“As nossas crenças mais justificadas não têm qualquer outra garantia sobre a qual assentar, senão um convite permanente ao mundo inteiro para provar que carecem de fundamento.”
John Stuart Mill
Com os livros pode-se resistir ao constante apelo das novas tecnologias?
5 comentários:
Anónimo
disse...
Realmente, hoje em dia uma pessoa que gosta de ler começa a sentir que é diferente dos outros e muita gente acha-a esquisita. Já vi isso acontecer. Aliás, já me aconteceu.
Em Portugal, infelizmente, a maioria das pessoas não se interessa por livros. A leitura exige esforço intelectual e persistência, ao contrário de muita da informação ou diversão imediatista proporcionada pelo computador ou pela televisão, por exemplo.
É claro que os livros não têm de ser em papel, já existem também em suporte digital (devido à aplicação das novas tecnologias). O importante é perceber o que se ganha, em termos de conhecimento, ao ler autores cujas ideias nos permitem compreender melhor o mundo e a nós mesmos. Pode não ser fácil mas vale a pena: o problema é que a maior parte das pessoas nem tenta e por isso nunca o poderá descobrir.
Portanto, se já lhe aconteceu sentir-se diferente devido ao facto de ler, parabéns! Isso comprova que a opinião da maioria não é razão para julgar que uma determinada conclusão é verdadeira (falácia do apelo ao povo). Cumprimentos.
Penso que a resposta à pergunta formulada é clara. Nao existe qualquer tecnologia que substitua, a meu ver, a leitura de um bom livro. Um bom livro permite-nos envolver e imaginar a partir das palavras do autor. Contrariamente a isto, as novas tecnologias apresentam.nos sempre imagens e sons pelo que reduzem a nossa capacidade de imaginação e, com isso, a nossa capacidade de identificação e integração no que se está a fazer. Nao recuso as novas tecnologias minimamente, mas um livro é sempre um livro
Concordo consigo, pertenço à geração que conheceu os computadores depois dos vinte anos. Todavia, como professora procuro colocar-me no ponto de vista daqueles que acedem às novas tecnologias desde tenra idade. Julgo que o mais importante é proporcionar e disponibilizar, utilizando as novas tecnologias, informação de qualidade em termos científicos e pedagógicos. Em certa medida, é o que nós, autores deste blogue, procuramos fazer em relação aos alunos do secundário. Não esquecendo que este meio pode servir para motivar os alunos para a leitura de livros, escolhidos criteriosamente. Cumprimentos.
Eu vivo dia-a-dia como o cartoon representado. Compro os meus livros e digo: esta tarde faço um intervalo e vou ler. E depois aparece o facebook, o twitter, o blogspot e perco-me nas leituras. Ainda assim, consigo ler algumas coisas mas não tanto como devia, temo. Hoje por exemplo, acabei a leitura do "De Profundis" (lembra-se de nos ter aconselhado o livro nas aulas professor?) e vim aqui mesmo agradecer porque realmente foi um texto que me destruiu, que me abalou - talvez não no sentido nobre e intelectual que deveria mas no campo emocional. Espero que continue a aconselhar esta leitura aos seus alunos e que esteja tudo bem consigo. Eurico Graça.
5 comentários:
Realmente, hoje em dia uma pessoa que gosta de ler começa a sentir que é diferente dos outros e muita gente acha-a esquisita. Já vi isso acontecer. Aliás, já me aconteceu.
João Luís
João Luís:
Em Portugal, infelizmente, a maioria das pessoas não se interessa por livros. A leitura exige esforço intelectual e persistência, ao contrário de muita da informação ou diversão imediatista proporcionada pelo computador ou pela televisão, por exemplo.
É claro que os livros não têm de ser em papel, já existem também em suporte digital (devido à aplicação das novas tecnologias). O importante é perceber o que se ganha, em termos de conhecimento, ao ler autores cujas ideias nos permitem compreender melhor o mundo e a nós mesmos. Pode não ser fácil mas vale a pena: o problema é que a maior parte das pessoas nem tenta e por isso nunca o poderá descobrir.
Portanto, se já lhe aconteceu sentir-se diferente devido ao facto de ler, parabéns! Isso comprova que a opinião da maioria não é razão para julgar que uma determinada conclusão é verdadeira (falácia do apelo ao povo).
Cumprimentos.
Penso que a resposta à pergunta formulada é clara. Nao existe qualquer tecnologia que substitua, a meu ver, a leitura de um bom livro. Um bom livro permite-nos envolver e imaginar a partir das palavras do autor. Contrariamente a isto, as novas tecnologias apresentam.nos sempre imagens e sons pelo que reduzem a nossa capacidade de imaginação e, com isso, a nossa capacidade de identificação e integração no que se está a fazer.
Nao recuso as novas tecnologias minimamente, mas um livro é sempre um livro
Caro anónimo:
Concordo consigo, pertenço à geração que conheceu os computadores depois dos vinte anos. Todavia, como professora procuro colocar-me no ponto de vista daqueles que acedem às novas tecnologias desde tenra idade. Julgo que o mais importante é proporcionar e disponibilizar, utilizando as novas tecnologias, informação de qualidade em termos científicos e pedagógicos. Em certa medida, é o que nós, autores deste blogue, procuramos fazer em relação aos alunos do secundário. Não esquecendo que este meio pode servir para motivar os alunos para a leitura de livros, escolhidos criteriosamente.
Cumprimentos.
Eu vivo dia-a-dia como o cartoon representado. Compro os meus livros e digo: esta tarde faço um intervalo e vou ler. E depois aparece o facebook, o twitter, o blogspot e perco-me nas leituras. Ainda assim, consigo ler algumas coisas mas não tanto como devia, temo.
Hoje por exemplo, acabei a leitura do "De Profundis" (lembra-se de nos ter aconselhado o livro nas aulas professor?) e vim aqui mesmo agradecer porque realmente foi um texto que me destruiu, que me abalou - talvez não no sentido nobre e intelectual que deveria mas no campo emocional.
Espero que continue a aconselhar esta leitura aos seus alunos e que esteja tudo bem consigo.
Eurico Graça.
Enviar um comentário