As coisas belas podem tirar-nos o fôlego. Podem extasiar-nos, encantar-nos, dar-nos talvez um sentido de assombro ou deslumbramento. Esta experiência “faz-nos sair de nós próprios”, dá-nos uma espécie de êxtase, e pode dar-nos energia e ser revitalizante, deixando-nos (…) uma impressão de que as nossas vidas foram enriquecidas. Sentimo-nos gratos com a existência de coisas belas e pela experiência que nos proporcionam. Dizemos que as coisas são belas quando a experiência que temos delas nos dá este tipo específico de prazer. É uma impressão de que essas coisas são como devem ser, de que há algo de perfeitamente adequado nelas.
Simon Blackburn, As Grandes Questões da Filosofia, Gradiva, Lisboa, 2018, pág. 191 (Texto adaptado).
Pintura: Jacopo Pontormo, Visitazione, c. 1528-1530.

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