segunda-feira, 7 de julho de 2025

De nada adianta ter certezas

«Somos falíveis. Por isso, por mais cuidado que tenhamos, podemos estar enganados. E de nada adianta ter certezas. A certeza é apenas a convicção profunda de que não estamos enganados; mas se podemos estar enganados quando cremos que sabemos, também podemos estar enganados quando damos à nossa convicção a força da certeza. A certeza não é um botão mágico que elimina a possibilidade de erro e ilusão. 
Somos falíveis. Mas não estamos sozinhos. Podemos recorrer a várias outras pessoas. Elas são todas igualmente falíveis, mas se todos discutirmos abertamente e procurarmos a verdade, podemos corrigir melhor os nossos erros.»

Desidério Murcho, Filosofia em Directo, Fundação Francisco Manuel dos Santos, Lisboa, 2011, pág. 82. 




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