemos que a Magda prometeu a uma amiga que a ajudava a estudar para um teste de filosofia, mas nesse dia ela lembrou-se que tinha de cuidar do seu primo. Aí depara-se com um problema: ela prometeu à sua amiga que a ajudaria a estudar, mas também prometeu que cuidaria do seu primo. Nesta situação temos um conflito entre deveres. Qual o dever mais correto cumprir?
Kant diz que independentemente da sua escolha, ajudar a amiga ou cuidar do seu primo, é incorreto, está a proceder mal, pois um lado irá sempre sair a perder.
Na minha opinião, esta é uma boa objeção a Kant, pois explica que ao existirem deveres absolutos vão sempre existir conflitos de deveres. Existem deveres absolutos, mas também existem exceções como no exemplo que referi.
Beatriz Lourenço nº7 10ºc
Kant defende que para agirmos moralmente temos de respeitar de forma incondicional um conjunto de algumas regras morais (deveres ditados pela nossa razão). Para Kant, essas regras morais são absolutas, são para serem respeitadas de forma incondicional, sem excepções, em todas as situações do nosso quotidiano.
Uma dessas regras é o nosso “dever de não mentir”. Para Kant, não devemos mentir em toda e qualquer situação. Mas quererei eu que este princípio de acção se aplique universalmente a todos os casos possíveis de acção? Vamos ver um caso em que é preferível mentir a dizer a verdade, ou seja, em que é moralmente mais correcto mentir a dizer a verdade, sendo o caso de termos de mentir com vista a salvarmos a vida de uma pessoa (lembre-se de que Kant admitira que não existiam excepções para a violação ou desobediência a estas regras morais).
Imagine que vai na rua e de repente vê um rapaz a correr aflito na sua direcção, entrando, logo de seguida, numa casa abandonada que se encontrava ao seu lado. Poucos segundos depois, quando retomava o seu percurso, avista um homem com uma pistola na mão que lhe pergunta de relance se viu algum rapaz a correr, percebendo de imediato, naquele momento, que o homem teria a intenção de disparar contra o rapaz e, provavelmente, de matá-lo. O que diz ao homem? Tem duas possibilidades de acção.
Uma das possibilidades é dizer a verdade ao homem, dizendo-lhe que o rapaz se encontra mesmo ali ao vosso lado, no interior da casa abandonada, sabendo que as consequências do que afirmou poderão eventualmente resultar na morte do rapaz.
A outra das possibilidades é mentir, dizendo ao homem que o rapaz seguiu em frente. Mentir? Mas isso Kant não o permitiria, diria. Exacto, não o permitiria. Mas o que é que para si é moralmente mais correcto, dizer a verdade e pôr em causa a vida de uma pessoa ou mentir e provavelmente salvar a vida de uma pessoa? De acordo com uma das formulações do imperativo categórico de Kant, como irias querer que todas as pessoas agissem quando confrontadas com essa situação:
1 – Que mentissem e não pusessem em causa a vida de um jovem
2 – Que dissessem a verdade e pusessem em causa a vida de um jovem.
Vamos colocar as duas na balança da decisão ética. Tenho a certeza de que a maioria das pessoas concordaria com a primeira das hipóteses.
É claro que Kant iria afirmar que, dizendo a verdade ou pura e simplesmente mentindo, as consequências são imprevisíveis. Portanto, o melhor é sempre dizermos a verdade, aquilo que a nossa razão nos ordena. Mas isto é absurdo, porque um caso como este põe em causa a vida de uma pessoa e, neste sentido, podemos dizer que as consequências daquilo que afirmamos poderão provavelmente resultar na morte de um jovem.
Ora, este exemplo revela que nem sempre é moralmente correcto termos de respeitar de forma incondicional as regras morais da nossa consciência racional, tal como Kant nos tinha dito. Logo, concluímos que as regras morais não são absolutas.
Pedro Agostinho
Uma das objeções contra a Ética Deontológica de Kant, e que vou apresentar, é a objeção dos conflitos de deveres. Esta objeção diz-nos que, por vezes, existem deveres absolutos incompatíveis. Isto é, quando deveres absolutos sobrepõem-se uns aos outros e não se consegue cumprir todos em simultâneo.
Imaginemos que um grupo de terroristas se apodera de um avião. Os seus passageiros e tripulantes ficam reféns. Contudo, os terroristas propõem libertá-los se um cidadão local que eles consideram envolvido em atividades antiterroristas lhes for entregue para ser morto. Se as autoridades da cidade não colaborarem ameaçam fazer explodir o aparelho com todas as pessoas lá dentro.
As autoridades locais sabem que o cidadão em causa não cometeu o menor crime durante a sua vida e que os terroristas estão enganados pois não participou na morte de membros do grupo que agora dele se quer vingar. Não obstante, sabem que será vã a tentativa de convencer os terroristas de que estão enganados.
Neste caso, as autoridades locais têm o dever de proteger os tripulantes do avião e também de proteger este cidadão, não matá-lo. Seja qual for a decisão das autoridades, haverá pessoas a concordar com a decisão e outras a descordar, ou seja, existe conflito de deveres.
Esta objeção contra Kant é muito boa, na minha opinião, mostrando que, por vezes, estes deveres absolutos colidem, não permitindo uma boa escolha e, portanto, mostrando que a teoria de Kant está errada.
Desculpe a demora, mas aqui está:
Objecção a Kant
A objeção que vou apresentar à ética kantiana é a objeção ao conflito de deveres.
Kant diz que devemos seguir duas "formulas" muito importantes: a fórmula de lei universal e a formula da humanidade.
A fórmula da lei universal é: "Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal". E a fórmula da humanidade é: "Age de tal forma que uses a humanidade, tanto na tua pessoa, como na pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e nunca simplesmente como meio".
Eu não concordo com o que Kant diz em fazer ações que poderiam tornar-se leis.
Por exemplo: se eu tiver um amigo, que por alguma razão se envolveu com um "gangster" e esse mesmo veio ao meu encontro e pergunto-me sobre o paradeiro do meu amigo. Segundo Kant deveria dizer a verdade. Claro que devia, mas nesse caso estaria a colocar o meu amigo às portas da morte. Eu escolheria mentir, pois apesar de ele ter feito algo mau, continuaria a ser meu amigo e eu quero o melhor para ele.
Este exemplo é aplicável a uma objeção à formula da lei universal pois se eu mentisse estaria a segui-la mas eu não quero que o meu amigo morra portanto eu minto e assim estou a desrespeitá-la.
Sara Martins, 10ºB, Nº18
Objeção a Kant
As regras/deveres morais não são absolutos
Kant defende que para agirmos moralmente temos de respeitar de forma incondicional um conjunto de algumas regras morais. Para Kant, essas regras morais são absolutas, são para serem respeitadas de forma incondicional, sem excepções, em todas as situações do nosso quotidiano.
Uma dessas regras é o “não mentir”. Para Kant nunca devemos mentir independentemente da situação em que estivermos expostos. Mas será que uma pessoa quer que essa regra seja universalizada? Em certos casos o “não mentir” não é o mais acertado.
Vou apresentar um caso em que as regras/deveres não são absolutos. Imagine que vai na rua e de repente vê um rapaz a correr aflito na sua direcção, escondendo-se, logo de seguida, num arbusto que se encontrava ao seu lado. Pouco tempo depois, quando retomava o seu percurso, avista um homem com uma pistola na mão que lhe pergunta de relance se viu algum rapaz a correr, percebendo de imediato, naquele momento, que o homem teria a intenção de matar o rapaz. O que diria ao homem? Tem duas opções mas só pode tomar uma.
1 – Que mentisse e não pusesse em causa a vida de um jovem;
2 – Que dissesse a verdade e pusesse em causa a vida de um jovem.
A maioria das pessoas incluindo eu concordaria com a primeira hipótese, mentir e não pôr em perigo a vida de um jovem.
Ora, este exemplo revela que nem sempre é moralmente correcto termos de respeitar de forma incondicional as regras morais da nossa consciência, tal como Kant nos tinha dito. Logo, concluímos que as regras morais não são absolutas.
Kant objectaria que, dizendo a verdade ou pura e simplesmente mentindo, as consequências são imprevisíveis. Portanto, o melhor é sempre dizermos a verdade, aquilo que a nossa razão nos ordena. Se mentisse, o ladrão teria a hipótese de encontrar o seu alvo e matar-lo-ia. Após matar o seu alvo dirigia-se a si com a mesma intenção que teve. Por isso é melhor dizermos a sempre a verdade pois nunca seremos culpados de nada.
Os críticos a Kant diriam que isso é absurdo, porque um caso como este põe em causa a vida de uma pessoa e, neste sentido, podemos dizer que as consequências daquilo que afirmamos vão causar a morte de um jovem.
Bernardo Fonseca
nº5 10ºB
A objeção à Ética Deontológica de Kant que eu irei abordar é a do conflito de deveres. Como sabemos a teoria de kant defende que todos os seres racionais conseguem distinguir a acção correta da errada através de um critério que Kant chamou de imperativo categórico. Segundo kant, com o imperativo categórico conseguem-se estabelecer deveres absolutos, máximas que qualquer indivíduo deve seguir nas suas acções. Kant afirma que esses deveres são incondicionais, ou seja, devem ser cumpridos em qualquer circunstância. Ora, é neste pensamento de kant que surge a objecção dos conflitos de deveres.
Esta objecção diz que existem certos deveres que kant defende, como nunca mentir ou cumprir sempre as nossas promessas, são incompatíveis em determinadas situações. Ficando assim, a pessoa envolvida num desses dilemas, sem critério para saber qual será a conduta correta a que deve proceder. Pode-se dar o seguinte exemplo, imagine-se que um colega nosso tem uma negativa e conta-nos com a condição de não falarmos a ninguém do assunto. A mãe desse colega apercebe-se que alguns resultados do filho tardavam a chegar-lhe e opta por perguntar-nos. Nesse preciso momento ficamos com um dilema moral que não conseguimos resolver seguindo a ética de kant, pois ficamos indecisos entre dois deveres que aos olhos de kant seriam absolutos e incondicionais. Como a teoria de kant não consegue, à partida, resolver este problema, a sua ética parece implausível.
Miguel Ferreira
Objecção a Kant:
Kant diz que os deveres são absolutos e que nunca se deve quebra-los mas em certas
ocasiões é impossível não o fazer. Temos por exemplo um soldado capturado por
inimigos que está a ser questionado por informação, por um lado é seu dever
dizer a verdade pois é isso que se deve fazer, por outro lado ele tem juramentos
para proteger o seu país e os inocentes, se ele der essas informações aos inimigos
ele estará de certeza a colocar muita gente em risco. Neste caso temos alguém que
faca o que fizer estará a fazer a escolha errada, segundo Kant. Parece então claro
que os deveres não são absolutos como diz a ética deontológica de Kant.
É errado mentir SEMPRE mesmo que as consequências sejam a morte de milhares
de inocentes como por exemplo se o soldado anterior estivesse a ser questionado
por terroristas. Parece estranho que Kant diga que fazer isso está certo, se esse
soldado disse-se a verdade e causa-se a morte de tanta gente então e se ele
voltasse para casa não seria caso de respeito mas sim o completo oposto, uma
pessoa assim seria odiada e menosprezada por qualquer um que a visse pois fez
claramente uma acção errada. Parece então que a vontade boa nem sempre é a coisa
mais importante numa acção ao contrario do que diz a ética deontológica de Kant.
Diogo Jorge Nº7 10ºB
Uma das objeções a Kant é os conflitos de deveres.Kant afirma que todos nós temos deveres absolutos, e esta objeção é perfeita pois quando há dois deveres absolutos ambos têm de ser feitos mas quando um embate no outro e os dois não podem ser feitos, apenas pode ser um o que fazemos? Pois neste situação estaríamos a agir mal seja qual fosse a nossa escolha pois são deveres absolutos.
por exemplo: eu tenho contas para pagar e o dinheiro que tenho só dá para isso e a minha irmã está com muitas dividas e pede-me dinheiro, mas se eu fizer um ou outro vou estar a agir mal se não pagar as minhas contas fico com dividas se não lhe emprestar dinheiro é despejada da casa onde está. Ou seja há conflitos de deveres.
Mariana Rosa 10ºC
Objeção a Kant
Segundo Kant, as ações podem ser:
-Contrárias ao dever-quando estão erradas e não se devem fazer
-Por dever- quando as fazemos apenas por acharmos e reconhecermos que estão corretas
-Em conformidade com o dever- quando realizamos a ação correta mas por interesse ou quando somos motivados por sentimentos.
A objeção a Kant que vou apresentar é a de que este afirma que para distinguir as ações corretas das ações erradas, apenas contam as intenções com que a ação é realizada, mas assim, não podemos falar de mérito moral de outras pessoas, pois não conseguimos saber as suas verdadeiras intenções, isso apenas é possível em relação a nós próprios, pois a pessoa pode até afirmar que realizou ação apenas por achar que esta era correta, mas na verdade tê-la feito por interesse.
Por exemplo, o João ajuda uma senhora de idade a carregar os sacos que traz do supermercado para sua casa, afirmando que faz aquilo apenas por ser correto, mas na verdade fá-lo pois espera ganhar uma recompensa da velhota.
Concordo com esta objeção, uma vez que este não é certamente o melhor critério para fazer a distinção entre as ações corretas e as ações erradas.
Eu vou falar de uma objeção que se pode por a Kant
Imaginemos o caso , nos tínhamos um amigo , um grande amigo e ele contou nos que havia um assassino que andavam atras dele para o matar , e ele pediu nos para prometer que nao iríamos contar nada ao tal assassino , e assim o fizemos
Depois ao chegar a casa estava esse tal homem em casa e nos perguntou onde estava o nosso amigo , segundo Kant é sempre incorreto mentir então o que devemos fazer ?
Caso A - nao dizemos a verdade e mentimos ao assassino
Caso B - dizemos a verdade e mentimos ao amigo
Se segundo Kant é sempre incorreto mentir independentemente dos casos porque o bem ultimo é a vontada boa, a qual dos 2 mentimos ? É que nestes casos qualquer que seja a nossa escolha vai recair sempre numa mentira mesmo que seja sem intenção
Fernando Guerreiro
10C n15
- A ética de kant, se for posta em prática, pode levar a situações de deveres. Por exemplo, para cumprir promessa, poderei ter de matar uma pessoa.
- Ao definir a pessoa como ser racional quem deve ser tratado como fim em si mesmo, kant exclui outros seres que temos também obrigação de respeitar, tais como: deficientes mentais profundos, crianças recém-nascidas e animais.
Para exemplificar a objeção de Kant ao conflito de interesses podes pensar no seguinte exemplo :
Eu tinha uma irmã e ela pediu me para cuidar do seu filho (meu sobrinho ) e eu comprometi me a fazer isso e ela pode ir para a sua viagem descansada , mas depois de ela ja se ter ido embora lembrei me que também tinha prometido a mãe do meu amigo Manel que ia cuidar dele na sua festa de anos porque ele tem uma tendência para nas festas beber demasiado e chega a casa em condições muito más , como eu também ia a festa nao encontro problema e aceitei , então neste caso o que devo fazer ?
Se segundo Kant existem deveres absolutos como cumprir as promessas , que devo eu fazer ? Cumprir a promessa a quem ? Visto que cumprir as 2 é impossível , aqui se encontra uma objeção a ética de Kant
Rogério guerreiro 10C N27
Uma objeção a Kant pode ser, imaginemos um exemplo: estamos num banco a depositar dinheiro e o banco está cheio. De repente um grupo de assaltantes entra e começam aos grito para nós pormos no chão com as mãos na cabeça e para ninguém chamar a polícia. Nós reparamos que um rapaz de 15 ou 16 anos consegue escapar por uma porta que está por trás das bancadas dos funcionários. Um assaltante aponta uma arma ao funcionário e diz para lhe darem todo o dinheiro e coisas de valor ou senão mata-o e a todas as pessoas que lá se encontravam e também pergunta se alguém conseguiu fugir. O que nós devemos fazer? Segundo Kant devemos sempre dizer a verdade, então isso implicaria dizer que vimos um rapaz fugir, o que seria incorreto dizer, pois assim eles iam atras do rapaz ficando exaltados por alguém ter fugido e por isso matarem todos ou a maioria das pessoas na mesma e se não contarmos do rapaz, ele irá chamar a polícia e assim poderia até não morrer ninguém ou menos pessoas do que se eles soubessem, logo nesta situação é preferível mentir sendo o nosso dever para salvar o rapaz e as outras pessoas ou só mesmo salvar o rapaz.
Filomena Nascimento nº8 10B
Kant diz que se alguém por exemplo um homem que por sua vez é criminoso nos pergunta se sabe-mos a localização de um amigo nosso e esse criminoso têm intensão de matar esse amigo nosso e nós soubesse-mos que ele o queria matar e também soubesse-mos onde o nosso amigo estava deveriamos dizer a verdade ao crimonoso ou neste caso poderiamos mentir. Segundo Kant devemos sempre dizer a verdade até mesmo neste caso portanto deveriamos dizer ao criminoso onde o nosso amigo estava, mas mentir seria moralmente incorreto pois o nosso dever era mentir para salvar o nosso amigo.Mas se nós mentirmos ao criminoso e ele vier a descobrir pode vir atrás de nós para nos matar.Mas também pode acontecer o seguinte,dizermos a verdade e a meio do caminho o criminoso arrepender-se mesmo que seja muito improvavél.
Eu acho que deveriamos mentir para o criminoso pois defender um amigo é um dever mais alto que o dever de dizer a verdade.
- Beatriz Ferreira 10ºC
A objeção à Ética Deontológica de Kant que eu irei abordar é a do conflito de deveres. Como sabemos a teoria de Kant defende que todos os seres racionais conseguem distinguir a acção correta da errada através de um critério que Kant chamou de imperativo categórico. Segundo Kant, com o imperativo categórico conseguem-se estabelecer deveres absolutos, máximas que qualquer indivíduo deve seguir nas suas acções. Kant afirma que esses deveres são incondicionais, ou seja, devem ser cumpridos em qualquer circunstância. Ora, é neste pensamento de Kant que surge a objecção dos conflitos de deveres.
Esta objecção diz que existem certos deveres que Kant defende, como nunca mentir ou cumprir sempre as nossas promessas, são incompatíveis em determinadas situações. Ficando assim, a pessoa envolvida num desses dilemas, sem critério para saber qual será a conduta correta a que deve proceder. Pode-se dar o seguinte exemplo, imagine-se que um colega nosso tem uma negativa e conta-nos com a condição de não falarmos a ninguém do assunto. A mãe desse colega apercebe-se que alguns resultados do filho tardavam a chegar-lhe e opta por perguntar-nos. Nesse preciso momento ficamos com um dilema moral que não conseguimos resolver seguindo a ética de Kant, pois ficamos indecisos entre dois deveres, o de dizer a verdade e o de cumprir as nossas promessas, que aos olhos de Kant seriam absolutos e incondicionais. Como a teoria de Kant não consegue, à partida, resolver este problema, creio que a meu ver, no aspeto das máximas absolutas, a ética deste filósofo é implausível.
Miguel Ferreira Nº13 10ºB
A objeção a Kant que vou explicar é a do conflito de valores.
Kant defende que as regras morais são absolutas e que devemos segui-las pois são elas que tornam as nossas ações moralmente corretas. Este dever que nós temos de seguir estas regras morais pode por vezes provocar um conflito de deveres, onde não interessa qual a ação que realizemos, essa ação será sempre errada, pois ao escolher uma ação, a outra hipótese irá corresponder a outra regra moral e ao não ser seguida, torna a ação moralmente incorreta.
Exemplificando esta objeção podemos usar o dilema dos pescadores holandeses.
Estes pescadores, na 2ª guerra mundial, durante as suas viagens onde o principal objetivo era a captura de peixe, porém tentavam levar judeus para a Holanda, que era um país neutro, escondidos nos barcos. Um dia são abordados por uma frota nazi, que lhes pergunta se apenas carregam peixe no barco. Kant defende que não devemos mentir, logo os pescadores deviam dizer que transportavam judeus no barco, mesmo que estes fossem morrer ás mãos dos nazis. Mas não podemos permitir que inocente sejam assassinados nem podemos permitir o próprio assassínio, logo devemos mentir para salvar os judeus.
Aqui existe o conflito de valores como: “Não devemos mentir” e “Não devemos permitir o homicídio”, logo segundo Kant, nenhuma das ações seria correta pois cada uma estaria a ir contra o dever da outra.
Afonso Coutinho, Nº2, 10ºB
A objecção a Kant que vou falar é o conflito de deveres.
Kant diz que os valores são absolutos, Kant diz que não devemos roubar, mentir ou matar seja qual for a situação. Mas por vezes há situações em que há conflitos de deveres, os deveres são incompatíveis
Imaginemos, que a Ana prometeu à sua filha irem à Disneylândia no seu próximo dia de folga, no entanto, uma colega sua de trabalho adoece e pede á Ana para a substituir no seu turno e ela diz que sim, mas esquece-se que tinha prometido à sua filha a ida à Disneylândia. O que deverá fazer então a Ana?
Segundo Kant a Ana tem o dever de cumprir a promessa que fez á sua filha, mas também tem o dever de substituir a sua colega doente pois também lhe prometeu que a iria substituir. Em ambos os caso se trata de deveres absolutos.
A aceitação dos deveres absolutos faz com quem haja conflitos de deveres que não tem solução. Faça o que a Ana fizer, ela estará a proceder mal.
Objeção a Kant
Kant despreza as consequências das ações e defende que existem deveres absolutos e que devemos obedecer sempre ao imperativo categórico, ou seja, se realizamos uma ação que está correta numa circunstância, esta ação está sempre certa, não interessando as consequências.
Devido à educação que me foi transmitida, à sociedade em que vivo, entre outras coisas, devemos dizer a verdade e mentir é errado. Mas nem sempre dizer a verdade é correto e mentir é errado. Por exemplo: não devemos mentir aos nossos pais pois eles apoiam-nos quando precisamos, confiam em nós e não queremos perder essa confiança bem como não os queremos desiludir. Mas imaginemos o caso de sermos abordados por um terrorista que nos pergunta onde está um amigo nosso ou uma pessoa muito próxima a nós. Será que neste caso a ação correta seria dizer a verdade? Será que seria correto alguém morrer pelo simples facto de que devemos dizer sempre a verdade? Ao dizermos a verdade estamos a roubar a vida ao nosso amigo, ainda q indiretamente.
Segundo Kant a ação correta seria dizer ao terrorista onde estava o nosso amigo e deixa-lo morrer por meras palavras. Afinal, o que simples "regras" comparadas a uma vida?
Na minha opinião o desprezar por completo as consequências em todas as situações está completamente errado. Isto não é plausível pois leva-nos a fazer ações abomináveis ainda mais implausíveis que a própria razão que nos levaria a agir dessa maneira.
Tiago Santos nº 19 10ºB
Kant, para distinguir as ações moralmente erradas das corretas usa o Imperativo Categórico (imperativo categórico=obrigação absoluta). Este diz-nos quais são os nossos deveres e como devemos agir para praticarmos o bem. Para a objeção que vou referir basta falar da Fórmula da Lei Universal. Esta diz que para fazermos o correto, temos de agir segundo máximas universalizáveis (ou seja, quando praticamos uma certa ação, será que poderíamos desejar que todos realizassem essa mesma ação?). Mas será que este Imperativo Categórico é mesmo uma obrigação absoluta, incondicional? Será que é a “bússola” que Kant refere?
Vejamos o seguinte exemplo: Eu quero matar o João, porque o odeio. A máxima neste caso seria: Mata sempre que odiares imenso uma pessoa. Será que eu poderia desejar que esta máxima se tornasse universal? Não, porque se todas as pessoas matassem quem odiassem, a vida seria caótica. Então, parece que é errado matar.
Mas, e se eu for atacado pelo João e a única maneira de me defender é matando-o? Neste caso, a máxima: Mata, se e só se, fores atacado e a única maneira de te defenderes é matando o atacante. Será que eu poderia desejar que esta máxima se tornasse universal? Sim, parece-me ser justo que uma pessoa tenha o direito de se defender, mesmo que a única alternativa seja matar o atacante. Então, parece que é correto matar.
Mas como pode ser possível ser correto e, ao mesmo tempo, errado matar? Tal só é possível se o IC não for incondicional. O IC depende das circunstâncias em que as ações ocorrem. Ou seja, parece que o IC não é a “bússola” de que Kant falava. Se ao especificar-se, pode-se fazer com que algo que nos parece errado ou correto passe a parecer o oposto, então o IC não é uma “bússola”, pois esta aponta sempre para o norte, enquanto o IC pode “apontar” em direções opostas, se especificarmos a situação na qual uma determinada ação ocorre.
Eu concordo com esta objeção. Isto não quer dizer, que eu acho que o IC não serve para nada. Penso que é bom agir segundo este critério (uma das fórmulas corresponde à conhecida “regra de ouro”), mas não acho que seja assim tão claro, direto e esclarecedor como Kant afirmava.
Objeção a Kant
Imaginemos o seguinte: um policia depara-se com um criminoso que ameaça matar uma refém. Este criminoso também admite que, se fugir, vai detonar um explosivo que destruirá uma cidade inteira (e assim matará milhares de pessoas).
Kant diz que temos deveres absolutos como “não mentir”, “não matar”, etc. mas numa situação como a que eu mencionei que dever deve o policia seguir? Ele tem o dever de não matar o criminoso mas também tem o dever de salvar a refém. Como resolvemos situações que os nossos deveres entram em conflito?
Para além disso, ao ignorarmos as consequências da nossa ação geramos resultados implausíveis pois numa situação como a mencionada o policia iria, muito provavelmente, matar o criminoso em vez de o deixar escapar resultando na morte de milhares de pessoas.
Afonso Correia 10ªB
Uma objeção a Kant é sobre o conflito de valores, por exemplo ao prometer-mos algo a alguém e quando isso interfere sobre algo que temos que fazer também, ao optarmos por uma das duas, qual seja a escolha está sempre errada a ação, há um conflito de valores.
Ana Rita Peres Passos nº3 10ºC
De acordo com a ética deontológica de Kant, existem deveres que devem ser sempre respeitados e cumpridos independentemente da situação que esteja em causa(deveres absolutos). Assim, uma ação é correta ou errada se for feita ou não de acordo com este imperativo categórico. Mas, em determinadas situações, poderão existir deveres que a pessoa tem a obrigação de cumprir(segundo Kant), mas que são incompatíveis. Existe, portanto, um conflito de deveres.
Eis um exemplo: nós encontramos uma pessoa a roubar algo(um casaco, por exemplo). O ladrão é, no entanto, uma pessoa que me salvou a vida há algum tempo atrás, ao evitar que eu fosse atropelado. Ele reconhece-me e implora para que eu não conte nada à polícia, afirmando que foi apenas um impulso. Eu,tendo em conta que era apenas um casaco e que ele já me tinha salvo literalmente a vida, comprometo-me a não dizer nada. Entretanto, um polícia que já tinha conhecimento de vários roubos pergunta-me se eu sei alguma coisa sobre o possível ladrão . E é aqui que está a incompatibilidade: nós temos o dever de dizer a verdade ao agente da polícia, mas também temos o dever de cumprir a promessa feita ao nosso conhecido.
Assim,qualquer que seja a decisão que eu tome, vai estar errada, pois não cumpro um dever ou o outro. Isto demonstra que a ética deontológica tem, em certos casos, alguma incoerência.
Rafael Silva 10ºB nº16
Uma das objeções fortes contra Kant é a objeção dos conflitos de deveres.
Kant diz que todos os deveres são absolutos como nunca mentir, sejam quais forem as circustâncias e as consequências, mas assim haverá uma incompatibilidade de deveres.
Por exemplo, o senhor Fódei Sinhá faz uma promessa a um amigo e diz que irá beber uns copos com ele naquele dia à noite.Mas uma hora depois de terem falado a Margarida convida-o para ir jantar à mesma hora que o senhor Fódei Sinhá tinha combinado com o amigo e ele aceitará pois tinha-se esquecido do encontro marcado.
O senhor Fódei Sinhá nesta situação deverá cumprir a promessa que fez ao amigo de se encontrar com ele mas também deverá cumprir o jantar combinado com a Margarida. Segundo Kant, qualquer ação escolhida seria moralmente errada e isso mostra um conflito de deveres pois não há nenhuma solução para a ação ser correta.
Esta é uma forte objeção pois mostra que os deveres não podem ser absolutos pois resultaram em incompatibilidade.
Posto isto, eu acho que é moralmente correto mentir ou roubar em situações extremas onde não haja outra solução.
António Pereira 10ºB Nº4
A objeção em que acho muito atrativa sobre à teoria de Kant é o conflito de deveres. Kant diz-nos que existem deveres absolutos, ou seja, nunca devemos mentir.A meu ver é sim errado mentir mas há vezes que devemos abrir uma exceção,pois tem circunstâncias em que a vida não nos permite ter outras formas de nos safarmos,por exemplo se estivermos em nossa casa,de repente chega um homem (estranho)e bate à porta ,quando abrimo-la é um ladrão ,armado e pergunta-nos se aonde está a nossa mãe ,neste caso soubemos que ele veio com intuito de fazer maldade a nossa mãe ,logo à primeira reagiremos com a mentira para poder protegé-la.Só concordaria com Kant se ele estivesse de acordo com as exceções,mas acho uma boa teoria para ser discutida.
Cássia Rossana 10ºc
Uma das objeções à Kant,em que acho muito atrativa é o conflito deveres.
Kant diz-nos, que existem deveres absolutos, ou seja, nunca devemos mentir,e se aceitarmos estes conflitos seremos conduzidos à conflitos de deveres que não têm solução.A meu ver,só concordaria com Kant se ele valoriza-sea exceção desta lei,pois muitas das vezes acontece que não temos mais outras saídas nas nossas vidas e usamos a mentira como um meio para podermos nos salvar alguém.Por exemplo,se estivermos em nossa casa e um estranho bate à porta aparentemente é um ladrão,e está armado e pergunta-nos aonde está a nossa mãe ,nós à primeira reagiremos de forma a protegê-la,logo usamos a mentira e neste caso ela é um meio(a mentira) ,mas Kant dizia que isso é totalmente errado porque isto é uma lei ou regra universal e nem devemos usar as coisas como meios mas sim como fins,mas ainda assim acho uma boa tese.
Cássia Rossana 10ºc
Objeção a Kant:
De acordo com Kant, existem deveres morais absolutos como por exemplo "não mentir". Na minha opinião não existem deveres morais absolutos, imaginemos o seguinte exemplo:
A al-qaeda ameaça enviar mísseis nucleares à América e perguntam-nos a nós as coordenadas exatas da América. Nós temos duas hipóteses, dar-lhes as coordenadas para a América(morreriam vários milhões de pessoas) ou mentir-lhes e dar-lhes umas coordenadas que vão dar ao meio do oceano pacífico(imaginemos que não morre ninguém).
Kant diria que não podemos mentir, no entanto seria óbvio que neste caso dever-se-ia mentir ao grupo terrorista. Daí eu discordar com Kant.
Abel Ramos. 10ºB. nº21
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